Doença de Parkinson: Padrão epidemiológico de internações no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.24535

Palavras-chave:

Doença de Parkinson; Epidemiologia; Hospitalização.

Resumo

Introdução: A Doença de Parkinson (DP) está entre os distúrbios neurológicos que mais crescem em todo o mundo, caracterizando-se como a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente. No Brasil, a notificação da DP não é obrigatória, o que dificulta a estimativa de sua prevalência no país. Objetivo: Fazer o delineamento do perfil epidemiológico de internações relacionadas à DP no Brasil, associando faixa etária, sexo dos indivíduos acometidos com DP, tempo, caráter (urgente e eletivo) e gastos da internação. Metodologia: Tratou-se de um estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa, sendo os dados obtidos por meio de consulta ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população de interesse foi indivíduos com DP, notificados no Brasil entre janeiro de 2016 até dezembro de 2020, com foco entre 60 e 89 anos. Resultados e Discussão: Verificou-se ente 2016 e 2020, o maior número de internações de indivíduos com DP ocorreu com pacientes de 60 a 79 anos, sendo o sexo masculino mais acometido pelo número de internações e óbitos. O sudeste mostrou maior número de internações e o nordeste maior média de permanência. O total de óbitos foi 281, gerando custos de 19 milhões de reais. Conclusão: Os dados obtidos revelaram padrões que seguem estáveis ao longo dos anos, de acordo com a região, sexo, óbitos e a faixa etária, embora existam possíveis problemas com subnotificações e escassez de informações. Assim, fica claro a necessidade de mais estudos para delineamentos futuros dos padrões epidemiológicos da DP no Brasil.

Referências

Alho, A. T. (2011). Caracterização da substância negra humana durante o envelhecimento. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Albuquerque, C. (2020). Pandemia diminui número e muda perfil de internações no SUS em 2020. Observatório de Política e Gestão Hospitalar. https://www.observatoriohospitalar.fiocruz.br/debates-e-opinioes/pandemia-diminui-numero-e-muda-perfil-de-internacoes-no-sus-em-2020.

Benito-León, J. (2018). Epidemiología de la enfermedad de Parkinson em España y su contextualizacíon mundial. Revista de Neurología. 66 (4).

Borges, V. & Tosta, E. (2010). Recomendações para o tratamento da fase inicial da doença de Parkinson. Doença de Parkinson: recomendações. 3, 19-37.

Bovolenta, T. M. & Felício, A. C. (2016). Parkinson’s patients in the Brazilian Public Health Policy Context. Editorial – Hospital Israelita Albert Einstein.

Brasil, M. S. (2021). Ministério da Saúde DATASUS. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-tabnet/.

Brasil, M. S. (2021). Ministério da Saúde DATASUS Faixa Etária. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/niuf.def.

Brasil, M. S. (2021). Ministério da Saúde DATASUS Valor Total. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/niuf.def.

Brasil, M. S. (2021). Ministério da Saúde DATASUS Caráter de Atendimento. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/niuf.def.

Chagas, N. H. M., Zuardi, W. A., Tumas, V., Pena-Pereira, M. A., Sobreira, T. E., Bergamaschi, M. M., dos Santos, A. C., Teixeira, A. L., Hallak, J. E. C. & Crippa, J. A. S. (2014) Effects of cannabidiol in the treatment of patients with Parkinson’s disease: An exploratory double-blind trial. Journal of Psychopharmacology. 28(11), 1088-192.

Crippa, S. A. J., Hallak J. E. C., Zuardi, A. W., Guimarães, F. S., Tumas, V. & dos Santos, R. G. (2019). Is cannabidiol the ideal drug to treat non-motor Parkinson’s disease symptoms?. European Archives of Psychiatry and Clinical Neuroscience. 269, 121-133.

Crippa, J. A., Guimarães, F. S., Campos, A. C. & Zuardi, A. W. (2018). Translational investigation of the therapeutic potential of cannabidiol (CBD): Towards a new age. Frontiers in Imumunology. 9.

Dong, J., Cui, Y., Li, S. & Le, W.. (2016) Current Pharmaceutical Treatments and Alternative Therapies of Parkinson’s Disease. Current Neuropharmacology. 14(4).

Dorsey, E. R., Sherer, T., Okun, M. S. & Bloem, B. R.. (2018). The Emerging Evidence of the Parkinson Pandemic. Journal of Parkinson’s Disease. 8, 3-8.

Dorsey, E. R. & Elbaz, A. (2018) Global, regional, and national burden of Parkinson’s disease, 1990-2016: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2016. Lancet Neurology. 17. 939-53.

Embrapa Territorial (2020). Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária brasileira (SITE-MLog). Campinas. www.embrapa.br/macrologistica.

Fahn, S. & Kang, J. (2018). Doença de Parkinson. In: Louis D. Merrit – Tratado de Neurologia. 13ª Edição. 83, 702-720.

Fernandes, I. & Filho, A. S. (2018). Estudo Clínico-Epidemiológico de Pacientes com Doença de Parkinson em Salvador-Bahia. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatra, 22(1).

Ferreira-Junior, N. C., Campos, A. C., Guimarães, F. S, Del-Bel, E., Zimmermann, P. M. R., Junior, L. B., Hallak, J. E., Crippa, J. A. & Zuardi, A. W. (2020). Biological bases for a possible effect of cannabidion in Parkinson’s disease. Brazilian Journal of Psychiatry, 42(2), 218-224.

Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (2020). Censo Brasileiro de 2010.

Lubomski, M. Rushworth, R. L. & Tisch, S. (2015). Hospitalisation and comorbidities in Parkinson’s disease: a large Australian retrospective study. Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, 86, 324-330.

Leiva, A. M., Martinez-Sanguinetti, M. A. M., Troncoso-Pantoja, C. Nazar, G., Petermann-Rocha, F. & Celis-Morales, C. (2019). Chile lidera el ranking latino americano de prevalencia de enfermedad de Parkinson. Revista de Medicina Chile. 147(4).

Peres, F. F., Lima, A. C., Hallak, J. E. C., Crippa, J. A., Silva, R. H. & Abílio, V. C. (2018). Cannabidiol as a Promising Strategy to treat and Prevent Movement Disorders?. Frontiers in Pharmacology. 9, 482.

PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2021). Ranking IDH Global 2014. www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/rankings/idh-global.html.

Dias-Tosta, E., Rieder, C. R. M., Borges, V. & Neto, Y. C. (2010). Recomendações para o tratamento da doença de Parkinson. In: TOSTA, E. et al. Doença de Parkinson: recomendações. 1(2), 13-18.

Redone, Registros Brasileiros de Doenças Neurológicas (2021). Academia Brasileira de Neurologia: Registros Brasileiros de Doenças Neurológicas www.abneuro.org.br/redone.

Santos, V. L. (2015). Perfil epidemiológico da doença de Parkinson no Brasil. Centro Universitário de Brasília: Faculdade de Ciências da Educação E Saúde.

Silva, A. B. G. (2021). Doença de Parkinson: revisão de literatura. Revista Brazilian Journal of Development, 7(4).

Simon, D. K., Tanner, C. M. & Brundin, P.. (2019). Parkinson Disease Epidemiology, Pathology, Genetics, and Pathopshysiology. Clinics in geriatric medicine. 36(1), 1-12.

Souza, C. F. M., Almeida, H. C. P., Sousa, J. B., Costa, P. H., Silveira, Y. S. S. & Bezerra, J. C. L. (2011). A Doença de Parkinson e o Processo de Envelheci¬mento Motor: Uma Revisão de Literatura. Revista Neurociências, 14(4).

Downloads

Publicado

03/01/2022

Como Citar

SANTOS, G. F. .; SILVA, G. de Q. N. e .; MOREIRA, D. R. .; VERGUTZ, B. G. .; CARVALHO, J. P. de M. .; PESSOA, J. P. A. .; PAZ DO NASCIMENTO JUNIOR, V. .; TAFURI, N. F. . Doença de Parkinson: Padrão epidemiológico de internações no Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 1, p. e13511124535, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i1.24535. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/24535. Acesso em: 25 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde