Perfil epidemiológico dos casos notificados da esquistossomose mansoni ocorridos no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.23257Palavras-chave:
Doença negligenciada; Epidemiologia; Esquistossomose mansoni.Resumo
Objetivo: descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados da esquistossomose mansoni ocorridos no Brasil no período compreendido entre 2013 e 2017. Métodos: Caracteriza-se como um estudo descritivo e retrospectivo, desenvolvido a partir de dados secundários coletados no SINAN. Os dados foram obtidos no software Microsoft Excel®. A pesquisa não exigiu avaliação por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Os dados de incidência no período do estudo acumularam 28.781 casos. A região Sudeste se destacou com o maior número de casos, seguida pelas regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sul. Minas Gerais, São Paulo e Bahia foram os que apresentaram maior incidência da doença, enquanto os estados do Acre, Roraima e Pará apresentaram as menores taxas. Dentre as variáveis avaliadas, em associação à doença parasitária, houve maior predominância do sexo masculino, adultos, cor parda e com baixa escolaridade. Considerações finais: o Brasil, apesar de ter apresentado tendência decrescente no número de casos nos últimos anos, o número de casos ainda é considerado alto e, portanto, necessita estabelecer melhores políticas de saúde voltadas à promoção, prevenção e controle da esquistossomose.
Referências
Araújo, M. P., Santos, C. M. A., Gomes, D. S., Cirilo, T. M., Bezerra, L. P., Lima, P. D. & Santos, I. G. A. (2019). Epidemiologia da esquistossomose em uma área de baixa prevalência de Alagoas entre 2010 e 2016. PUBVET, 14, 139.
Barbosa, L. G. C., & Silva, J. P. (2019). Esquistossomose e determinantes sociais. Revista Atenas Higeia, 1(2), 41-45.
Brasil. Ministérios de Saúde. Secretaria de Vigilância Epidemiológica. (2021). Boletim epidemiológico: Doenças tropicais negligenciadas. Disponível em: https://www.gov.br/saude/ptbr/media/pdf/2021/marco/3/boletim_especial_doencas_negligenciadas.pdf. Acessado em: 08 de junho de 2021.
Carvalho, R. R. S., & Siqueira, J. H. (2019). Caracterização epidemiológica da esquistossomose no estado do Espírito Santo de 2010 a 2015. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde/Brazilian Journal of Health Research, 21(1), 95-103.
Costa, J. V. B., & Silva Filho, J. M. (2021). Esquistossomose mansônica: uma análise do perfil epidemiológico na região sudeste. Revista Saúde. com, 17(3).
Gomes, A. C. L., Galindo, J. M., Lima, N. N. D. & Silva, É. V. G. D. (2016). Prevalência e carga parasitária da esquistossomose mansônica antes e depois do tratamento coletivo em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 25, 243-250.
Junior, C. A. R., Dias, F. C. F., Rosa, R. T. A. S., Cardoso, C. R. L., Veloso, F. P. F. S., Mariano, S. M. B., & Figueiredo, B. N. S. (2017). Esquistossomose na região norte do Brasil. Revista de Patologia do Tocantins, 4(2), 58-61.
Levison, W. L. (2016). Microbiologia e Imunologia Médica. 13° ed. Porto Alegre: Artmed, 449-453.
LoVerde, P. T. (2019). Esquistossomose. Advances in experimental medicine and biology , 1154, 45-70. https://doi.org/10.1007/978-3-030-18616-6_3.
Mcmanus, D. P., Dunne D. W., Sacko M., Utzinger J., Vennervald B. J., & Zhou X. N. (2018). Schistosomiasis. Nature reviews Disease primers, 4(13), 1-19.
Melo, A. G. S. D., Melo, J. J. D. M., Jeraldo, V. D. L. S., & Melo C. M. (2018). Esquistossomose mansônica em famílias de trabalhadores da pesca de área endêmica de Alagoasa. Escola Anna Nery, 23(1), 1-10.
Nelwan M. L. (2019). Esquistossomose: ciclo de vida, diagnóstico e controle. Current Therapeutic Research, 91(1), 5-9.
Palasio R. G. S., Guimarães, M. C. A., Ohlweiler, F. P., & Tuan, R. (2017). Identificação molecular e morfológica de espécies de Biomphalaria do estado de São Paulo, Brasil. ZooKeys , (688), 11-32.
Paz, W. S., Duthie, M. S., Jesus, A. R., Araújo, K. C. G. M., Santos, A. D., & Bezerra-Santos, M. (2021). Modelagem espaço-temporal de base populacional de fatores de risco social e mortalidade por esquistossomose no Brasil entre 1999 e 2018. Acta Tropica , 218 , 105897.
Rocha, T. J. M., Santos, M. C. S., Lima, M. V. M., Calheiros, C. M. L., & Wanderley, F. S. (2016). Aspectos epidemiológicos e distribuição dos casos de infecção pelo Schistosoma mansoni em municípios do Estado de Alagoas, Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, 7(2), 6-6.
Santos, A. D., Santos, M. B., Santos, P. G. R., Barreto, A. S., & Araújo, K. C. G. M. (2016). Análise espacial e características epidemiológicas dos casos de esquistossomose mansônica no município de Simão Dias, nordeste do Brasil. Revista de Patologia Tropical/Journal of Tropical Pathology, 45(1), 99-114.
Santos, L. S. T. A., & Cardoso, A. C. C. (2020). Internações por esquistossomose mansônica no estado da Bahia entre 2012 e 2016. Revista Enfermagem Contemporânea, 9(2), 231-237.
Silva, J. P. (2020). Perfil epidemiológico da esquistossomose mansônica em Minas Gerais. Inova Saúde, 9(2), 225-235.
Silva, R. D. M. A., Neto, A. M. A., & da Silva, E. P. (2021). O uso do praziquantel no tratamento da esquistossomose no município de Limoeiro-PE. Revista Multidisciplinar em Saúde, 2(1), 98-98.
Soares, D. A., Souza, S. A., Silva, D. J., Silva, A. B., Cavalcante, U. M. B., & Lima, C. M. B. L. (2019). Avaliação epidemiológica da esquistossomose no estado de Pernambuco através de um modelo de regressão beta. Arquivos de Ciências da Saúde, 26(2), 116-120.
Sobrinho, F. S. L., Silva, M. C. S., Lima, L. L. C., Sobrinho, G. K. L., Lopes, E. A. P., & Feitosa, A. P. S. (2020). Incidência de Esquistossomose Mansônica no Nordeste brasileiro, no período de 2013 a 2017. Diversitas Journal, 5(4), 2881-2889.
Souza, R. L. M., Gargioni, C., Siqueira, R. V., da Silva, R. M., Pinto, P. L. S., & Kanamura, H. Y. (2017). Aspectos epidemiológicos da esquistossomose em área do sudoeste de Minas Gerais, Brasil. Revista do Instituto Adolfo Lutz, 76, 1-10.
VERJEE MA. (2019). Esquistossomose: ainda uma causa de morbimortalidade significativa. Pesquisa e relatórios em medicina tropical, 10(1), 153.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Martiniano de Araújo Rocha; Lorena Lima Gouveia de Oliveira; Maria Fernanda Ribeiro Rocha; Emilly Rafaela Rodrigues Jorge; Hioara Kely Arcanjo da Silva; Andressa Santos Silva; Maria Clara Duarte de Melo; Marta Gomes Rocha; Eva Maria Oliveira Cutrim Dantas; Marluce Leite de Alencar; Jordana Santos Sousa Silva; Rebeca Aranha Araújo; Gabriella Santana Aragão; Josianny Liérgine Vasconcelos Fernandes Freitas; Ermilton Junio Pereira de Freitas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.