A democracia brasileira em xeque (mate?): cinco interpretações
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23940Palavras-chave:
Democracia brasileira; Política brasileira; Participação política.Resumo
Após um gradual desenvolvimento desde sua emergência nos anos 1980, a democracia no Brasil chegou a dar sinais de ter alcançado certa consolidação. No entanto, conflitos e desequilíbrios entre os poderes da República, articulações de teor conspiratório, retorno dos militares a cargos estratégicos do Executivo, e um processo de impeachment amparado por uma frágil acusação de crime de responsabilidade em que o dolo não ficou constatado, entre outros fenômenos, geraram instabilidade e recolocaram a discussão sobre a questão democrática em evidência. Neste artigo, nosso intuito é traçar uma revisão bibliográfica sobre a temática mencionada, discutindo os problemas e limitações da democracia brasileira pós-ditadura militar a partir de cinco interpretações: Carlos Nelson Coutinho (1979), Boaventura de Souza Santos e Leonardo Avritzer (2002), Wanderley Guilherme dos Santos (2017), Luís Felipe Miguel (2017) e Vladimir Safatle, (2017). Como objetivos específicos, pretendemos apreender uma perspectiva sobre o conceito de democracia, sempre que possível observando as peculiaridades brasileiras; identificar, a partir dessas leituras, os problemas recentes da política nacional; e, por fim, traçar um panorama dos impasses da democracia em nosso país, isto é, o que a faz estar sempre sobre o fio da navalha.
Referências
Bobbio, N. (1979). Marxismo e Estado. Ed. Graal.
Coutinho, C. N. (1979). A democracia como valor universal. Encontros com a Civilização Brasileira. 9 (1), 33-49.
Costa, D. M. D. (2009). 20 Anos de Orçamento Participativo: análise das experiências nos Municípios Brasileiros. Anais do Encontro da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração, São Paulo, Brasil, 33.
Dahl, R. (2001). Sobre a democracia. Editora da Universidade de Brasília.
Freud, S. Luto e melancolia. In: Freud, S. (1996). Obras psicológicas completas de Sigmund Freud. 19. Ed. Imago.
Habermas, J. (1996). Entre fatos e normas. Tempo Brasileiro.
Maciel, D. (2012). De Sarney a Collor: reformas políticas, democratização e crise. (1985-1990). Ed. Alameda.
Miguel, L. F. (2017). Resgatar a participação: Democracia participativa e representação política no debate contemporâneo. Lua Nova, São Paulo, 100, 83-118.
Minayo, M. C. dos S. (org.) n/a et al. (2016). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Vozes.
Missiatto, L. A. F. (2021). Necrodiscursos: Discursos articulados pelas políticas da morte. Research, Society and Development, 10(8), e14810817302. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17302
Pateman, C. (1992). Participação e teoria democrática. Paz e Terra.
Poulantzas, N. (2019). Poder político e classes sociais. Martins Fontes.
Rangel, I. (2021). Obras reunidas. (2) Contraponto Editora.
Ribeiro, Renato Janine. In: Geiselberger, H. (org.). (2019) A grande regressão. Ed. Estação Liberdade.
Rodrigues, N. (2012). Nelson Rodrigues por ele mesmo. Ed. Nova Fronteira.
Espirito Santo, G. O. M. do. (2021). A cidadania brasileira à luz dos valores neoconstitucionais: Uma análise da democracia participativa no Brasil do século XXI. Research, Society and Development, 10(7), e35810716789. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16789
Santos, B de S.; Avritzer, L. Para ampliar o cânone democrático. In: Santos, B. de S. (Org.). (2002). Democratizar a democracia: os caminhos da democracia participativa. Ed. Civilização Brasileira.
Santos, W. G. dos. (2007). A democracia impedida: o Brasil no século XXI. Editora FGV.
Safatle, V. (2007). Só mais um esforço. Editora Três Estrelas.
Schumpeter, J. (2017). Capitalismo, socialismo e democracia. Edunesp.
Spinelli, A. (2014) Mudança social e crise no capitalismo: Leituras sociológicas. Edufrn.
Zizek, S. (2019). A coragem da desesperança: crônica de um ano em que agimos perigosamente. Jorge Zahar Editor.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Leon Karlos Ferreira Nunes; Angelo Girotto Neto
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
