A autoestima de idosas em uma associação de amparo: relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2364Palavras-chave:
Psicologia; Idosas; Asilo; Autoestima; Atividade.Resumo
O presente artigo tem por objetivo analisar a forma com que as idosas internas do lar das vovozinhas que vivem em condição asilar em uma instituição com logradouro em Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil lidam com a sua autoestima, e de que forma isto interfere em seu cotidiano. Observou-se que o recinto oferece condições de aniquilamento da subjetividade das internas, não há privacidade, os cômodos e itens pessoais são compartilhados, as regras e os horários são rígidos, é um ambiente onde prevalece o ócio que, aliado ao repouso permanente, corrobora para o sofrimento psíquico das internas, levando à indisposição física e mental. A pesquisa identificou que são diversas as conjunturas familiares e sociais que culminaram na procura do lar para abrigo das idosas que lá residem e que participaram da pesquisa, embora prevaleça, como característica comum entre as internas, um quadro de situação de abandono familiar. Diante desse contexto, visando levar mais alegria as idosas que vivem em ambiente árido de afeto, os pesquisadores promoveram uma atividade como festa a fantasia na qual foi servido um farto lanche, acompanhado de doces e refrigerantes, com músicas de épocas pretéritas sugeridas pelas internas. Como resultado os pesquisadores proporcionaram as internas uma tarde festiva e com variação do cardápio. A metodologia utilizada na pesquisa se deu por meio de um relato de experiência juntamente com uma abordagem qualitativa, uma vez que não apresenta dados quantificáveis, mas lida com a subjetividade do grupo participante, no caso, as idosas moradoras do Lar.
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