Análise do conhecimento e prática da população de Vitória da Conquista-Bahia sobre descarte de medicamentos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23679Palavras-chave:
Medicamento; Resíduo; Contaminação.Resumo
Apesar do elevado consumo de medicamentos pela população mundial, observa-se que há difusa falta de orientação sobre o descarte adequado desses produtos. O presente estudo refere-se a um problema capaz de atingir a saúde coletiva, tendo em vista que os medicamentos são considerados como resíduos do grupo B, no qual englobam substâncias químicas que podem expor risco à saúde pública ou ao meio ambiente. Frente ao exposto, esta pesquisa apresenta como objetivos: analisar como a população de Vitória da Conquista - BA realiza o descarte de medicamentos em geral. Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada, descritiva e exploratória e de abordagem quantitativa. Para a coleta de dados, foi utilizado um instrumento estruturado contendo 11 questões que abordam o perfil socioeconômico demográfico dos participantes, bem como, o grau de conhecimento acerca do descarte de medicamentos vencidos/desuso. A coleta de dados foi realizada em pontos estratégicos da cidade, onde existe um alto fluxo de pessoas que residem em diversos bairros. Foram entrevistadas 207 habitantes maiores de 18 anos, de ambos os sexos, contando como critério de exclusão crianças e adolescentes, pois esses possuem pouca probabilidade de serem os responsáveis pelo descarte de medicamentos de suas residências. Para a organização e análise dos dados coletados através das abordagens em campo, foi utilizado o programa Microsoft Excel 2019. Dentre os entrevistados, foi observado uma maior predominância do sexo feminino (52,17%), considerando que, 51,82% da população de Vitória da Conquista são do sexo feminino. Os resultados encontrados no presente estudo evidenciam que a população de Vitória da Conquista descarta os medicamentos de forma incorreta. Conclui-se que há um déficit de conhecimento acerca do descarte adequado em decorrência da falta de informação sobre o tema, carência de pontos de coleta e falta de divulgação dos problemas ambientais provocados pelo descarte.
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