Percepção dos riscos e vitimização de presos do estado do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24751Palavras-chave:
Risco; Vitimização; Presídio; Modelo Logístico; Amostra Complexa.Resumo
O presente artigo tem como objetivo investigar as condições de saúde e de vida relacionadas à percepção de risco e vitimização de presos sentenciados e custodiados do sistema prisional do Estado do Rio de Janeiro. A metodologia baseou-se nas informações do Estudo das Condições de Saúde e Qualidade de Vida dos Presos e das Condições Ambientais das Unidades Prisionais do Estado do Rio de Janeiro, desenvolvido pelo Departamento de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz, realizado em 2012. Definiu-se a percepção de risco e a vitimização como variáveis dicotômicas. Para estudar os fatores associados ao risco e à vitimização foram utilizados modelos logísticos e foi incorporado o desenho amostral utilizado no estudo. O modelo final para o desfecho sobre a sensação de correr risco foi composto pelas variáveis: cor/raça, frequência das visitas, ser tratado de forma inferior por funcionários do presídio por conta de sua condição social, ter filhos, situação conjugal e faixa de idade. Já o modelo final para o desfecho sobre ter sofrido algum tipo de agressão no interior do presídio apresentou as seguintes variáveis: sexo, escolaridade, idade, ser tratado de forma inferior por funcionários do presídio por conta de sua condição de detento, ser tratado de forma inferior por outros detentos do presídio por conta do tipo de crime cometido e cor/raça. Conclui-se, portanto, que há diferença entre as variáveis que compõem e são determinantes para os dois modelos.
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