Aplicação da escala de Herth e suas correlações em transplante de células-tronco hematopoiéticas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.24012

Palavras-chave:

Esperança de Vida; Crenças; Transplante de Medula Óssea; Avaliação em enfermagem.

Resumo

A esperança é definida como uma perspectiva positiva em relação ao futuro, inspirando coragem para enfrentar o medo. Apesar de não ser considerada uma forma de cura, ela motiva o paciente a enfrentar a doença em um aspecto positivo. Este estudo objetiva avaliar o nível de esperança de vida dos pacientes adultos no período pré - transplante de células-tronco hematopoiéticas e sua relação com resultados no período de 100 dias pós- procedimento. Trata-se de um estudo de natureza observacional descritiva, com abordagem quantitativa e recorte transversal, realizado em um ambulatório especializado no serviço de transplante de medula óssea, no período do mês de abril a dezembro de 2020. Participaram deste estudo um amostral de 82 pacientes, sendo 38 (46%) coletados Pré-Transplante de Células Tronco-Hematopoiéticas (TCTH) e 44 (54%) Pós- Transplante de Células Tronco-Hematopoiéticas (TCTH), utilizando-se a escala de esperança de Herth (EEH). Quanto aos resultados a amostra apresentou nível de esperança considerado alto (41,9) pontos no grupo pré, seguido do grupo pós (40,7) pontos. Conclui-se que os pacientes em tratamento pré e pós transplante apresentaram altos níveis de esperança durante todo o processo de tratamento. Entretanto, foi mostrado que os indivíduos que realizam prática religiosa como estratégia para o enfrentamento da doença, apresentaram altos níveis de esperança. Os dados deste estudo apontam que se torna relevante aos profissionais de enfermagem encorajar cuidados que estimulem os mecanismos positivos das crenças, elevando os níveis de esperança.

Biografia do Autor

Wabison Júnior Fernandes dos Santos, Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo

Graduado em Enfermagem pela Universidade do Oeste Paulista (2017). Especialista em Oncologia na Modalidade de Residência Multiprofissional na Área de Concentração de Atenção à Oncologia, pela Fundação Doutor Amaral Carvalho, de Jaú (2021). Atualmente é Enfermeiro Pleno Especialista em Oncologia & Cuidados Paliativos do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Enfermagem (FEnf) com ênfase em Cuidado & Inovação Tecnológica em Saúde, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP/ SP) & Pós- Graduando MBA em Gestão de Pessoas Universidade São Paulo (USP). Membro Efetivo da Associação Brasileira de Enfermagem em Oncologia e Onco-Hematologia (ABRENFOH), Sociedade Brasileira de Enfermagem Oncológica (SBEO) & Oncology Nursing Society (ONS). Tem Experiência & Desenvolve Pesquisas na área de Enfermagem nos temas: Enfermagem Aplicada à Oncologia com Ênfase em Cuidados Paliativos, Controle da Dor no Câncer Avançado, Feridas Neoplásicas Malignas, Processo de Cicatrização em Indivíduos Acometidos pelo Câncer, Extravasamentos de Medicamentos Antineoplásicos, Cuidados de Enfermagem ao Fim da Vida e Comportamentos em Saúde, Intervenções de Enfermagem Baseadas em Teoria e Processo de Cuidar nas Doenças Crônicas não Transmissíveis. Membro do Grupo de estudos e pesquisas em Comportamentos em Saúde e Qualidade de Vida em Oncologia & Cuidados Paliativos.ogia & Cuidados Paliativos.

Referências

Belo, F. M. P., Albuquerque, M. C. dos S. de., Santos, R. C. S., Melo-Neto , V. L. de., Lima, J. L. R. de., Maynart, W. H. da C., Ornelas, A. C. C. de., & Alves, V. de M. (2020). Desesperança e transtornos mentais em profissionais de enfermagem de serviços oncológicos. Research, Society and Development, 9(11), e60491110065. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10065.

Carvalho, P. P., Souza, D. C. de, Rossato, L., & Scorsolini-Comin, F. (2021). Acolhimento da religiosidade/espiritualidade em intervenções psicológicas no hospital: Relato de experiência. Research, Society and Development, 10(13), e520101321606. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21606.

Costa, D. T., Silva, D. M. R. D., Cavalcanti, I. D. L., Gomes, E. T., Vasconcelos, J. L. D. A., & Carvalho, M. V. G. D. (2019). Coping religioso/espiritual e nível de esperança em pacientes com câncer em quimioterapia. Revista Brasileira de Enfermagem, 72, 640-645. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0358.

Dib, R. V., Gomes, A. M. T., Ramos, R. de S., França, L. C. M., & Marques, S. C. (2020). O câncer e suas representações sociais para pacientes oncológicos. Research, Society and Development, 9(9), e187997134. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7134.

Dominguez, R. G. S., Freire, A. S. V., Silva, S. S., & Campos, N. A. S. (2020). Morbimortalidade por doenças oncohematológicas no Brasil entre 2002 e 2016. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 12(10), e3795-e3795. https://doi.org/10.25248/reas.e3795.2020.

Eloia, S. M. C., Ximenes, M. A. M., Eloia, S. C., Galindo Neto, N. M., Barros, L. M., & Caetano, J. Á. (2021). Enfrentamento do coping religioso e esperança na doença renal crônica: estudo controlado randomizado. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 55. https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2020-0368.

Ferreira, J. C. M., & Garcia, R. R. (2021). Narrativas de vida de pacientes oncológicos sob cuidados paliativos: o olhar das peças poéticas. Research, Society and Development, 10(11), e583101119919. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19919.

Franco, A. de A., Anjos, B. F. dos., Ribeiro, W. A., Oliveira, A. T. de., Monsores, A. F., Dias, L. L. da C., Ranauro, K. C. D. S. S., & Macedo, G. F. (2021). Sistematização da assistência de enfermagem no cuidado com a mulher mastectomizada: Uma revisão integrativa. Research, Society and Development, 10(9), e31710918121. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18121.

Freitas, T. F. D., de Souza, S. R., do Espírito Santo, F. H., Tocantins, F. R., & do Couto, L. L. (2021). A família e suas demandas para o autocuidado apoiado no contexto da doença onco-hematológica. Research, Society and Development, 10(2), e29110212527-e29110212527. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12527.

Gomes, I. M., Lacerda, M. R., Hermann, A. P., Rodrigues, J. A. P., Zatoni, D. C. P., & Tonin, L. (2019). Cuidados realizados pelo familiar cuidador da criança em pós-transplante de células-tronco hematopoiéticas. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 27. https://doi.org/10.1590/1518-8345.2298-3120.

Grandizoli, M. V., dos Santos Júnior, R., Ibiapina, I. S. M., & Garcia, V. C. B. (2017). Indicadores de esperança, ansiedade e depressão de pacientes em tratamento oncológico. Arquivos de Ciências da Saúde, 24(3), 65-70. https://doi.org/10.17696/2318-3691.24.3.2017.718.

Li, P., Guo, Y. J., Tang, Q., & Yang, L. (2018). Eficácia da intervenção de enfermagem para aumento da esperança em pacientes com câncer: uma meta-análise. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 26. https://doi.org/10.1590/1518-8345.1920.2937.

Lima, C. G. D., Lacerda, G. M. D., de Beltrão, I. C. S. L., de Araújo Alves, D., & Albuquerque, G. A. (2020). Impacto do Diagnóstico e do Tratamento do Câncer de Mama em Mulheres Mastectomizadas. Ensaios e Ciência C Biológicas Agrárias e da Saúde, 24(4), 426-430. https://doi.org/10.17921/1415-6938.2020v24n4p426-430.

Menezes, R. R., Kameo, S. Y., da Cunha Santos, D. K., de Almeida, K. A., Santos, L. P., de Jesus Santos, L., & Mocó, G. A. A. (2021). Esperança de vida de pessoas com câncer acompanhadas pela Atenção Primária à Saúde. Research, Society and Development, 10(4), e12510413644-e12510413644. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.13644.

Moreira, R. A., & Silva Borges, M. D. (2020). Perfil e nível de esperança entre pacientes que realizam hemodiálise e diálise peritoneal. Cogitare Enfermagem, 25. http://dx.doi.org/10.5380/ce.v25i0.67355.

Mourão, C. M. L., Fernandes, A. F. C., Moreira, D. P., & Martins, M. C. (2017). Entrevista motivacional no suporte social de cuidadores de pacientes com câncer de mama em quimioterapia. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 51. https://doi.org/10.1590/S1980-220X2017001803268.

Okuma, G. Y., Manhães, M. F. M., Pedras, R. N., De Domenico, E. B. L., & Bergerot, C. D. (2021). Espiritualidade, religiosidade, distress e qualidade de vida em pacientes oncológicos. Revista Psicologia e Saúde, 13(2), 3-17. https://doi.org/10.20435/pssa.v13i2.1097.

Polit, D. F. & Beck, C. T. (2019). Fundamentos de pesquisa em enfermagem: Avaliação de Evidências Para Práticas de Enfermagem. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, cap. 9, p.135-159.

Santos, D. D. F. K., de Camargo, M. J. G., dos Santos, D. R., & Lolatto, G. A. (2017). O uso de estratégias de coping de pacientes adultos submetidos ao transplante de células tronco hematopoéticas. Revista Ocupación Humana, 17(2), 20-33. https://doi.org/10.25214/25907816.169.

Sartore, A. C., & Grossi, S. A. A. (2008). Escala de Esperança de Herth: instrumento adaptado e validado para a língua portuguesa. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 42(2), 227-232. http://doi.org/10.1590/S0080-62342008000200003.

Schuster, J. T., Feldens, V. P., Iser, B. P. M., & Ghislandi, G. M. (2015). Esperança e depressão em pacientes oncológicos em um hospital do sul do Brasil. Rev AMRIGS, 59(2), 84-9.

Sette, C. P., & Capitão, C. G. (2018). Investigação do suporte social e qualidade de vida em pacientes com câncer. Saúde e Pesquisa, 11(1), 151-162. https://doi.org/10.17765/1983-1870.2018v11n1p151-162.

Silva, N. M., Santos, M. A. D., Oliveira, R. A. A. D., Storti, L. B., Souza, I. M. O., Formighieri, P. F., & Marques, S. (2019). Idosos em Tratamento Quimioterápico: Relação entre Nível de Estresse, Sintomas Depressivos e Esperança. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 35. https://doi.org/10.1590/0102.3772e35441.

Silva, D. D., Neto, J. Z., Dóro, M. P., & Menegatti, C. L. (2021). Revisão narrativa sobre a avaliação psicológica em pacientes pré-transplante de células-tronco hematopoiéticas. Brazilian Journal of Development, 7(2), 16048-16069. https://doi.org/10.34117/bjdv7n2-298.

Tempesta, O. (2015). O significado da esperança. https://www.a12.com/redacaoa12/espiritualidade/o-significado-da-esperanca. Não paginado.

Wakiuchi, J., Marchi, J. A., Norvila, L. S., Marcon, S. S., & Sales, C. A. (2015). Esperança de vida de pacientes com câncer submetidos à quimioterapia. Acta Paulista de Enfermagem, 28, 202-208. https://doi.org/10.1590/1982-0194201500035.

Downloads

Publicado

19/12/2021

Como Citar

SANTOS, W. J. F. dos; MACHADO, M. A. .; SILVEIRA, G. C. .; SANTOS, A. F. de S. .; LIMA, T. O. de .; OLIVEIRA, A. P. de; FERRER, M. M. .; SILVA, B. L. C. da .; MARANGONI, E. .; SANTOS, E. C. N.; FREITAS, K. A. B. da S. . Aplicação da escala de Herth e suas correlações em transplante de células-tronco hematopoiéticas. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 16, p. e430101624012, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i16.24012. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/24012. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

v. 10 n. 16

Seção

Ciências da Saúde

Licença

Copyright (c) 2021 Wabison Júnior Fernandes dos Santos; Maria Aparecida Machado; Gercilene Cristina Silveira; Andressa Fabri de Souza Santos; Talita Oliveira de Lima; Ariane Pelossi de Oliveira; Murilo Meidas Ferrer; Bruna Larissa Cápera da Silva; Eliana Marangoni; Elaine Cristina Negri Santos; Karina Alexandra Batista da Silva Freitas

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.