Prevalência e evolução clínica dos casos de Febre Amarela no Brasil entre os anos de 2007 a 2016
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.24852Palavras-chave:
Febre Amarela; Prevalência; Evolução clínica.Resumo
A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa não contagiosa de sintomatologia variável que ocorre, principalmente, nas regiões de florestas tropicais das Américas e da África, é causada por um Flavivírus pertencente à família Flaviviridae. Seus vetores são mosquitos do gênero Haemagogus, Sabethes e Aedes e esses possuem como principal fonte de infecção os primatas não humanos. No Brasil, não há registro de FA urbana desde 1942 embora o aumento dos casos da forma silvestre aliado a baixa cobertura vacinal contribuam para o risco de reurbanização da patologia Material e métodos: Para o estudo, os dados epidemiológicos foram obtidos a partir dos casos confirmados de Febre Amarela informados no Sistema de Notificação de Agravos de Saúde (SINAN) disponível no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados e discussão: Foram notificados um total de 177 casos de Febre Amarela no Brasil, o ano de maior notificação foi em 2016 (52). A região que apresentou maior ocorrência de casos foi a Sudeste (95). Em relação à evolução clínica, dos 177 casos, 68 pacientes acometidos apresentaram cura, enquanto 89 foram a óbito pelo agravo notificado evidenciando uma alta taxa de letalidade (50,2%). Conclusão: A FA permanece um problema de saúde pública, ao longo dos anos observou-se uma diminuição dos casos, isso ocorreu devido às campanhas de imunização no país, contudo, houve um aumento significativo das notificações em 2016, todo esse panorama reforça a necessidade da intensificação da vigilância e ampliação da cobertura vacinal.
Referências
Bacha, H. A., & Johanson, G. H. (2017). Yellow fever. Revista da Associação Médica Brasileira, 63(4), 291-292.
Barrett, A. D., & Monath, T. P. (2003). Epidemiology and ecology of yellow fever virus. Advances in virus research, 61, 291-317.
Beasley, D. W., McAuley, A. J., & Bente, D. A. (2015). Yellow fever virus: genetic and phenotypic diversity and implications for detection, prevention and therapy. Antiviral research, 115, 48-70.
Bolanho, C. A., & Santos, C. A. C. D. (2017). Perfil epidemiológico dos casos de febre amarela no Brasil no período de 2007-2017.
Cavalcante, K. R. L. J., & Tauil, P. L. (2016). Características epidemiológicas da febre amarela no Brasil, 2000-2012. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 25, 11-20.
Cavalcante, K. R. L. J., & Tauil, P. L. (2017). Risco de reintrodução da febre amarela urbana no Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 26, 617-620.
Casali, F. T., Minucci, G. S., Meira, A. L. P., & Souza, L. P. S. (2019). Análise das características epidemiológicas da febre amarela em um estado da Região Sudeste do Brasil. Enfermería Actual de Costa Rica, (37), 50-65.
Fantini, D. C., Alves, V., Pastor, M. V. D. Á., Geraldo, A., & Bueno, E. C. (2021). Perfil epidemiológico da febre amarela da região Sul do Brasil, de 2007 a 2019. Brazilian Journal of Health Review, 4(1), 891-907.
Ho, Y. L., Joelsons, D., Leite, G. F., Malbouisson, L. M., Song, A. T., Perondi, B., ... & Hospital das Clínicas Yellow Fever Assistance Group. (2019). Severe yellow fever in Brazil: clinical characteristics and management. Journal of travel medicine, 26(5), taz040.
Ishak, R., de Oliveira Guimarães Ishak, M., Vallinoto, A. C. R., & De Paula Pinheiro, F. (2020). Yellow fever virus: historical and current issues regarding recent epidemics and vaccination in Brazil. Human vaccines & immunotherapeutics, 16(4), 900-903.
Jentes, E. S., Poumerol, G., Gershman, M. D., Hill, D. R., Lemarchand, J., Lewis, R. F., ... & Monath, T. P. (2011). The revised global yellow fever risk map and recommendations for vaccination, 2010: consensus of the Informal WHO Working Group on Geographic Risk for Yellow Fever. The Lancet infectious diseases, 11(8), 622-632.
Leite, A. A., & Errante, P. R. (2017). Aspectos clínicos, prevenção e epidemiologia da Febre Amarela no Brasil. UNILUS Ensino e Pesquisa, 14(34), 169-184.
Litvoc, M. N., Novaes, C. T. G., & Lopes, M. I. B. F. (2018). Yellow fever. Revista da Associação Médica Brasileira, 64, 106-113..
Lopes, R. L., Pinto, J. R., Silva, G. B. D., Santos, A. K. T., Souza, M. T. O., & Daher, E. D. F. (2019). Kidney involvement in yellow fever: a review. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 61.
Mascheretti, M., Tengan, C. H., Sato, H. K., Suzuki, A., Souza, R. P. D., Maeda, M., ... & Ribeiro, A. F. (2013). Febre amarela silvestre: reemergência de transmissão no estado de São Paulo, Brasil, 2009. Revista de Saúde Pública, 47, 881-889.
Monath, T. P., & Vasconcelos, P. F. (2015). Yellow fever. Journal of clinical virology, 64, 160-173.
Noronha, T. G. D., & Camacho, L. A. B. (2017). Controvérsias sobre a ampliação das áreas com vacinação de rotina contra a febre amarela no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 33, e00060917.
Rollins, D., Ramsey, R., & Parsh, B. (2017). Yellow fever. Nursing2020, 47(9), 69-70.
Vieira, Y. P., Petry, L., dos Santos, L. E., Soder, R. M., de Marco, V. R., de Souza Quevedo, P., ... & da Silva, L. A. A. (2020). Descrição epidemiológica da febre amarela no brasil: alerta sobre a expansão da doença. Brazilian Journal of Health Review, 3(5), 13383-13395.
Waggoner, J. J., Rojas, A., & Pinsky, B. A. (2018). Yellow fever virus: diagnostics for a persistent arboviral threat. Journal of clinical microbiology, 56(10), e00827-18.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Caroline Ferreira Fernandes; Juliana Hiromi Emin Uesugi; Jonatan Carlos Cardoso da Silva; Hadassa Hanna Soares Martins; Bruna Raciele de Sousa Nascimento; Eliane Leite da Trindade; Lucas Araújo Ferreira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.