O papel da ativação comportamental no manejo dos sintomas depressivos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.23711

Palavras-chave:

Ativação comportamental; Terapia cognitivo-comportamental; Depressão; Transtorno depressivo maior.

Resumo

A depressão é um transtorno mental complexo e multicausal que impacta severamente a vida do indivíduo que possui seus sintomas. Cada vez mais é possível observar profissionais de diversas áreas da saúde focando seus estudos na busca por compreender tal fenômeno psicológico, seu alcance, suas formas de atuação e as ferramentas de trabalho. A ativação comportamental na depressão é uma ferramenta da psicoterapia, planejada como intervenção para o quadro do paciente, uma vez que se relaciona às emoções do paciente, gera a mudança de humor e comportamento. O presento trabalho foi construído com o objetivo de descrever essa ferramenta e justifica-se por trabalhar com uma temática que assola milhões de pessoas, discutindo formas mais específicas de se trabalhar com os padrões sintomáticos. A metodologia utilizada foi a revisão narrativa da literatura, através da análise de obras já publicadas sobre o assunto. Assim, pode-se concluir que a ativação atua no processo de tratamento reduzindo a esquiva e a ruminação aplicando-se técnicas como: registro diário, prazeres que o paciente identifica, atividades com os horários, manejo de contingências situacionais, ensaio verbal das tarefas propostas e técnicas de relaxamento, ou seja, todos os passos com o paciente ativo, de fora para dentro.

Biografia do Autor

Constance Resende Bonvicini, Faculdade Patos de Minas

A depressão é um transtorno mental complexo e multicausal que impacta severamente a vida do indivíduo que possui seus sintomas. Cada vez mais é possível observar profissionais de diversas áreas da saúde focando seus estudos na busca por compreender tal fenômeno psicológico, seu alcance, suas formas de atuação e as ferramentas de trabalho. A ativação comportamental na depressão é uma ferramenta da psicoterapia, planejada como intervenção para o quadro do paciente, uma vez que se relaciona às emoções do paciente, gera a mudança de humor e comportamento. O presento trabalho foi construído com o objetivo de descrever essa ferramenta e justifica-se por trabalhar com uma temática que assola milhões de pessoas, discutindo formas mais especificas de se trabalhar com esses padrões sintomáticos. A metodologia utilizada foi a revisão narrativa da literatura, através da análise de obras já publicadas sobre o assunto. Assim, pode-se concluir que a ativação atua no processo de tratamento reduzindo a esquiva e a ruminação com técnicas, diário, prazeres que o paciente identifica, registro das atividades com os horários, manejo de contingências situacionais, ensaio verbal das tarefas propostas e técnicas de relaxamento, ou seja, todos os passos com o paciente ativo, de fora para dentro.

Referências

Abreu, J. H. P. R. (2020). Ativação Comportamental Na Depressão. Barueri (SP): Manole.

Associação Americana de Psicologia [APA] (2004). Recuperado em 15 de outubro, 2021, de https://www.apa.org/pubs.

Barraca, J., Pérez-Álvarez, M., & Bleda, J. H. L. (2011). Avoidance and activation as keys to depression: Adaptation of the Behavioral Activation for Depression Scale in a Spanish sample. The Spanish journal of psychology, 14(2), 998-1009.

Bastos, J. J. (2021). Atuação do enfermeiro brasileio no ambiente escolar: Revisão narrativa. Research, Society and Development, 9(10), 8.

Belmaker, R. H., & Agam, G. (2008). Major depressive disorder. New England Journal of Medicine, Waltham, 358(1), 55-68.

Berke, J. D., & Hyman, S. E. (2000). Addiction, dopamine, and the molecular mechanisms of memory. Neuron, Amsterdã, 25(3), 515-532.

Cardoso, L. R. D. (2017). Psicoterapias comportamentais no tratamento da depressão. Psicologia Argumento, 29(67), 479-489.

Carneirol, A. M., & Keith, (2016). Tratamento cognitivo-comportamental para depressão maior: uma revisão narrativa. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, Porto Alegre, 12(1), 42-49.

Dalgalarondo, P. (2019). Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais (vol. 3). Porto Alegre: Artmed.

Dobson, D. K. S. (2010). A Terapia Cognitivo-Comportamental Baseada em Evidências. Porto alegre: Artmed.

Dimidjian, S., Martell, C. R., Herman-Dunn, R., & Hubley, S. (2014). Behavioral activation for depression. In D. H. Barlow (Ed.), Clinical handbook of psychological disorders: a step-by-step treatment manual. New York: The Guilford Press, pp. 353-393.

Dobson, K. S., Hollon, S. D., Dimidjian, S., Schmaling, K. B., Kohlenberg, R. J., Gallop, R. J. et al. (2008). Randomized trial of behavioral activation, cognitive therapy, and antidepressant medication in the prevention of relapse and recurrence in major depression. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 76(3), 468-477.

Duman, R. S., Heninger, G. R., & Nestler, E. J. (1997). A molecular and cellular theory of depression. Archives of general psychiatry, Chicago, 54(7), 597-606.

Ferreira, A., & Silva, P. (2020). Modelos tradicionais de tratamento da depressão na análise do comportamento. Revista Terra & Cultura: Cadernos de Ensino e Pesquisa, 36(70), 37-46.

Gonçalves, A. M. C., Teixeira, M. T. B., Gama, J. R. A., Azevedo, C. S. L., Silva, G. A. Gamarraet, C. Justina G. et al. (2018). Prevalência de depressão e fatores associados em mulheres atendidas pela estratégia de saúde da família. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Rio de Janeiro, 67(2), p.101-109.

Guimarães, L. C., Werpp, M., & Santos, L. A. (2017). Eficácia de intervenções comportamentais no tratamento de pacientes com diagnostico de transtorno depressivo maior. Psicologia.pt, p. 8. Recuperado em: 15 de outubro, 2021, de https://www.psicologia.pt/artigos/ver_artigo.php?eficacia-de-intervencoes-comportamentais-no-tratamento-de-pacientes-com-diagnostico-de-transtorno-depressivo-maior&codigo=A1082

Hopko, D. R., Magidson, J. F., & Lejuez, C. W. (2011). Treatment failure in behavior therapy: focus on behavioral activation for depression. Journal of clinical psychology, Chicago, 67(11), 1106-1116.

Kerbauy, R. R. (1983). Terapia comportamental cognitiva: uma comparação entre perspectivas. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, 3(2), 11-23.

Knapp, P. & Beck, A. T. (2008). Fundamentos, modelos conceituais, aplicações e pesquisa da terapia cognitiva. Brazilian Journal of Psychiatry, São Paulo, 30(2), 54-64.

Leahy, R. L. (2015). Vença a depressão antes que ela vença você. Trad. Sandra aria Mallmann da Rosa; Revisão: Bernard P. Rangé, Porto Alegre: Artmed.

Lima, L. G. B., Santos, A. E., Santos, B. L. C., & Pedrão, L. J. (2020). Características de usuários com diagnóstico de Transtorno Depressivo atendidos em um Centro de Atenção Psicossocial. SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas, 16(1), 1-9.

Lopes, J. P. (2005). Depressão: uma doença da contemporaneidade – uma visão analítico- comportamental. Monografia de Graduação em Psicologia, Faculdade de Ciências da Educação e Saúde, Centro Universitário de Brasília, Brasília.

Manos, R. C., Kanter, J. W., & Luo, W. (2011). The behavioral activation for depression scale–short form: development and validation. Behavior therapy, Chicago, 42(4), 726-739.

Medeiros, H. L. V. (2010). Distorções do pensamento em pacientes deprimidos. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Rio de Janeiro, 59(1), 28-33.

Organização Mundial de Saúde [OMS]. Relatório Mundial de Saúde. (1993). Recuperado em 15 de outubro, 2021, de https://www.who.int/eportuguese/publications/WHR2010.pdf.

Otte, C., Gold, S. M., Penninx, B. W., Pariante, C. M., Etkin, A., Fava, M. et al. (2016). Major depressive disorder. Nature reviews Disease primers, 2(1), 1-20.

Santos, C. H. (2017). Eficácia da terapia cognitiva processual e da ativação comportamental no tratamento do transtorno depressivo maior: um ensaio clínico randomizado. Tese de Doutorado em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas, do Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia, Salvador.

Rother ET (2007). Revisão sistemática x revisão narrativa. Acta Paul Enferm. [periódico na Internet], 20 (2). Recuperado em 15 de outubro, 2021, de: http: //www.scielo.Br/scielo.php? script= sci_ arttext&pid +S0103-21002007000200001

Rufino, S., Leite, R. S., Freschi, L., Venturelli, V. K., Oliveira, E. S. O, Mastrorocco Filho, D. A. M. (2018). Aspectos gerais, sintomas e diagnóstico da depressão. Revista saúde em foco, (10), 841.

Stein, A. T., Carl, E., Cuijpers, P., Karyotaki, E., & Smits, J. A. (2021). Looking beyond depression: A meta-analysis of the effect of behavioral activation on depression, anxiety, and activation. Psychological Medicine, 51(9), 1491-1504.

Schatzberg, A. F. Cole, J. O., Battista, C. (2009). Manual de psicofarmacologia clínica. (6a ed) Porto Alegre: Artmed, 719 p.

Wright, J. H., Basco, M.R., & Thase, M. E. (2008). Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental: um guia ilustrado. Porto Alegre: Artmed.

Downloads

Publicado

04/01/2022

Como Citar

ALVES, K. I. .; BONVICINI, C. R. . O papel da ativação comportamental no manejo dos sintomas depressivos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 1, p. e15311123711, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i1.23711. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/23711. Acesso em: 3 out. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão