À margem do rio e da sociedade: uma validação do instrumento de investigação das condições de saúde, socioeconômicas e ambientais em comunidades quilombolas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23563Palavras-chave:
Questionário; Populações vulneráveis; Grupo com ancestrais do Continente Africano.Resumo
As comunidades quilombolas são consideradas grupos vulneráveis que necessitam de ações voltadas à realidade com o intuito de melhorar a qualidade de vida desta população. O objetivo desse estudo foi elaborar e validar um instrumento de investigação que permita analisar a associação das principais doenças relacionadas a água e a COVID-19 em comunidades quilombolas, bem como conhecer o perfil socioeconômico e ambiental deste grupo populacional. Foram conduzidos testes rigorosos de avaliação metodológica de validação de conteúdo. Inicialmente, a primeira versão do instrumento contendo 79 questões foi elaborada a partir da revisão da literatura e submetida a avaliação por cinco especialistas que possuem experiências em atividades desenvolvidas com quilombolas. Após as correções e validação dos especialistas, a segunda versão com 68 questões foi aplicada como pré-teste com 50 indivíduos. A validade da versão final do instrumento foi considerada satisfatória e configura uma ferramenta útil na investigação das condições de saúde, socioeconômicas e ambientais em comunidades quilombolas.
Referências
ABEP. (2018). Critério de Classificação econômica Brasil. Associação brasileira de empresas de pesquisa (ABEP).
ALexandre, N. M. C. C. & Luci, M. Z. O. (2011). Validade de conteúdo nos processos de construção e adaptação de instrumentos de medidas. Ciênc. saúde coletiva, 16 (7), 3061-8.
Bellucci Jr., J. A. & Matsuda, L. M. (2012). Construção e validação de instrumento para avaliação do Acolhimento com Classificação de Risco. Revista Brasileira de Enfermagem, 65 (5), 751-7.
BRASIL. (2020). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) COVID-19. Microdados. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
BRASIL. (2020). Instrumentos de coleta. PNAD COVID-19. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Calasans, T. A. S.; Souza, G. T. R.; Melo, C. M.; Madi, R. R. & Jeraldo, V. L. S. (2018). Socioenvironmental factors associated with Schistosoma mansoni infection and intermediate hosts in an urban area of northeastern Brazil. PLoS one, 13 (5), e0195519.
Coluci, M. Z. O.; Alexandre, N. M. C. & Milani, D. (2015). Construção de instrumentos de medida na área da saúde. Ciênc. saúde coletiva, 20 (3), 925-936.
Guedes, G. R; Simão, A. B.; Dias, C. A. & Braga, E. O. (2015). Risco de adoecimento por exposição às águas do Rio Doce: um estudo sobre a percepção da população de Tumiritinga, Minas Gerais, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 31 (6), 1257-1268.
IBGE. (2019) Características gerais dos domicílios e dos moradores 2018 (Pnad Contínua). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. (2003). Fundamentos de metodologia científica. 5. Ed. Editora Atlas. São Paulo.
Magalhães, F. J. C. & Paulo, P. L. (2017). Abastecimento de água, esgotamento doméstico e aspectos de saúde em comunidades Quilombolas no Estado de Mato Grosso do Sul. Interações, 18 (2), 103-116.
Oliveira, R.; Oliveira, F. G. S.; Santos, M. A. B.; Silva, T. A. & Moura, G, J. B. (2015). Avaliação da potabilidade da água consumida por quilombolas em Juazeiro, BA, Brasil. Opará: Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação, 3 (4), 45-58.
Oliveira, S. K. P. & Lima, F. E. T. (2017). Validação de conteúdo da escala de avaliação do autocuidado de pacientes com insuficiência cardíaca. Rev Rene, Fortaleza, 18 (2), 148-155.
Oliveira, A. C.; LucaS, T. C. & Iquiapaza, R. A. (2020). O que a pandemia da covid-19 tem nos ensinado sobre adoção de medidas de precaução? Texto & Contexto - Enfermagem, 29, e20200106.
Olvieria, R. T. (2021). A pandemia da Covid-19 e o aumento de vulnerabilidades. Reseach, Society and Development, 10 (9), 1-6.
Paiva, R. F. P. S. & Souza, M. F. P. (2018). Associação entre condições socioeconômicas, sanitárias e de atenção básica e a morbidade hospitalar por doenças de veiculação hídrica no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 34 (1), e00017316.
Pasquali, L. (1998). Princípios de elaboração de escalas psicológicas. Revista Psiquiatria Clínica, 25 (5), 206-213.
Pasquali, L. (2010). Instrumentação Psicológica: Fundamentos e práticas, 165-198.
Queiroz, T. M. & Oliveira, L. C. P. (2018). Qualidade da água em comunidades quilombolas do Vão Grande, município de Barra do Bugres (MT). Engenharia Sanitária e Ambiental, 23 (1), 173-180.
Souza, A. C.; Alexandre, N. M. C. & Guirardello, E. B. (2017). Propriedades psicométricas na avaliação de instrumentos: avaliação da confiabilidade e da validade. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 26 (3), 649-659.
Thomas, D. B.; Oenning, N. S. X. & Goulart B. N. G. (2018). Aspectos essenciais na construção de instrumentos de coleta de dados em pesquisas primárias de saúde. Rev. CEFAC, 20 (5), 657-664.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Simone Figueiredo Freitas de Campos; Cristiane Costa da Cunha Oliveira; Cláudia Moura de Melo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.