Atribuições da enfermagem na assistência ao paciente oncológico através das terapias complementares
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.24918Palavras-chave:
Oncologia; Terapias complementares; Cuidados paliativos; Enfermagem oncológica.Resumo
Câncer é um termo genérico para um grande grupo de doenças caracterizadas pelo crescimento de células anormais além de seus limites habituais que podem invadir partes adjacentes do corpo e/ou outros órgãos. Outros termos comuns usados são tumores malignos e neoplasias. O câncer pode afetar quase qualquer parte do corpo e tem muitos subtipos anatômicos e moleculares que exigem estratégias de manejo específicas. O objetivo deste trabalho foi analisar nas produções científicas a atuação da enfermagem nas terapias complementares em pacientes oncológicos. Essa pesquisa trata-se de uma revisão integrativa da literatura com uma abordagem quantitativa dos dados. Consultou-se por meio de descritores e palavras-chave as bases de dados Pubmed, Bireme e Cinahl. Os resultados apontaram que as terapias integrativas possuem grandes impactos na promoção de uma melhor qualidade de vida e sobrevida de pacientes oncológicos em cuidados paliativos quando associados a outras terapias medicamentosas que fortaleçam as suas necessidades fisiológicas e imunológicas. Nos cuidados a pacientes em tratamento de neoplasias benignas ou malignas, o profissional de enfermagem é essencial para a compreensão, auxílio psíquico e emocional, na superação de barreiras e aceitação dos cuidados multiprofissionais e consequentemente, na melhoria da qualidade de vida ou na redução de agravos e complicações, assim, o enfermeiro é ator nesse meio assistencial, promovendo a integração de tecnologias e terapias complementares para a saúde do paciente, com olhar humanístico e holístico do cliente, promovendo melhores condições de vida ao enfermo para encarar suas limitações.
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