Ações e políticas públicas nos manguezais para a preservação dos serviços ambientais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.23345

Palavras-chave:

Ecossistema manguezal; Políticas públicas; Serviços ambientais.

Resumo

Os ecossistemas são as bases da ecologia. A relação entre eles e o homem se dá através do uso dos seus serviços ambientais, o que finda na quebra da sua resiliência ou depleção. Neste aspecto, estão inseridos os manguezais, extremamente importantes como fonte de renda para comunidades em seu entorno. O objetivo deste trabalho foi o de discutir ações do seu uso e conservação e se há integração com políticas públicas no Brasil e no Mundo. A pesquisa realizada foi exploratória. Os manguezais estão presentes entre as áreas tropicais, principalmente entre as latitudes 30° N e 30° S, tendo o Brasil aproximadamente 13.989 km² desta feição em sua costa, com 87% presente no interior de Unidades de Conservação. Percebeu-se que, no Brasil, a lei ainda está se adequando a necessidade da proteção destes ecossistemas, mudando os conceitos presentes em suas letras para preservação com o passar dos anos. Nos Estados Unidos, as leis da Flórida mostram foco no desenvolvimento sustentável. A valoração dos manguezais possui importância no estabelecimento de políticas públicas e investimentos, beneficiando comunidades envolvidas com eles. A convenção Ramsar estabelece formas de uso sustentável de zonas úmidas em vários países. Esta convenção não faz distinção de áreas, e no Brasil as leis o emulam, onde o manguezal compartilha as mesmas considerações que outras feições. Percebeu-se que legislação brasileira para os manguezais não possui especificidades que tratem do seu uso sustentável, mas que os projetos criados nestas áreas possuem resultados bastante importantes e satisfatórios.

Referências

Bann, C. (1998). The economic valuation of mangroves: A manual for researchers. Economy and Enviroment Program for Southeast Asia, 64.

Blotta, K. D., Guimarães, L. L., Braz, E. M. Q., Magenta, M. A. G., Ribeiro, R. B., & Giordano, F. (2021). Diagnóstico de Manguezais Periurbanos após 20 anos de impactos antrópicos. Research, Society and Development, 10(1).

Carvalho, A. V. de, Bastos, M. de N. do C., Gurgel, E. S. C., Harada, A. Y., Nascimento, M. I. H. do, Marceliano, M. L. V., Silva, M. das G. S. da, & Gomes, A. de L. S. (2018). Valoração econômica contingente dos recursos ambientais do ecossistema manguezal em São Caetano de Odivelas (PA). Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais, 9(6), 409–427.

Cassiano, L. da A. (2016). Pagamento por serviços ambientais: Uma alternativa para a preservação das áreas de mangue do estuário do rio Paraíba. [Monografia]. Universidade Federal da Paraíba.

Costa, D. F. da S. (2017). Serviços ecossistêmicos prestados pelos manguezais do Rio Grande do Norte (nordeste do Brasil). Os desafios da Geografia Física na Fronteira do Conhecimento, 1127–1136. https://doi.org/10.20396/sbgfa.v1i2017.2025.

Florida State Law (1996). Mangrove Trimming & Preservation Act. 9321-9333.

Giri, C., Ochieng, E., Tieszen, L. L., Zhu, Z., Singh, A., Loveland, T., Masek, J., & Duke, N. (2011). Status and distribution of mangrove forests of the world using earth observation satellite data. Gloval Ecology and Biogeography, 154–159.

Granziera, M. L. M., Adame, A., & Gallo, G. N. (2006). Direito ambiental internacional. Conservação dos espaços e da biodiversidade. Convenção RAMSAR. 15, 21. http://www.publicadireito.com.br/conpedi/manaus/arquivos/anais/manaus/direito_ambiental_maria_luiza_m_granziera_e_outros.pdf.

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. (2018a). Atlas dos Manguezais do Brasil.

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. (2018b). Brazilian mangrove atlas. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Instituto Peabiru (2021, outubro 10). “Mangues da Amazônia” promove educação ambiental e recuperação de áreas na maior faixa de manguezal contínuo do mundo. Recuperado de https://peabiru.org.br/2021/03/04/mangues-da-amazonia-promove-educacao-ambiental-e-recuperacao-de-areas-na-maior-faixa-de-manguezal-continuo-do-mundo/.

Internacional Union for Conservation of Nature (1996). Pacific Mangroves Initiative. https://www.iucn.org/regions/oceania/our-work/deploying-nature-based-solutions/water-and-wetlands/completed-projects/pacific-mangroves-initiative.

Kathiresan, K., & Bingham, B. L. (2001). Biology of Mangroves and Mangrove Ecosystems. Advances in Marine Biology, 40, 81–251.

Medeiros, S. R. M. de, Carvalho, R. G. de, & Pimenta, M. R. C. (2014, dezembro). A proteção do ecossistema manguezal a luz da lei 12.651/2012: Novos desafios para a sustentabilidade dos manguezais do Rio Grande do Norte. Geotemas, 4(2), 59–78.

Ministério do Meio Ambiente (2021, outubro 1). Áreas Úmidas – Convenção de Ramsar. https://antigo.mma.gov.br/biodiversidade/biodiversidade-aquatica/zonas-umidas convencao-de-ramsar.html.

Miranda, A. M., Marinho, A. da S., Farias, C. S. S., & Meireles, A. J. (2016). O valor do manguezal: Educação ambiental como instrumento social—Praia de Mundaú—Trairí/CE. Revista de Educação Ambiental, 21(2), 72–86.

Nova Mata (2021, novembro 4). Projeto Uçá. https://novamata.org/iniciativa/projeto-uca/.

Schaeffer-Novelli, Y. (1999) Grupo de Ecossistemas: Manguezal, Marisma e Apicum.

Spalding, M., & Leal, M. (2021). The state of the world’s mangroves 2021. Global Mangrove Alliance.

Vannucci, M. (2003). Os manguezais e nós: uma síntese de percepções. Edusp.

Downloads

Publicado

29/11/2021

Como Citar

SILVA, E. J. .; FONTGALLAND, I. L. . Ações e políticas públicas nos manguezais para a preservação dos serviços ambientais. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 15, p. e585101523345, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i15.23345. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/23345. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Engenharias