Perfil do leucograma em pacientes com esquizofrenia refratária que usam clozapina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2352

Palavras-chave:

Esquizofrenia; Clozapina; Hemograma.

Resumo

A esquizofrenia é uma doença mental crônica bastante presente na sociedade brasileira, porém não tens o cuidado e a atenção necessária para que o bem estar do paciente seja satisfatório. A mesma possui uma farmacodinâmica bastante complexa, onde se não tiver os devidos cuidados, pode ocasionar em efeitos adversos que pode prejudicar a saúde do paciente. Diante disso, objetiva-se nesse estudo avaliar nos últimos cinco anos o perfil do leucograma de pacientes com esquizofrenia refratária que usam clozapina assistidos no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica do Piauí, por meio da análise de dados que foram coletados através da avaliação de prontuários médicos dos pacientes, analisando e verificando se os níveis do leucograma desses pacientes estão dentro dos parâmetros recomendáveis pela literatura. Em seguida foram verificados no programa SOFTWARE PRISMA 6.0. Os resultados apontaram que dos prontuários analisados, quanto ao sexo 64% eram homens e 36% eram mulheres. Houve incidência de agranulocitose e que em relação a idade a que mais esteve em alto foi a de 31 a 40 anos. Observou-se ainda a mudança de fármacos e a incidência de neutropenia, plaquetopenia e eosinofilia de alguns pacientes. Dessa maneira, pode-se sugerir que os pacientes com esquizofrenia refratária atendidos no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica do Piauí, estão tendo um acompanhamento multiprofissional, principalmente do farmacêutico que faz o atendimento do paciente no momento da dispensação, bastante eficaz.

Referências

Abamny, N.O., Al-jaloud, A., Al-jabr, A., Al-ruwaisan, R., Al-saeed, W., Fatani, S. (2014). Clozapine-induced blood dyscrasias in Saudi Arab patients. International Journal of Clinical Pharmacy. 36(4): 815-820.

Aydin, M., Ilhan, B.C., Calisir, S., Yildirim, S., Eren, I. (2016). Continuing clozapine treatment with lithium in schizophrenic with neutropenia or leukopenia: brief review of literature with case reports. Therapeutic Advances in Psychopharmacology. 6(1): 33-38.

Balda, M., Garay, O.U., Papale, R.M., Bignone, I., Bologna, V.G., Brandolini, A., Prokopez, C.R., Balasini, J.L., Baldessarini, R.J., Daray, F.M. (2015). Clozapineassociated neutropenia and agranulocytosis in Argentina (2007-2012). International Clinical Psychopharmacology. 30(2): 109-114.

Chaves, A.C. (1994). Diferenças entre os sexos na evolução da esquizofrenia [dissertação]. São Paulo: Escola Paulista de Medicina.

Demler, T.L., Trigoboff, E. (2011). Are clozapine blood dyscrasias associated with concomitant medications? Innovations in Clinical Neuroscience. 8(4): 35-41.

Failace, R. (2015). Hemograma, Manual de Interpretação. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 482 p.

Fonseca, J. J. S. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC.

Gama, C.S., Souza, C.M., Lobato, M.I, Abreu, P.S.B. Clozapine use report in 56 patients seen by Clerkship of Health and Environment of the State of Rio Grande do Sul’s Program of Attention to the Refractory Schizophrenia. Rev Psiquiatr Rio Grande Sul. 2004; 26(1):21-8. doi: 10.1590/ S0101-81082004000100004.

Gerhardt, T.E., Lopes, M.J.M., Roese, A., Souza, A. (2005). A construção e a utilização do diário de campo em pesquisas científicas. International Journal of Qualitative Methods.

Gil, A. C. (2007). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas.

Goldstein, J.M. (1995). The impact of gender in understanding the epidemiology of schizophrenia. In: Seeman MV, editor. Gender and psychopathology. Washington (DC): American Psychiatry Press. p. 159-99.

Graeff, F. G. (1989). Antipsicóticos. In Drogas psicotrópicas e seu modo de ação (pp. 21- 39). São Paulo: E.P.U.

Graeff, F.G., Guimarães, F.S. (1999). Medicamentos antipsicóticos. In F.G. Graeff, F.S. Guimarães & A. V. Zuardi (Org.), Fundamentos de psicofarmacologia (pp. 69-91). São Paulo: Atheneu.

Grotto, H.Z.W. (2009). O hemograma: importância para interpretação da biopsia. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia; São Paulo.

Häffner, H., Heider, W., Behrens, S., Gattaz, W.F., Hambrecht, M., Löffler, W., et al. (1998). Causes and consequences of the gender difference in age at onset of schizophrenia. Schizo Bull. 24(2):99-113.

Honigfel, G., Arellano, F., Sethi, J., Bianchini, A., Schein, S. Reduced clozapina related morbidity and mortality: five year experience with the clozaril National Resgistry. J Clin Psychiatry 1998;59:3-7.

Jann, M.W. (1991). Clozapine. Pharmacoterapy. 11(3):179-95.

Kane, J.M., Honigfeld, G., Singer, J., Meltzer, H.Y. (1988). Clozapine for the treatmentresistant schizophrenic: A double blind comparison with Chlorpromazine. Archives Of General Psychiatry. 45:789-796.

Lehman, A.F., Lieberman, J.A., Dixon, L.B., Mcglashan, T.H., Miller, A.L., Perkins, D.O., Kreyenbuhl, J. (2004). American Psychiatry Association; Steering Committee on Practice Guidelines. Practice guideline for the treatment of patients with schizophrenia, second edition. The American Journal of Psychiatry.161(2 Suppl):1-56.

Lieberman, J. (1994). Clinical effects of clozapine in chronic schizophrenia: response to treatment and predictors of outcome. The American Journal of Psychiatry. 151;12.

McEwen, B.S. (1991). Sex differences in the brain: what they are and how they arise. In: Notman MT, Nadelson CC, editors. Women and Men: New perspectives on gender differences. Washington (DC): American Psychiatric Press; p. 35-42.

Morais, R.M.O., Oliveira, I.R. Antipsicóticos. In: Silva P. Farmacologia. 7a. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006.

Nykiel, S., Handerson, D., Bhide, G., Freudenreich, O. (2010). Lithium to allow clozapine prescribing in benign ethnic neutropenia. Clinical Schizophrenia & Related Psychoses. 4(2): 138-40.

Oliveira, R.A.G. (2007). Hemograma: Como fazer e interpretar. São Paulo: Livraria Médica Paulista Editora.

Pons, A., Undurraga, J., Bernanrdo, M. (2012). Clozapine and agranulocytosis in Spain: Do we have a safer population? A 5-year hematologic follow-up. Revista de Psiquiatria y salud mental (Barc.) 5(1): 37-42.

Raja, M.; Raja, S. (2014). Clozapine safety, 40 years later. Current Drug Safety. 9(3): 163- 95.

Seeman, M.V. (1990). Lang M. The role of estrogens in schizophrenia gender differences. Schizophr Bull;16:185-94.

Shad, M. (2008). Clozapine toxicity: A discussion of pharmacokinetic factors. Asian Journal of Psychiatry. 35: 47-49.

Tandon, R., Nasrallah, H., Keshavan, M. (2010). Schizophrenia, “just the facts”. Treatment and prevention. Past, present, and future. Schizophrenia Res, 122: 1-23.

Timoteo, M. D. O. (2008). Estudo de bioequivalência da clozapina em pacientes psicóticos no estado de equilíbrio. Universidade Federal Fluminense.

Villares, Cecília., Redko, Cristina., Mari, Jair. Concepções de doença por familiares de pacientes com diagnóstico de esquizofrenia. Online. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbp/v21n1/v21n1a08.pdf>. Acesso em: 2019.

Downloads

Publicado

01/01/2020

Como Citar

MENDES, M. C.; LIMA, L. F.; BRITTO, M. H.; SILVA, N. C. Perfil do leucograma em pacientes com esquizofrenia refratária que usam clozapina. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 3, p. e55932352, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i3.2352. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2352. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde