Análise epidemiológica de hanseníase no Brasil no período de 2016 a 2020

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.24614

Palavras-chave:

Hanseníase ; Epidemiologia; Doença Infecciosa; Erradicação; Brasil.

Resumo

Introdução: A hanseníase é uma doença crônica infecciosa relacionada a fatores sociais e econômicos, ainda muito presente no Brasil. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo traçar o perfil epidemiológico da Hanseníase no Brasil, no período de 2016 e 2020. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos por meio da consulta ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: A Hanseníase ainda é um problema de saúde pública no país, visto que o Brasil é o maior responsável por casos da doença na América Latina, destacando-se as regiões Nordeste, Norte e Centro Oeste como as principais produtoras de novos casos. Em acréscimo, o gênero masculino é o mais acometido pela doença, já que ele desenvolve uma resposta imunológica menor quando comparado ao gênero feminino, afetando principalmente indivíduos economicamente ativos. Além disso, a falta de acesso à informação e a precariedade socioeconômica são fatores que potencializam a falta de tratamento e a disseminação da doença, com ênfase em sua forma multibacilar. Conclusão: Fica clara a necessidade da elaboração de um plano que incentive a detecção precoce e a redução das incapacidades causadas pela doença, por meio de ações de vigilância em saúde, visando o combate. Ademais, é de suma importância a adaptação da política de atenção à Hanseníase à realidade das regiões onde a incidência é maior, a fim de aumentar a adesão ao tratamento e, consequentemente, erradicar a doença.

Referências

Araújo, R. M d. S., Tavares, C.M., Silva, J.M. d.O., Alves, R. d. S., Santos, W. B., Rodrigues P.L. d. S. (2017). Análise do Perfil Epidemiológico da Hanseníase. Revista de Enfermagem UFPE online, 11, 3632-3641. DOI: 10.5205/ reuol.10620-94529-1-SM.1109sup201717.

Basso, M.E.M, & Silva, L. R.F. (2017). Perfil clínico-epidemiológico de pacientes acometidos pela hanseníase atendidos em uma unidade de referência. Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, 15 (1),27-32.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. (2020). Hanseníase. Boletim Epidemiológico. 1. ed.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. (2017). Guia prático sobre a hanseníase [recurso eletrônico]. Brasília.

Bernardes, M. P., Oliveira, G. S., Grattapaglia, R. P. A., Melo, J. O., França, C. W., & Pereira, G. M. (2021). Análise do Perfil Epidemiológico de Hanseníase no Brasil no período de 2010 a 2019. Brazilian Journal Of Health Review, 4 (6), 23692-23699.

Campos, M. R. M., Batista, A. V. A., & Guerreiro, J. V.(2018). Perfil Clínico-Epidemiológico dos Pacientes Diagnosticados com Hanseníase na Paraíba e no Brasil, 2008 – 2012. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 22 (1), 79–86. DOI: 10.4034/rbcs.2018.22.01.11.

Goiabeira, Y. N. L. A., Rolim, I. L. T. P., Aquino, D. M. C., Soeiro, V. M. S., Inácio, A. S., & Queiroz, R. C. S. (2018). Perfil epidemiológico e clínico da hanseníase em capital hiperendêmica. Revista de Enfermagem Ufpe On Line, Recife, 12 (6), 1507-1513.

Lopes, F. C., Ramos, A. C. V., Pascoal, L. M., Santos, F. S., Rollim, I. L. T. P., Serra, M. A. A. O., Santos, L. H., & Neto, M. S. (2021). Leprosy in the context of the family health strategy in an endemic scenario in maranhão: Prevalence and associated factors. Revista Ciencia e Saude Coletiva, 26 (5), 1805–1816. DOI: 10.1590/1413-81232021265.04032021.

Nitsuma, E. N. A., Bueno, I. C., Arantes, E. O., Carvalho, A. P. M., Junior, G. F. X., Fernandes, G. R., & Lana, F. C. F. (2021). Fatores associados ao adoecimento por hanseníase em contatos: revisão sistemática e metanálise. Revista Brasileira de Epidemiologia, 24. DOI: 10.1590/1980-549720210039.

Nogueira, P. S. F., Moreira, L.P.M., Moura, E.R.F., Gomes, A.M.A., Américo, C.F., & Souza, S.F. (2014).Estratégia educativa voltada à gestação e anticoncepção na hanseníase. Ciência, Cuidado e Saúde, 13 (4), 634–641. DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v13i4.17449.

Pescarini, J. M.,Teixeira, C. S. S., Silva, N. B., Sanchez, M. N., Natividade, M. S., Rodrigues, L. C., Penna, M. L. F.; Barreto, M. L., Brickley, E. B., Penna, G. O., & Nery, J. S. (2021). Epidemiological characteristics and temporal trends of new leprosy cases in Brazil: 2006 to 2017. Cadernos de Saude Publica, 37 (7). DOI: 10.1590/0102-311X00130020.

Ploemacher, T., Faber, W. R., Menke, H., Rutten, V., & Pieters, T.(2020). Reservoirs and transmission routes of leprosy; A systematic review. PLoS Neglected Tropical Diseases, 14 ( 4), 1–27. DOI: 10.1371/journal.pntd.0008276..

Ribeiro, M. D., Silva, J. C., & Oliveira, S. (2018). Estudo epidemiológico da hanseníase no Brasil: reflexão sobre as metas de eliminação. Revista Panamericana de Salud Pública, 1–7. DOI: 10.26633/rpsp.2018.42.

Rocha, M. C. N., Nobre, M. L., & Garcia, L.P. (2020). Características epidemiológicas da hanseníase nos idosos e comparação com outros grupos etários, Brasil (2016-2018). Cadernos de Saúde Pública, 36 (9). DOI: 10.1590/0102/311X00048019.

Rodrigues, R. N., Leano, H. A d. M., Bueno, I. de C., Araújo, K.M d. F.A., & Lana, F. C .F. (2020). Áreas de alto risco de hansení ase no Brasil, perí odo 2001-2015. Revista Brasileira de Enfermagem, 73(3). DOI:10.1590/0034-7167-2018-0583.

Santos, Á. N., Costa, A. K. A. N., Souza, J. É. R. d., Alves, K. A. N., Oliveira, K. P. M. M. d., & Pereira, Z. B. (2020). Perfil epidemiológico e tendência da hanseníase em menores de 15 anos. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 54. DOI: 10.1590/s1980-220x2019016803659.

Schneider, P. B., & Freitas, B. H. B. M. d. (2018). Tendência da hanseníase em menores de 15 anos no Brasil, 2001-2016. Cadernos de Saúde Pública, 34(3).DOI: 10.1590/0102-311x00101817.

Silva, M. D. P., Oliveira, P. T., Queiroz, A. A. R., & Alvarenga, W.A. (2020). Hanseníase no Brasil: uma revisão integrativa sobre as características sociodemográficas e clínicas. Research, Society and Development, 9 (11). DOI: 10.33448/rsd-v9i11.10745.

Soares, G. M. M. M..,Souza, E. A., Ferreira, A.F.,Garcia, G.S. M., Oliveira, M. L. W. , Pinheiro, A. B. M..,Santos, M.A.M. &, Ramos Junior, A. N. (2021). Fatores sociodemográficos e clínicos de casos de hanseníase associados ao desempenho da avaliação de seus contatos no Ceará, 2008-2019. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 30 (3). DOI: 10.1590/S1679-49742021000300024.

Souza, C. D. F., Magalhães, M. A. F. M., & Luna, C. F. (2020). Leprosy and social deprivation: Definition of priority areas in an endemic state northeastern brazil. Revista Brasileira de Epidemiologia, 23. DOI: 10.1590/1980-549720200007.

Souza, E. A. d., Ferreira, A. F., Boigny, R. N., Alencar, C. H., Heukelbach, J., Martins-Melo, F. R., Barbosa, J. C., & Ramos Junior, A. N. (2018). Leprosy and gender in Brazil: trends in an endemic area of the Northeast region, 2001–2014. Revista de Saúde Pública, 52 (20). DOI: 10.11606/s1518-8787.2018052000335.

Tavares, A. M. R. (2021). Perfil epidemiológico da hanseníase no estado de Mato Grosso: estudo descritivo.Einstein (Sao Paulo, Brazil), 19. DOI: 10.31744/EINSTEIN_JOURNAL/2021AO5622.

Uchôa, R.E.M.N., Brito, K.K.G., Santana, E.M.F., Soares, V.L., & Silva, M.A. Perfil clínico e incapacidades físicas em pacientes com hanseníase. Revista de Enfermagem UFPE on line, 11 (3), 1464–1472, 2017. DOI: 10.5205/1981-8963-V11I3A13990P1464-1472-2017.

Downloads

Publicado

04/01/2022

Como Citar

MOREIRA, A. C. de B.; SOUZA, A. L. C.; ALVES, I. B. L. .; QUEIRÓS, L. R. M.; RODRIGUES, P. A. A.; FERNANDES, R. A.; LIMA, S. M. de .; ORSOLIN, P. C.; NASCIMENTO JÚNIOR, V. P. do . Análise epidemiológica de hanseníase no Brasil no período de 2016 a 2020. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 1, p. e19011124614, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i1.24614. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/24614. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde