Assistência farmacêutica no estoque domiciliar de medicamentos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i4.2386Palavras-chave:
Medicamento; estoque domiciliar; uso racional; Assistência farmacêutica.Resumo
Objetivo: Avaliar a ocorrência, fatores contribuintes e riscos associados à estocagem de medicamentos em domicílio, bem como configurar a importância da assistência farmacêutica nesse campo. Método: Revisão de literatura por meio da identificação de artigos publicados nas bases Scielo, Pubmed e Medline no período de 2007 e 2020, utilizando como descritores: ‘assistência farmacêutica’, ‘medicamentos’, ‘domiciliar’, ‘uso racional’, ‘automedicação’, ‘estocagem’, com inserção em estudos observacionais e artigos originais. Resultados: É comum a estocagem de medicamentos em domicilio, impondo-se a necessidade de guardá-los da forma segura. De acordo com os achados, os medicamentos estocados comumente são aqueles isentos de prescrição médicas utilizadas para o tratamento de febre, diarreia, vômitos e resfriados, de fácil aquisição, e sobras de tratamentos. Observou-se também na revisão realizada a elevada frequência de armazenamento inadequado (exposição à luz, calor e umidade) e de data de vencimento e número de lotes ilegíveis, onde estas condições favorecem o risco de intoxicações por ingestão excessiva, uso não indicado e interações medicamentosas. Conclusão: Foi notório que o armazenamento de medicamentos em domicílio configura-se como uma prática comum dentre a população mundial. Associa-se então esta prática ao uso irracional de medicamentos e a intoxicações por fármacos colocando a saúde das pessoas em risco. Ressalta-se, a importância determinante da atuação do profissional farmacêutico na atenção farmacêutica básica e da família, bem como em farmácias comunitárias para traçar estratégias que corroborem para a solução desta problemática.
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