Possível relação entre o uso de inibidores de bomba de prótons e neoplasias
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.23310Palavras-chave:
Inibidores de bomba de prótons; Estômago; Alterações histopatológicas.Resumo
Introdução: O uso prolongado de inibidores de bomba de prótons tem se tornado comum e tido uma ampla aplicação no tratamento dessas diversas doenças gastrointestinais e estudos vêm mostrando a possível relação entre o uso dessas drogas e alterações histopatológicas na região gástrica. Objetivo: Compreender a possível relação entre uso de inibidores de bomba de prótons (IBP’s) e alterações gástricas. Metodologia: Para isso aplicou-se os descritores nas bases de dados Bireme, Pubmed, Scielo considerando-se os estudos dos últimos 16 anos. Resultados esperados: Espera-se que os estudos respondam nossos questionamentos e sirva de base para que outros estudos sejam realizados. Conclusão: Sobre a possível relação entre o uso de inibidores de bomba de prótons e neoplasias é importante ressaltar que sendo feito uso contínuo e em terapia de longo prazo, essa classe de medicamento desencadeou uma hipergastrinemia em uma grande maioria dos pacientes e uma elevada incidência de hiperplasia de células ECL. Em relação a sua associação com o H. pylori, pacientes positivados que fizeram tratamento com IBPs por um longo período, apresentaram um aumento no risco de atrofia do corpo comparado com os pacientes que negativaram para Hp. Por fim, não houve comprovação da associação dos IBPs com a indução ou elevação dos ricos para neoplasias.
Referências
Bittencourt, P. F. S. et al. (2006). Úlcera péptica gastroduodenal e infecção pelo Helicobacter pylori na criança e adolescente. Jornal de Pediatria. 82(5), 325-34.
Chinzon, D. et al. (2006). Refluxo gastroesofágico diagnóstico e tratamento. Rev AMRIGS, 50(3), 251-63
Ddine, L. C., Ddine, C. C., Rodrigues, C. C. R., Kirsten, V. R., & Colpo, E. (2012). Fatores associados com a gastrite crônica em pacientes com presença ou ausência do Helicobacter pylori. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo), 25, 96-100.
de Carvalho, A. S. (2000). Úlcera péptica. J. pediatr. S127-S134.
De Lima, A. P. V., & Filho Neto, M. D. A. (2013). Efeitos em longo prazo de inibidores da bomba de prótons. BJSCR.
Forgacs, I., & Loganayagam, A. (2008). Overprescribing proton pump inhibitors. BMJ (Clinical research ed.), 336(7634), 2–3. https://doi.org/10.1136/bmj.39406.449456.BE
Henry, M. A. C. D. A. (2014). Diagnóstico e tratamento da doença do refluxo gastroesofágico. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo), 27, 210-215.
Hoefler, R., & Leite, B. F. (2009). Segurança do uso contínuo de inibidores da bomba de prótons. Farmacoterapêutica, 14(1-2), 1-3.
Huang, L., Qi, D. J., He, W., & Xu, A. M. (2017). Omeprazole promotes carcinogenesis of fore-stomach in mice with co-stimulation of nitrosamine. Oncotarget, 8(41), 70332.
Jianu, C. S., Fossmark, R., Viset, T., Qvigstad, G., Sørdal, O., Mårvik, R., & Waldum, H. L. (2012). Gastric carcinoids after long-term use of a proton pump inhibitor. Alimentary pharmacology & therapeutics, 36(7), 644–649. https://doi.org/10.1111/apt.12012
Joo, M. K., Park, J. J. & Chun, H.J. (2019). Proton pump inhibitor: The dual role in gastric cancer. World J Gastroenterol ; 25(17): 2058-2070 [PMID: 31114133 DOI: 10.3748/wjg.v25.i17.2058].
Lee, J. K., Merchant, S. A., Schneider, J. L., Jensen, C. D., Fireman, B. H., Quesenberry, C. P., & Corley, D. A. (2020). Proton Pump Inhibitor Use and Risk of Gastric, Colorectal, Liver, and Pancreatic Cancers in a Community-Based Population. The American journal of gastroenterology, 115(5), 706–715. https://doi.org/10.14309/ajg.0000000000000591
Lundell, L., Havu, N., Miettinen, P., Myrvold, H E, Wallin, L., Julkunen, R., Levander, K., Hatlebakk, J G, Liedman, B., Lamm, M., Malm, A., Walan, A. e (2006), Alterações da arquitetura da mucosa gástrica durante a terapia de omeprazol a longo prazo: resultados de um ensaio clínico randomizado. Alimentary Pharmacology & Therapeutics, 23: 639-647. https://doi.org/10.1111/j.1365-2036.2006.02792.x
McCarthy, D. M. (2020). Uso de inibidores da bomba de prótons, hipergastrinemia e carcinoides gástricos - qual é a relação? Jornal internacional de ciências moleculares, 21 (2), 662.
Morschel, C. F., Mafra, D., & Eduardo, J. C. C. (2018). Inibidores da bomba de prótons e sua relação com a doença renal. Brazilian Journal of Nephrology, 40, 301-306.
Nasser, S. C., Slim, M., Nassif, J.G. & Nasser, S. M. (2015). Influence of proton pump inhibitors on gastritis diagnosis and pathologic gastric changes. World J Gastroenterol. 21(15): 4599-4606; 10.3748/wjg.v21.i15.4599.
Ramakrishnan, K., & Salinas, R. C. (2007). Peptic ulcer disease. American family physician, 76(7), 1005–1012.
Rang, H.P.et al. (2007). Farmacologia. (6a ed.), Elsevier, 829 p.
Rindi, G., Fiocca, R., Morocutti, A., Jacobs, A., Miller, N., & Thjodleifsson, B. (2005). Effects of 5 years of treatment with rabeprazole or omeprazole on the gastric mucosa. European journal of gastroenterology & hepatology, 17(5), 559-566.
Souza, I. K. F. D., Silva, A. L. D., Araújo, A. J. D., Santos, F. C. B., & Mendonça, B. P. C. K. (2013). Análise qualitativa das alterações anatomopatológicas na mucosa gástrica decorrentes da terapêutica prolongada com inibidores da bomba de prótons: estudos experimentais x estudos clínicos. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo), 26, 328-334.
Tan, M. C., & Graham, D. Y. (2018). Proton pump inhibitor therapy after Helicobacter pylori eradication may increase the risk of gastric cancer. BMJ evidence-based medicine, 23(3), 111-112.
Teixeira, T. F., Souza, I. D., & Rocha, R. D. R. (2016). Helicobacter pylori: infecção, diagnóstico laboratorial e tratamento. Percurso Acadêmico, 6(12), 1-11.
Wang, J., Shan, F., Li, S., Li, Z., & Wu, Q. (2021). Effect of administration of a proton pump inhibitor for ulcerative differentiated early gastric cancer prior to endoscopic submucosal dissection. Digestive Endoscopy, 33(6), 939-947.
Wannmacher, L. (2004). Inibidores da bomba de prótons: indicações racionais. Uso Racion Medicam Temas Selecionados, 2, 1-6.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Alyne de Araújo Paiva; Daniel Barbosa Lima; David Danisio Silva de Freitas; Francisco de Nojosa Costa Neto; Francisco Hildebrando Moreira de Oliveira Filho; Lucas Benjamim Pereira Farias; Maria das Graças Resende da Silva Neta; Ariellen Martins Guerra; Guilherme Araújo da Silva; Antônio Victor de Oliveira Machado ; Célia Barros de Sousa Marques ; Raquel Araújo Nogueira ; Ana Clara Correia Gomes ; José Lopes Pereira Júnior
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
