Comparação entre a qualidade de vida, ansiedade e depressão de gestantes que vivem em zona rural e urbana em um município da Amazônia Brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.24758

Palavras-chave:

Qualidade de Vida; Ansiedade; Depressão; Gestação; Transtornos mentais.

Resumo

Este estudo teve como objetivo a comparação de gestantes que residem em zona rural e urbana em um município da região amazônica, em relação a qualidade de vida, níveis de transtorno mental comum, estresse e ansiedade. Uma pesquisa descritiva, do tipo exploratória. Uma amostra de 23 gestantes atendidas em um centro de saúde do município da Estância Turística de Ouro Preto do Oeste-RO, onde foram realizadas entrevistas com as gestantes, aplicando 04 instrumentos: Sociodemográfico, Depression, Anxiety and Stress Scale - Short Form (DASS-21), World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-BREF) e Self-Reporting Questionnaires (SRQ). Foi observado que o perfil sociodemográfico das gestantes são semelhantes em todas as variáveis pesquisadas. Em relação ao transtorno mental comum, não foi possível detectar alterações, onde todas apresentaram padrões de normalidade. No mesmo sentido, quando avaliado os níveis de ansiedade, estresse e depressão pelo DASS21, não houve alterações significativas. No entanto, a qualidade de vida das gestantes de zona urbana ficou abaixo, quando comparado com as das gestantes de zona rural, ou seja, as de zona urbana têm pior qualidade de vida nas facetas psicológico e social. Obter informações dos perfis das gestantes, é primordial para realização de ações na promoção da saúde delas e também assegurar uma gestação saudável para a gestante e seu filho.

Biografia do Autor

Italo Jaques Figueiredo Maia, Universidade Luterana do Brasil

Mestrando em Promoção da Saúde, Desenvolvimento Humano e Sociedade pela Universidade Luterana do Brasil - ULBRA/CANOAS. Possui MBA em Gestão de Instituições Públicas pelo Instituto Federal de Rondônia - IFRO (2020). Pós-graduação em Docência em Enfermagem pela Faculdade Venda Nova do Imigrante - FAVENI (2019); Pós-graduação em Controle de Infecção Hospitalar pela Faculdade Venda Nova do Imigrante -FAVENI. (2018); Bacharel em Enfermagem pelo Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI/ULBRA. (2016). Graduando em Gestão Pública pelo Instituto Federal de Rondônia - IFRO.

Luiz Carlos Porcello Marrone, Universidade Luterana do Brasil

Médico Neurologista e Membro do Staff do Serviço de Neurologia do Hospital São Lucas da PUCRS. Professor de Neurologia da Faculdade de Medicina ULBRA e do Programa de Pós Graduação em Promoção da Saúde da ULBRA/Canoas. Graduado em Medicina pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) em 2006; Residência Médica realizada no Serviço de Neurologia do Hospital São Lucas-PUCRS (de fev/2007-jan/2010); Mestre em Neurociências (Medicina) pela Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2012); Doutor em Neurociências (Medicina) pela Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2016). Pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Maria Isabel Morgan Martins, Universidade Luterana do Brasil

Possui graduação em Ciências Habilitação em Biologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS (1991), mestrado em Ciências Biológicas ênfase em Fisiologia (1997) e doutorado em Ciências Biológicas ênfase em Fisiologia (2003), ambos realizados na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Profa. Adjunta do Programa de Pós Graduação em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Humano e Sociedade na Universidade Luterana do Brasil - ULBRA.

Referências

Antoniazzi, M. P., Siqueira, A. C. & Farias, C. P. (2019). Aspectos Psicológicos de uma gestação de alto risco em primigestas antes e depois do parto. Pensando Famílias, 23(2), 191-207.

Apóstolo, J. L. A., Mendes, A. C. & Azeredo, Z. A. (2006). Adaptação para a língua portuguesa da depression, anxiety and stress scale (DASS) Rev Latino-am Enfermagem, 14(6), 1-9.

Brasil. (2013). Sistema de Informação da Atenção Básica. Ministério da Saúde.

Castro, D. F. A. & Fracolli, L. A. (2013). Qualidade de vida e promoção da saúde: em foco as gestantes. O Mundo da Saúde, 37(2), 159-165.

Dagklis, T., Papazisis, G., Tsakiridis, I., Chouliara, F., Mamopoulos, A. & Rousso, D. (2016). Prevalence of antenatal depression and associated factors among pregnant women hospitalized in a high-risk pregnancy unit in Greece. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol. 51, 1025–1031.

Dias, G. B., Alves, L., Pereira, S. N. & Campos, L. M. (2018). Ações do enfermeiro no pré-natal e a importância atribuída pelas gestantes. Revista SUSTINERE, 6(1), 52-62.

Estrela, C. (2018). Metodologia Científica: Ciência, Ensino, Pesquisa. Editora Artes Médicas.

Fernandes, C. F. & Cotrin, J. T. D. (2013). Depressão pós-parto e suas implicações no desenvolvimento infantil. Revista Panorâmica On-Line, 14, 15–34.

Gadelha, I. P., Aquino, P. S., Balsells, M. M. D., Diniz, F. F., Pinheiro, A. K. B., Ribeiro, S. G. & Castro, R. C. M. B. (2020). Qualidade de vida de mulheres com gravidez de alto risco durante o cuidado pré-natal. Rev. Bras. Enferm, 73(5), 1-7.

Gomes, C. B., Vasconcelos, L. G., Cintra, R. M. G. C., Dias, L. C. G. D. & Carvalhaes, M. A. B. L. (2019) Hábitos alimentares das gestantes brasileiras: revisão integrativa da literatura. Ciênc. saúde colet., 24(6), 27.

Guimarães, R. B., Santos, R. B., Santos, T., Carvalho, A. R., Lima, M. A. C., Costa, T. A., Oliveira, H. F., Santos, T. O., Jesus, L. S. & Farah, L. E. (2021). Atuação à gestante e puérpera com depressão. REAS/EJCH, 13(1), 3. https://doi.org/10.25248/reas.e5178.

Hanlon, C., Medhin, G., Alem, A., Araya, M., Abdulahi, A., Hughes, M. (2008). Detecting perinatal common mental disorders in Ethiopia: Validation of the self-reporting questionnaire and Edinburgh Postnatal Depression Scale. J Affect Disord., 108(3), 251-262.

Harding, T. W., Arango, M. V., Baltazar, J., Climent, C. E., Ibrahim, H. H. A., Ignacio, L. L., Murthy, R. S. & Wig, N. N. (1980). Mental Disorders in primary health care: a study of their frequency and diagnosis in four development contries. Psychological Medicine, 10:231-241.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico. 2011.

Kliemann, A., Boing, E. & Crepald, M. A. (2017). Fatores de risco para ansiedade e depressão na gestação: Revisão sistemática de artigos empíricos. Mudanças-Psicologia da Saúde, 25(2), 69-76.

Lopes, R. S., Lucchese, R., Souza, L. M. M., Silva, G. C., Vera, I. & Mendonça, R. S. (2019). O período gestacional e transtornos mentais: evidências epidemiológicas. Rev. Multidisciplinar Humanidades e tecnologias, 19(13), 35-54.

Lucchese, R., Simões, N. D., Monteiro, L. H. B., Vera, I., Fernandes, I. L., Castro, P. A., Silva, G. C., Evangelista, R. A., Bueno, A. A. & Lemos, M. F. (2017). Fatores associados à probabilidade de transtorno mental comum em gestante: estudo transversal. Esc. Anna Nery, 21(3), 1-6.

Lucchese, R., Sousa, K., Bonfin, S. P., Vera, I. & Santana, F. R. (2014). Prevalência de transtorno mental comum na atenção primária. Acta Paul Enferm., 27(3), 200-207.

Medeiros, A. L., Santos, S. R., Cabral, R. W. L., Silva, J. P. G. & Nascimento, N. M. (2016). Avaliando diagnósticos e intervenções de enfermagem no trabalho de parto e na gestação de risco. Rev Gaúcha Enferm, 3(3).1-9.

Naseem, K., Khurshid, S., Khan, S. F., Moeen, A., Farooq, M. U., Bajwa, S., Tariq, N. & Yawar, A. (2011). Health-related quality of life in pregnant women: a comparison between urban and rural populations. JPMA. The Journal of the Pakistan Medical Association, 61 (3), 308-312.

Oliveira, E. C., Barbosa, S. M. & Melo, S. E. P. (2016). A importância do acompanhamento pré-natal realizado por enfermeiros. Revista Científica FacMais, 7(3), 24-38.

Oliveira, V. J., Madeira, A. M. F. & Penna, C. M. M. (2011). Vivenciando a gravidez de alto risco entre a luz e a escuridão. Rev. Rene, 12(1), 49-56.

Pio, D. A. M. & Capel, M. D. S. (2015). Os significados do cuidado na gestação. Rev. Psicol. Saúde, 7(1), 74-81.

Santana, M. L. S. (2019). Saúde Mental: Teoria e Intervenção. Atena Editora.

Santos, A. B., Santos, K. E. P., Monteiro, G. T. R., Prado, P. R. & Amaral, T. L. M. (2015). Autoestima e qualidade de vida de uma série de gestantes atendidas em rede pública de saúde. Cogitare Enferm., 20(2), 392-400.

Santos, C. F. & Vivian, A. G. (2018). Apego materno-fetal no contexto da gestação de alto risco: contribuições de um grupo interdisciplinar. Diaphora, 18 (2), 9-18.

Santos, K. O. B., Araújo, T. M., Pinho, P. S. & Silva, A. C. C. (2010). Avaliação de um instrumento de Mensuração de morbidade psíquica: estudo de validação do self-reporting questionnaire (SRQ-20). Revista Baiana de Saúde Pública, 34(3), 544-560.

Silva, M. M. J., Leite, E. P. R. C., Nogueira, D. A. & Clapis, M. J. (2016). Depressão na gravidez. Prevalência e fatores associados. Invest. Educ. Enferm, 34(2), 342-350.

Downloads

Publicado

07/01/2022

Como Citar

MAIA, I. J. F.; MARRONE, L. C. P.; MARTINS, M. I. M. Comparação entre a qualidade de vida, ansiedade e depressão de gestantes que vivem em zona rural e urbana em um município da Amazônia Brasileira. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 1, p. e31311124758, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i1.24758. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/24758. Acesso em: 29 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde