Análise dos fatores associados aos óbitos neonatais precoces através de linkage entre SIM e SINASC, em Sergipe, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23676Palavras-chave:
Mortalidade neonatal precoce; Morte perinatal; Sistemas de informação em saúde.Resumo
No Brasil, mais de 70% dos óbitos neonatais concentram-se no período neonatal precoce, com cerca de 41,2% deles ocorrendo nas primeiras 24 horas de vida. Assim, o objetivo deste estudo foi realizar uma análise dos fatores associados aos óbitos neonatais precoces ocorridos em Sergipe, Brasil, por meio da vinculação dos registros nos sistemas de informação: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e Informações sobre Mortalidade Sistema (SIM). Trata-se de um estudo realizado em Sergipe, Brasil, em que se analisou dados secundários de crianças nascidas e óbitos neonatais precoces em Sergipe entre 2006 e 2019 registrados no SINASC e no SIM. Foi realizado um linkage entre as bases de dados, identificando 484.629 nascidos vivos, 480.784 sobreviventes e 3.845 que faleceram com menos de 7 dias de vida, com baixo percentual de dados ignorados ou ausentes. A idade materna foi semelhante entre os grupos. No entanto, os recém-nascidos que morreram apresentavam peso, idade gestacional e Apgar no primeiro e quinto minutos menores do que o grupo sobrevivente. Em relação ao recém-nascido, ocorreram mais óbitos no sexo masculino e nas malformações congênitas. Quanto às informações sobre a mãe e a gravidez, ocorreram mais óbitos em mulheres solteiras, gravidez múltipla, menor idade gestacional e parto normal. Houve associação entre óbitos neonatais e menor Apgar no primeiro e quinto minutos, menores pesos, menores idades gestacionais, sexo masculino, malformações congênitas, mulheres com gravidez múltipla, partos vaginais e mães solteiras.
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