Educação em Saúde para a transformação de práticas sociais, alimentares e nutricionais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.24629Palavras-chave:
Alimentação; Educação em saúde; Segurança alimentar; Nutrição.Resumo
A garantia de alimentação adequada e saudável envolve práticas educacionais favoráveis à inclusão e à justiça social. Por meio do acesso a alimentos de qualidade, populações podem atingir melhores índices de saúde, fator que se alinha aos princípios sanitários e humanitários globais. Assim, pensar no apoderamento – termo que diferencia-se de empoderamento – alimentar e nutricional, por meio da articulação entre conhecimentos da Educação, da Saúde e da alimentação se torna uma ação de grande importância para os mais diversos contextos da atualidade. Portanto, o objetivo deste ensaio é destacar a possibilidade de investimento no apoderamento alimentar e nutricional, enquanto direito humano que pode ser tensionado e potencializado por meio da Educação Alimentar e Nutricional, na perspectiva das discussões que envolvem os preceitos da educação em saúde. Para tanto, opera-se com levantamento bibliográfico e documental que serve como embasamento para a discussão proposta. Entende-se, após tais movimentos, que há grandes limitações no âmbito do apoderamento alimentar, especialmente por deterioração das políticas públicas frente aos discursos econômicos. Contudo, existem boas possibilidades de implementação de ideias e ações acerca da temática que podem ajudar populações.
Referências
ABESO (2021). Mapa da Obesidade 2008-2009. Disponível em: https://abeso.org.br/obesidade-e-sindrome-metabolica/mapa-da-obesidade/.
Behring, E. R., & Boschetti, I. (2017). Política social: fundamentos e história. Ed.Cortez.
Brasil. (2012). Marco de referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Brasil. (2014). Guia Alimentar para a População Brasileira. Secretaria de Atenção à Saúde & Departamento de Atenção Básica.
Bruna, J., Andrade, L. R., & Strazynski, G. M. R. trad. (1996). Sócrates - Vida e Obra. In Nova Cultural (Ed.), Os Pensadores.
Carneiro, H. S. (2003). Comida e Sociedade: Uma história da alimentação. In História: Questões & Debates. Elsevier.
Chauí, M. (2004). Convite a filosofia. Ed. Ática.
Darsie, C. & Weber, D. L. (2021) Geografia da Saúde e Educação Básica: um panorama. In: Paim, R. O.; Pereira, A. M. O.; Copatti, C.; Gengnagel, C. L. (Org.). Geografias que fazemos: educação geográfica em diferentes contextos (Coleção: Percursos de educação geográfica). 1ed.Curitiba-PR: Editora CRV, 2, 189-198.
El País. (2021). Ossos de boi, arroz e feijão quebrado formam o cardápio de um Brasil que empobrece: a pandemia aprofundou ainda mais a situação precária vivida por milhões de brasileiros. https://brasil.elpais.com/brasil/2021-07-25/arroz-quebrado-bandinha-de-feijao-e-ossos-de-boi-vao-para-o-prato-de-um-brasil-que-empobrece.html
Falkenberg, M. B. et al. (2014). Educação em saúde e educação na saúde: conceitos e implicações para a saúde coletiva. Ciência & Saúde Coletiva, 19(03), 847-852. https://doi.org/10.1590/1413-81232014193.01572013.
FIAN. Organização pelo Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas. Relatório de Monitoramento do Direito à Alimentação e à Nutrição durante a COVID 19 (2020). http://www.fao.org/emergencies/resources/documents/resources-detail/en/c/1312540/
Figueiredo, Adriana do Carmo. (2012). A Arte de Ensaiar com uma perspectiva científica. Palimpsesto, 15, 1-14. https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/palimpsesto/article/view/35239
Freire, P. (1992). Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Ed. Paz e Terra.
Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Ed. Paz e Terra.
G1. (2021) Sem dinheiro para comprar carne, os pernambucanos recorrem a ossos e ovos para fazer as refeições. https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2021/09/02/sem-dinheiro-para-comprar-carne-pernambucanos-recorrem-a-ossos-e-ovos-para-fazer-as-refeicoes.ghtml.
Gadotti, M. (2000). Perspectivas atuais da Educação. Ed. Artes médicas Sul (ed.).
Hugo, V. (2021). Os miseráveis. Trad. Silvana Salermo. Ed. Seguinte.
Leão, M. et al. O Direito Humano à Alimentação Adequada e 0 Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, 2013. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/seguranca_alimentar/DHAA_SAN.pdf.
Martins Júnior, T. (2003). Apoderamento. SANARE. Revista de Políticas Públicas. https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/111.
Medeiros, A. M. S., & Marques, M. A. R. B. (2003). Habermas e a teoria do conhecimento. ETD Educação Temática Digital.
Minnaert, A. C. D. S. T. (2013). A comestibilidade e outros mundos possíveis. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 8(0), 265–273. https://doi.org/10.12957/demetra.2013.6172.
Montanari, M. (2013). Comida como cultura. Ed. Senac.
Nascimento, M. N. C. do, Carvalho, M. C. D. V. S., & Prado, S. D. (2017). Análise sobre orientações políticas de educação alimentar e nutricional. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 12(3). https://doi.org/10.12957/demetra.2017.28669.
ONU/FAO/PMM et al. (2020). Global Network Against Food Crisis. Food Security Information Network. Global Report on Food Crisis. http://www.fao.org/emergencies/resources/documents/resources-detail/en/c/1312540/.
ONU. Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948. <https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos>.
Organização Pan-americana de Saúde. Alimentos e bebidas ultraprocessados na América Latina: tendências, efeito na obesidade e implicações para políticas públicas, 2018. https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/34918/9789275718643-por.pdf?sequence=5&isAllowed=y.
Padrão, S. M., Aguiar, O. B., Barão, G. D. O. D. (2017). Educação alimentar e nutricional: A defesa de uma perspectiva hegemônica e histórico-crítica da educação. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 12(3). https://doi.org/10.12957/demetra.2017.28642.
Pereira, T. R., Moreira, B., & Nunes, R. M. (2020). A importância da educação alimentar e nutricional para alunos de séries iniciais. Lynx, 1(1). https://doi.org/10.34019/2675-4126.2020.v1.25591.
Ribas, L. F. de O. (2019). “Cercamentos” do “Comum” no Direito Humano à Alimentação. Revista de Direito Internacional e Direitos Humanos Da UFRJ INTER, 2(2). https://revistas.ufrj.br/index.php/inter/article/view/28834.
Rother, E. T. (2007). Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta Paulista de Enfermagem, 20(2). https://doi.org/10.1590/S0103-21002007000200001.
Santos, M. L. D., & Santos, M. L. (2021). A educação alimentar e nutricional enquanto estratégia libertadora de promoção de saúde e empoderamento social. Journal of Multiprofessional Health Research, 2(1). http://journalmhr.com/.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Aída Couto Dinucci Bezerra; Lúcia Dias da Silva Guerra; Cristianne Maria Famer Rocha; Tomaz Mazuco Rodriguez; Camilo Darsie
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.