Lesão renal aguda em pacientes diagnosticados com COVID-19 em uma UTI do sudoeste goiano
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24492Palavras-chave:
SARS-CoV-2; Lesão renal aguda; Unidade de Tratamento Intensivo.Resumo
Das apresentações clínicas da COVID-19, a insuficiência respiratória demanda maior destaque, porém o acometimento renal é descrito como um quadro clínico relevante. A Lesão Renal Aguda (LRA) é definida como a perda abrupta da função renal e tem sido associada a taxas elevadas de mortalidade e a um prognóstico renal desfavorável em pacientes críticos com a infecção. Objetivo: Analisar a incidência da insuficiência renal aguda secundária a COVID-19, em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Método: Pesquisa qualitativa, quantitativa e retrospectivo documental em prontuários de pacientes de uma UTI do Sudoeste Goiano com diagnóstico positivo para COVID-19, internos durante 1 de setembro de 2020 a 30 de abril de 2021. Para estratificação da LRA foram considerados os critérios de KDIGO. Resultados: Dos 212 pacientes, 60 evoluíram para LRA, com predominância de 80% em estágio 3. A idade média foi de 62,6 e maior incidência no sexo masculino 51,67%. O tempo médio de internação hospitalar foi de 11,6 dias. As comorbidades de maior prevalência foram: Hipertensão arterial: 53,33 % e Diabetes Melitus: 31,67%. Em relação às drogas nefrotóxicas, 78,33% são vasodilatadoras. Das complicações clínicas: 88,33% necessitaram de suporte ventilatório invasivo e 80 % de Hemodiálise, já 93,33 % evoluíram para óbito. Conclusão: Conclui-se que houve alta incidência de LRA, possuindo forte influência para mortalidade, principalmente associado a fatores de risco como idade elevada, comorbidades e o manejo clínico como o suporte ventilatório, necessidade de hemodiálise e o uso de drogas vasoativas.
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