Técnicas de diafanização para estudo da anatomia de dentes humanos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.24695Palavras-chave:
Odontologia; Endodontia; Técnicas histológicas.Resumo
A morfologia interna dos canais radiculares difere-se da anatomia externa da raiz dentária, possuindo diversas variações ainda pouco descritas na literatura. A diafanização é um método eficaz, simples e rápido para a análise e preservação de estruturas ou tecidos. Por ser de fácil emprego e baixo custo, constitui-se em um método prático para o estudo da topografia do endodonto. Este estudo constitui-se em uma revisão integrativa da literatura, cujabusca foi realizada nas bases de dados SciELO, MEDLINE e LILACS. Foram incluídos artigos de investigação que respondessemà questão norteadora: “quais os métodos utilizados para diafanizar dentes humanos apresentam resultados satisfatórios nas amostras para análise morfológica?”. Foram encontrados 106 resultados dos quais 7 possuíam os critérios e foram incluídos nesta revisão. Durante o processo de diafanização executado pelos autores foram utilizados solventes químicos, sendo eles: xilol, salicilato de metila, EDTA e ácido cítrico. A diafanização destaca-se por proporcionar uma análise tridimensional dos dentes, preservando sua morfologia. Essa análise, quando comparada a outras técnicas, como radiografias, apresentouuma visualização mais detalhada. Ademais, estudos adicionais serão necessários para avaliar se outros solventes, como os orgânicos, que não apresentam toxicidade, são viáveis para o processo de diafanização dos dentes, uma vez devem permanecer armazenados no solvente em que foram diafanizados.
Referências
Anele, J. A.; Silva, B. M.; Baratto-Filho, F.; Haragushiku, G.& Leonardi, D. P. (2010). Prevalência de foraminas e canais acessórios em região de furca e assoalho pulpar e sua influência na etiologia da lesão endoperiodontal. Odonto, 18(35):106-16.
Aprile, E. C. &Aprile, H. (1947). Contribuição ao estudo da topografia dos canais radiculares. Rev Assoe Paul Cir Dent, 1:13-6.
Barros, L. A. P.; Pinheiro, B. C.; Azeredo, R. A.; Consolaro, A.& Pinheiro, T. N. (2013) Root and canal morphology of the apical third of teeth with hypercementosis. Dental Press Endod, 3(3): 49-57.
Camões, I. C. G.; Freitas, L. F.; Santiago, C. N.; Gomes, C. C.; Sambati, G.&Sambati, S. (2011). Estudo in vitro da frequência do canal cavo inter radicular e do terceiro canal na raiz mesial de molares inferiores. RevOdontolUniv, 23(2): 124-33.
Cunha, E. S. (1948). Diafanização de dentes pelo processo Okumura - Aprile. RevAssoc Paul Cir Dent, 1(6):11-5.
Fachini, E. V. F.; Rossi-Júnior, A. & Duarte, T. S. (1998). Contribuição ao estudo da técnica da diafanização. RevFacOdontol, 39(1):3-8.
Farias-Junior, J. F. Estudo do sistema de canais radiculares em dentes com hipercementose (Dissertação). Vitória (ES): Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Ciências da Saúde; 2014.
Fernández, K. S. & Chacha, A. M. (2016). Prevalencia de un tercer conducto en primeros premolares superiores mediante diafanización. Odontología, 8(1): 26-32.
Galafassi, D.; Lazaaretti, D. N.; Spazzin, A. O.; Vanni, J. R.& Silva, S. O. (2007) Estudo da anatomia interna do canal radicular em incisivos inferiores pela técnica da diafanização. RSBO, 1(4):7-11.
Gutierrez, J.H&; Aguayo, P. (1995). Apical foraminal openings in humans teeth. Number e location. Oral Surg, 79(6):769-77.
Martin, G. & Azeredo, R.A. (2014). Análise do preparo de canais radiculares utilizando-se a diafanização. Rev. Odontol. UNESP, 43(2):111-8.
Neelakantan, P.; Subbarao, C.; Ahuja, R.&Subbarao, C.V. (2011). Root and canal morphology of Indian maxillary premolars by a modifed root canal staining technique. Odontology, 99(1):18-21.
Pécora, J. D.;Savioli, R. N.;Vansan, L. P.; Silva, R. G.& Costa, W. F. (1986).Novo método de diafanizar dentes. RevFac Odontol. Ribeirão Preto, 23(1):1-5.
Robertson, D.; Leeb, J.;Mckee, M.& Brewer, E.(1980). A clearing technique for the study of root canal systems. J Endod, 6(1):421-4.
Roldi, A.; Gagno, A. S.; Barroso, J.; Intra, J. B. G; Intra, T. J. A.; Souza, R. P.& Ribeiro, F. C. (2009). Avaliação do hipoclorito de sódio associado ou não ao uso do ultrassom sobre a permeabilidade dentinária. RevBrasPesq Saúde, 11(1):11-5
Silveira, L. F. M.; Danesib, V.C.&Baischc, G.S. (2005). Estudo das relações anatômicas entre os canais mesiais de molares inferiores. Revista de Endodontia Pesquisa e Ensino OnLine, 1(2):16-21.
Souza, M. T.; Silva,M.D.&Carvalho, R. (2010). Revisão integrativa: o que é e como fazer. São Paulo: Einstein.
Souza, W. A. S. B.; Gonçalves, P. S.; Rasquin, L. C.& Carvalho, F. B. (2015). Analysis of cleaning capacity of three instrumentation techniques in flattened root canals: diaphanization study. Journal of Dentistry & Public Health, 6(1).
Torres-Obando, S. A. & Hidalgo, A. P. D. (2018). Microfltración apical en conductos obturados con y sin pretratamiento dentinario: Estudio in vitro. Odontología, 20(1):50-60.
Vier, F. V.; Reis, M. V.; Mattuella, L. G.; Oliveira, F.; Bozza, K.&Oliveira, E. P. (2004). Correlação entre o exame radiológico e a diafanização na determinação do número de canais em primeiros pré-molares inferiores com e sem sulco longitudinal radicular. Odont Clin Cient, 3(1):39-48.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Cleiton Rone dos Santos Lima; Luiza Vanessa de Lima Silva; Marcia Jasmini Sidartha da Silva Fernandes; Inalda Maria de Oliveira Messias; Rosane Jamille de Oliveira Araújo; Mônica Simões Florêncio; João Ferreira da Silva Filho; Júlio Brando Messias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
