Perfil sociodemográfico e distribuição de casos de Febre Maculosa por região brasileira entre os anos de 2008 e 2017
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.24843Palavras-chave:
Febre maculosa; Carrapatos; Rickettsia.Resumo
Este trabalho busca identificar as características clínicas e sociodemográficas da Febre Maculosa no Brasil entre 2008 e 2017. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, transversal, com abordagem quantitativa que utilizou como fonte de dados o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) disponíveis no banco de dados públicos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), cujas variáveis foram: Região de Notificação, Sexo, Faixa Etária, Evolução, Zona de Infecção, Escolaridade, Ambiente de Infecção e Critério de Confirmação. Foram notificados 1.468 casos de Febre Maculosa no Brasil. A Febre Maculosa foi prevalente na região Sudeste do país, embora a subnotificação seja uma realidade nas demais regiões. A população mais afetada foi do sexo masculino, com idade economicamente ativa, residente de áreas rurais e com ensino fundamental incompleto. Desse modo, a vigilância epidemiológica é fundamental, principalmente nas regiões endêmicas e “silenciosas” para a notificação da doença.
Referências
Araújo, R.P.; Navarro, M. B. M. A.; Cardoso, T. A. O. (2015). Febre Maculosa no Brasil: estudo da mortalidade para a vigilância epidemiológica. Cad. Saúde Colet. v. 23, n. 4, p. 354-61.
Barros-Silva, P. M. R., Pereira, S. V. C., Fonsec, L. X. et al (2014). Febre maculosa: uma análise epidemiológica dos registros do sistema de vigilância do Brasil. Scientia Plena. 10(4).
Brasil. (2019). Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim epidemiológico, número especial. Febre Maculosa, p. 29-30, 2019.
Buczek, W., Koman-Izko, A., Buczek, A. M. et al. (2020). Spotted fever group rickettsiae transmitted by Dermacentor ticks and determinants of their spread in Europe. Ann Agric Environ Med. 27(4), 505–11.
Costa, G. A.; Carvalho, A. L.; Teixeira, D. C. (2016). Febre maculosa: atualização. Revista Médica de Minas Gerais, v. 26(6), p. 61-4.
Del Fiol, F. S.; Junqueira, F. M.; Rocha; M. C. P. et al. (2010). A Febre Maculosa no Brasil. Rev Panam Salud Publica. 27(6):461-6.
Durães, L. S.; Bitencourth, K.; Ramalho, F. R. et al. (2021). Biodiversity of Potential Vectors of Rickettsiae and Epidemiological Mosaic of Spotted Fever in the State of Paraná, Brazil. Frontiers in Public Health, v. 9, p. 161.
Freitas, R. S.; Silva, G. R. S.; Alexandre, T. F. et al. (2020). Urbanização da Febre Maculosa nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil. In: Batista JS, Teófilo TS. Medicina Veterinária: Casos Clínicos Envoltos. Ponta Grossa, PR: Atena. p. 58-67.
Greca, H.; Langoni, H.; Souza, L. C. (2008). Brazilian spotted fever: a reemergent zoonosis. J Venom Anim Toxins Incl Trop Dis. 14(1):3-18.
Montenegro, D. C.; Bitencourth, K.; Oliveira, S. V. et al. (2017). Spotted fever: epidemiology and vector-rickettsia-host relationship in Rio de Janeiro state. Frontiers in microbiology, v. 8, p. 505.
Nasser, J. T.; Lana, R. C.; Silva, C. M. S. et al. (2015). Urbanização da febre maculosa brasileira em município da região Sudeste: epidemiologia e distribuição espacial. Rev Bras Epidemiol, 18 (2), p. 299-312.
Nogueira, A. H. C.; Barci, L. A. G.; Ferrari, C. I. L. (2005). Febre maculosa. Pesquisa & Tecnologia. v. 2, n. 2.
Oliveira, S. V.; Angerami, R. N. (2018). Timeliness in the notification of spotted fever in Brazil: Evaluating compulsory reporting strategies and digital disease detection. International Journal of Infectious Diseases, v. 72, p. 16-18.
Oliveira, S. V.; Pereira, S. V. C.; Pinna, F. V. et al. (2016). Vigilância de ambientes da febre maculosa: explorando as áreas silenciosas do Brasil. Rev Pan-Amaz Saude, Ananindeua, v. 7, n. 3, p. 65-72.
Quadros, A. P. N.; Rego, G. M. S.; Silva, T. F. et al. (2021). Capybara (Hydrochoerus hydrochaeris) exposure to Rickettsia in the Federal District of Brazil, a non-endemic area for Brazilian spotted fever. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v. 30.
Rodrigues, V. F. (2018) Ectoparasitoses: acometimento humano, agravos clínicos e casos negligenciados no Brasil [Monografia]. Brasília (DF): Faculdade de Ciências da Educação e Saúde, Centro Universitário de Brasília, Brasília. 23 p.
Satjanadumrong, J.; Robinson, T. R.; Hughes, T. et al. (2019). Distribution and ecological drivers of spotted fever group Rickettsia in Asia. EcoHealth;16(4):611-626.
Sexton, D. J. & Walker, D. H. (2006). Spotted fever group rickettsioses. In: Guerrant RL, Walker DH, Weller PF (eds.). Tropical infectious diseases: principles, pathogens, and practice. Philadelphia: Churchill Livingstone; p. 539-47.
Straily, A.; Drexler, N.; Cruz-Loustaunau, D. et al. (2016). Notes from the Field: Community-Based Prevention of Rocky Mountain Spotted Fever — Sonora, Mexico. MMWR Morb Mortal Wkly; 65: 1302–03.
Szabó, M. P. J.; Pinter, A.; Labruna, M. B. (2013). Ecology, biology and distribuition of spotted-fever tick vectors in Brazil. Front Cell Infect Microbiol. 3:27. PMid:23875178.
Tiriba, A. C. (1999). Doenças causadas por rickettsias. In: Veronesi R, Focaccia R, organizadores. Tratado de Infectologia. São Paulo: Atheneu. p. 528-9.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Juliana Hiromi Emin Uesugi; Caroline Ferreira Fernandes; Jonatan Carlos Cardoso da Silva; Hadassa Hanna Soares Martins; Eliane Leite da Trindade; Lucas Araújo Ferreira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.