As tecnologias de reciclagem da urina human estão a tornar-se uma tendência mundial no setor Agro-Alimentar? Análise de revisão bibliométrica de 1999 a 2020
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24143Palavras-chave:
Agricultura urbana; Métodos estatísticos; Sistemas agrícolas alternativos; Bioeconomia; Fertilizante; Mercado de alimentos agrícolas.Resumo
A recuperação de fertilizantes orgânicos da urina humana como uma das soluções para o manejo sustentável de efluentes e saneamento pode ser muito promissora, pela estratégia de reuso de águas residuárias urbanas, combinada com o desenvolvimento de insumos agrícolas. O objetivo deste estudo foi conduzir uma análise bibliométrica das publicações disponíveis nos bancos de dados ScienceDirect e Wiley Online Library sobre o tema da recuperação de nutrientes humanos da urina para o período de 1999 a 2020 para responder se a reciclagem humana da urina pode melhorar a resiliência das cidades, através da gestão urbana da água tem o potencial de se tornar uma solução competitiva no mercado global Agroalimentar com base em descobertas científicas. O processo de análise bibliométrica explorando bancos de dados foi dividido em 8 etapas: 1) Seleção das palavras-chave, 2) Seleção do período, 3) Seleção da base de dados, 4) Escaneamento das publicações, 5) Remoção das duplicatas, 6) Verificação das publicações, 7) Seleção das publicações com a maior aderência, 8) Classificação final. Um total de 985 publicações científicas foram selecionadas da Biblioteca Wiley Online e 996 da Science Direct. Destas, apenas 45 foram selecionadas por estarem potencialmente alinhadas com as tecnologias de reciclagem de urina relacionadas à gestão da água em uma perspectiva mundial. A urina humana como biofertilizante tem o potencial para o mercado do agronegócio, com base na análise de dados estatísticos, porém para se tornar um produto comercializável, especialmente em países de baixa renda média, são necessários estudos de avaliação de sustentabilidade das tecnologias de urina, integrando aspectos econômicos, sociais e ambientais.
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