Perfil epidemiológico das pessoas que vivem com HIV-AIDS: um desafio social

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.24159

Palavras-chave:

HIV-AIDS; Epidemiologia; Diagnóstico; DATASUS.

Resumo

A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA; AIDS - acquired immunodeficiency syndrome) é uma manifestação clínica avançada, decorrente de um quadro de imunodeficiência causado pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH, HIV-human immunodeficiency virus), o qual é transmitido pelas vias sexual, parenteral ou vertical. (UNAIDS. AIDS epidemic update; 2007). O HIV altera o DNA da célula, cria um ciclo de infecção em que, continuamente se multiplica, o que a tornou uma patologia crônica e potencialmente letal (Brasil, 2020). Para conter o quadro epidêmico da doença, faz-se estritamente necessário o acompanhamento e tratamento dos pacientes infectados. Diante disso, foi realizado a partir deste artigo, um estudo transversal descritivo, com base em dados do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), disponíveis no DATASUS, entre os períodos de 2010 e 2020, em cujo objetivo foi verificar o perfil epidemiológico das pessoas que vivem com HIV-AIDS, no Município de Vitória da Conquista, e constatar os efeitos da estigmatização da doença, do preconceito e mais atualmente da pandemia causada pelo vírus Covid-19. Dos dados coletados, cerca de 59,81% dos pacientes eram do sexo masculino, e 56,12% do sexo feminino. A maioria dos casos diagnosticados eram jovens de 18 a 28 anos. Em relação às notificações, as mesmas se mantiveram instáveis até o ano de 2019, no total em cerca de 24.000 a 25.000 casos notificados. Já no ano de 2020, ocorreu uma queda, com 8.434 casos notificados. Quanto à questão das raças, na pesquisa apontam para um aumento no número de casos de aids entre os pretos e pardos para ambos os sexos; negros foram cerca de 3.000 em 2008, passando por 1.915 em 2019, decaindo para 541 casos. Já os pardos, em cerca de 9.000 mil, em 2008, decaindo para 2.474, em 2020, enquanto que entre os brancos apontam para uma redução proporcional. Portanto, o estudo conclui que, questões sociais e outros fatores externos refletem no perfil de pacientes infectados pelo vírus HIV, assim como provocam alterações nos índices da doença no município de Vitória da Conquista.

Referências

A Abreu, S. R., Pereira, B. M., Silva, N. M., Moura, L. R. P., Brito, C. M. S. & Câmara, J. T. (2016). Estudo Epidemiológico De Pacientes Com Infecção Pelo Vírus Da Imunodeficiência Humana/Síndrome Da Imunodeficiência Adquirida (HIV/AIDS). Rev Interd. 9(4), 132-41.

Fonseca, L. K. da S., Santos, J. V. De O., Araújo, L. F. de, & Sampaio, A. V. F. C. (2020). Análise da estigmatização no contexto do HIV/AIDS: Concepções de Pessoas que Vivem com HIV/AIDS. Revista Interinstitucional de Psicologia, 13(2), 1-15.

Junior, A. P., & Trindade, I. P. (2019). O Direito Internacional Entre A Saúde E O Comércio: Estudo De Caso Do Acesso Ao Medicamento Truvada Como Profilaxia Anti-HIV/AIDS Nobrasil. Revista Interação, 10(1), 26-50.

Lenzi, L., Tonin, F. S., Souza, V. R. D., & Pontarolo, R. (2018). Suporte Social E HIV:Relações Entre Características Clínicas, Sociodemográficas E Adesão Ao LEVISON W. Microbiologia Medica E Imunologia. (10a ed.), Artmed,2011.

Lima, A. N. G. (2018). Fazeres Educativos Em Dst/Aids: Experiênciase Perspectivas Das Mulheres De Guiné-Bissau Estudantes Da Unilab. História Pública E Democracia, 50.

Mann, C. G., & monteiro, S. (2018). Sexualidade e prevenção das IST/AIDS no cuidado em saúde mental: o olhar e a prática de profissionais no município do rio de janeiro, brasil. Cadernos de saúde pública, 34, e00081217.

Maciel, K. L., Milbrath, V. M., Gabatz, R. I. B., Freitag, V. L., Silva, M. S. da, & Santos, B. A. dos. (2019). HIV/AIDS: um olhar sobre as percepções de quem vive com o diagnóstico. Revista Cuidarte, 10(3), e638.

Menezes, A. M. F., Almeida, K. T., Nascimento, A. K. A., Dias, G. C. M., & Nascimento, J. C. (2018). Perfil Epidemiológico Das Pessoas Soropositivas Para HIV/AIDS. Rev. Enferm. Ufpe On Line, 1225-1232.

Menino, A. M. Jr., & Torres, J. G. (2019). Estudo Epidemiológico Da Aids No Brasil (2015-2019), “A Sua História E Políticas Públicas Criadas Até Os Dias Atuais 10.29327/213319.20.4-13

Ministério Da Saúde Do Brasil (2006). Boletim Epidemiológico: AIDS e DST. Ano Iii Nº 01. www.aids.gov.br.

Brasil. (2008). Ministério da Saúde. Programa Nacional de DST e Aids: Manual De Adesão Ao Tratamento Para Pessoas Vivendo Com Hiv E Aids. Brasília. Http://Bvsms.Saude.Gov.Br/Bvs/Publicacoes/Manual_Adesao_Tratamento_Hiv.Pdf.

Monteiro, S. S., Brigeiro, M., Vilella, W. V., Mora, C., & Parker, R. (2019). Desafios Do Tratamento Como Prevenção Do Hiv No Brasil: Uma Análise A Partir Da Literatura Sobre Testagem. Ciência & Saúde Coletiva, 24, 1793-1807.

Mora, C., Franch, M., Maksud, I., & Rios, L. F. (2018). Hiv/Aids: Sexualidades, Subjetividades E Políticas. Sexualidad, Salud Y Sociedad (Rio De Janeiro), (30), 141- 152.

Moutinho, L., Aguião, S., & Neves, P. S. (2018). A Construção Política Das Interfaces Entre (Homos) Sexualidade, Raça E Aids Nos Programas Nacionais De Direitos Humanos. Ponto Urbe. Revista Do Núcleo De Antropologia Urbana Da USP, (23).

Oliveira, F. S., Moraes, A. L. D. J., & Sobral, M. A. D. S. (2018). Estudo Epidemiológico Da Aids No Período 2008-2015 No Estado De Sergipe. Revista Saúde E Meio Ambiente, 6(1), 17-33.

Oyelese, A. O. (2003). Stigma, Discrimination And Ostracization. International- Quarterly- Of – Community – Health – Education, 22, 125-129.

Pires, P. V., & Meyer, D. E. E. (2019). Noções De Enfrentamento Da Feminização Da Aids Em Políticas Públicas. Revista Polis E Psique, 9(3), 95-113.

Queiroz, A. A. F. L. N., Sousa, Á. F. L. D., Matos, M. C. B., Araújo, T. M. E., Simões, J. A. (2018). Gerações, Mudanças E Continuidades Na Experiência Social Da Coleman, C. L. (2004). The Contribution Of Religious And Existential Well-Being To Depression Among African American Heterosexuals With Hiv Infection. Issues-In-Mental-Health-Nursing, 25(1), 103-110.

Silva, A. F. C. D., & Cueto, M. (2018). Hiv/Aids, Os Estigmas E A História. História.

Sousa, S. B. (2018). Narrativas Da Luta Política: Luto E Precariedade Na Emergênciatratamento. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 34.

Vieira, K. F. L., & de Almeida, S. A. (2018). Fatores de vulnerabilidade dos idosos ao hiv/aids: uma revisão integrativa. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online, 10(Especial), 12-18.

Villela, W. V. (2018). Laurindo-Teodorescu L, Teixeira Pr. Histories Of Aids In Brazil, 19832003. Brasília: Ministério Da Saúde/Secretaria De Vigilância Em Saúde/Departamento De DST, AIDS E Hepatites Virais; 2015. Ciência & Saúde Coletiva, 23(5), 1697-1698.

Downloads

Publicado

18/12/2021

Como Citar

SOUZA, E. B. de .; SILVA, R. C. .; CHIACHIO, N. C. F. . Perfil epidemiológico das pessoas que vivem com HIV-AIDS: um desafio social. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 16, p. e561101624159, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i16.24159. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/24159. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde