Acompanhamento dos dados de hanseníase na Bahia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.23500Palavras-chave:
Hanseníase; Bahia; Diagnóstico e infectados.Resumo
Este trabalho relata, descreve e discute os dados acerca da predominância da hanseníase na Bahia, fazendo também um comparativo com outra regiões brasileiras acerca desta infecção, uma vez que, trata sobre a ocorrência em todos os grupos etários, sendo que o Brasil é um dos países que mais contém casos de hanseníase no mundo, predominando em pessoas com idade acima de 60 anos, totalizando 24,7% de todos os casos (World Health Organization, 2017). A partir dos dados fornecidos pela plataforma DATASUS sobre a frequência de diagnóstico de hanseníase na Bahia em homens e mulheres do período de 2017 a 2021 observa-se uma frequência total maior em homens entre os anos analisados, sendo que o total de casos em mulheres foi de 4947 casos e em homens foi um total de 6154 diagnósticos, representando assim, 1207 casos a mais em homens em relação às mulheres. Avaliando o gráfico 1, em que trata sobre a frequência de casos de hanseníase em todas as faixas etárias, observa-se a maior ocorrência de casos entre crianças e adolescentes de 10 a 15 anos, em todo o período dos dados coletados, sendo que, correspondeu com um total de 52,32% de todas as infecções notificadas na Bahia segundo os dados do DATASUS. Partindo para os jovens e adultos entre 20 a 59 anos, os contaminados corresponderam com um total de 33,36%, sendo aí o segundo grupo que mais conteve infectados na região baiana, e por fim, os idosos de 60 a 80 anos ou mais, representando 14,32% dos hansênicos, sendo o grupo que menos sofreu infecções em todos os anos analisados desde 2017. A partir da análise do gráfico 2, observa-se os dados referentes ao total de número de casos de hanseníase na Bahia e do Nordeste, diagnosticados no período de 2017 à 2021, sendo que no primeiro ano analisado, os diagnósticos na Bahia totalizaram 24,09% do total da região nordestina, sendo o maior percentual dos períodos analisados, sendo que, o menor percentual foi em 2021, totalizando 11,82% dos casos do Nordeste. O perfil socioeconômico dos casos no estado da Bahia, considerada área endêmica e maior estado do Nordeste, é semelhante ao perfil do total de casos em todo o Brasil. O coeficiente de detecção em 2017, foi classificado como alto (14,5 casos por 100 mil habitantes), sendo que, 79,4% dos casos obtiveram cura.
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