Desenvolvimento de instrumentos para o cuidado farmacêutico de pessoas vivendo com HIV atendidas em um hospital de média e alta complexidade
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.24965Palavras-chave:
HIV; Antirretrovirais; Serviços Farmacêuticos.Resumo
A exposição de pessoas vivendo com HIV (PVHIV) aos antirretrovirais (ARV) pode causar efeitos adversos significativos, contribuindo para sua baixa adesão ao tratamento. O farmacêutico pode contribuir para a otimização da terapia medicamentosa da PVHIV por meio do acompanhamento farmacoterapêutico, favorecendo a adesão à terapia ARV e, consequentemente, a supressão da carga viral. O objetivo do presente estudo foi desenvolver uma rotina de acompanhamento farmacoterapêutico para PVHIV em acompanhamento ambulatorial em um hospital de média e alta complexidade da cidade do Rio de Janeiro. Trata-se de um projeto de desenvolvimento experimental que consiste na utilização de conhecimentos oriundos da experiência prática e de pesquisas da literatura especializada para subsidiar a estruturação de um novo serviço de atendimento às PVHIV. O trabalho foi dividido em três partes: desenvolvimento dos instrumentos necessários para o cuidado farmacêutico, elaboração de procedimentos operacionais padrão (POPs) para o atendimento ao paciente e testes de rotinas e ferramentas de trabalho. Os folhetos educativos para pacientes e os painéis informativos foram desenvolvidos por meio de pesquisa bibliográfica, enquanto os instrumentos de documentação farmacêutica e POP foram desenvolvidos por meio de adaptações do Método Dáder. Todos os instrumentos de trabalho foram submetidos a um teste para avaliar a necessidade de alterações para melhoria do serviço.
Referências
Brasil. (2018). Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos. http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2013/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-manejo-da-infeccao-pelo-hiv-em-adultos
Brasil. (2010). Protocolo de Assistência Farmacêutica em DST/HIV/AIDS. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_ assistencia_farmaceutica_aids.pdf.
Bruton, L. L., Chabner, B. A., & Knollmann, B. C. (2018). As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman e Gilman. AMGH.
Codina, C., Tuset, M., Martínez, M., & del Cacho, E. (1999). Adherencia tarv/tbc. Programa de atención farmacéutica. Revista Española de Sanidad Penitenciaria, 1 (4), 132-134. http://www.sanipe.es/OJS/index.php/RESP/article/view/157/357
Felix, G., & Ceolim, M. F. (2012). O perfil da mulher portadora de HIV/AIDS e sua adesão à terapêutica antirretroviral [The profile of women with HIV/AIDS and their adherence to the antiretroviral therapy]. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 46 (4), 884-891. https://doi.org/10.1590/S0080-62342012000400015
Gil, A.C. (2018). Como elaborar projetos de pesquisa. Atlas.
Hernandéz, D. S., Castro, M. M. C., & Dáder, M. J. F. (2007). Método Dáder: Guía de Seguimiento Farmacoterapéutico. https://www.unifal-mg.edu.br/gpaf/wp-content/uploads/sites/74/2018/09/Guia-dader-interior-brasil-v4_.pdf.
Hurley, S. C. (1998). A method of documenting care utilizing pharmaceutical diagnosis. American Journal of Pharmaceutical Education, 62, 119-127. https://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.600.6009&rep=rep1&type=pdf
Ma, A., Chen, D. M., Chau, F. M., & Saberi, P. (2010). Improving adherence and clinical outcomes through an HIV pharmacist's interventions. AIDS care, 22 (10), 1189-1194. https://doi.org/10.1080/09540121003668102
Martinez, A. M. V. (2012). Modelo de atenção farmacêutica no tratamento com antirretrovirais, em clínica de DST/AIDS no município de Sorocaba, SP, Brasil. [Master’s thesis, Universidade de Sorocaba]. http://farmacia.uniso.br/producao-discente/dissertacoes/2012/ADRIANA_MARTINEZ.pdf.
Moraes, D. C. A., Oliveira, R. C., & Costa, S. F. G. (2014). Adesão de homens vivendo com HIV/Aids ao tratamento antirretroviral. Revista de Enfermagem Escola Anna Nery, 18 (4), 676-681. https://doi.org/10.5935/1414-8145.20140096
Morisky, D. E., Green, L. W., & Levine, D. M. (1986). Concurrent and predictive validity of a self-reported measure of medication adherence. Medical Care, 24 (1), 67-74. https://doi.org/10.1097/00005650-198601000-00007
Rocha, B. S., Silveira, M. P., Moraes, C. G., Kuchenbecker, R. S., & Dal-Pizzol, T. S. (2015). Pharmaceutical interventions in antiretroviral therapy: systematic review and meta-analysis of randomized clinical trials. Journal of Clinical Pharmacy and Therapeutics, 40 (3), 251-258. https://doi.org/10.1111/jcpt.12253
Reis, H. P. C. (2014). Acompanhamento de pessoas com HIV sob terapia antirretroviral: adequação, aplicação e avaliação de indicadores clínico-laboratoriais, farmacoterapêuticos e humanísticos na atenção farmacêutica. [Doctoral dissertation, Universidade Federal do Ceará]. http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/10879.
Santos, C. N. R., Silva, L. R., & Soares, A. Q. (2010). Perfil epidemiológico dos pacientes em terapia antirretroviral em seguimento na Universidade Federal de Goiás. Revista Eletrônica de Farmácia, 7 (3), 53-61. https://doi.org/10.5216/ref.v7i3.12896
São Paulo. Coordenadoria de Controle de Doenças. (2017). Diretrizes para Implementação da Rede de Cuidados em IST/HIV/Aids: Manual de Gestão da Rede e dos Serviços de Saúde. http://www.saude.sp.gov.br/resources/ crt/publicacoes/publicacoes-download/diretrizes_para_implementacao_da_rede_de_cuidados_em_ ist_hiv_aids_-_vol_i_-_manual_de_gestao_2.pdf.
Shouter, D., & Novaes, H. M. D. (2007). Do registro ao indicador: gestão da produção da informação assistencial nos hospitais. Ciências Saúde Coletiva, 12 (4), 935-944. https://doi.org/10.1590/S1413-81232007000400015
Silva, J. A. G., Dourado, I., Brito, A. M., & Silva, C. A. L. (2015). Fatores associados à não adesão aos antirretrovirais em adultos com AIDS nos seis primeiros meses da terapia em Salvador, Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 31 (6), 1188-1198. https://doi.org/10.1590/0102-311X00106914
Silveira, M. P., Guttier, M. C., Page, K., & Moreira, L. B. (2014). Randomized controlled trial to evaluate the impact of pharmaceutical care on therapeutic success in HIV-infected patients in Southern Brazil. AIDS and behavior, 18 Suppl 1, S75–S84. https://doi.org/10.1007/s10461-013-0596-8
Souza, H. C. de, Mota, M. R., Alves, A. R., Lima, F. D., Chaves, S. N., Dantas, R. A. E., Abdelmur, S. B. M., & Mota, A. P. V. da S. (2019). Analysis of compliance to antiretroviral treatment among patients with HIV/AIDS. Revista Brasileira de Enfermagem, 72 (5). https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0115
Toledo, M. I., Silva, A. W. M., Silva, D. L. M., Silva, E. V., Oliveira, F. A. R., Nóbrega, H. V., et al. (2019). Cuidado Farmacêutico aos pacientes com HIV/AIDS. In L.C, Lopes, & P, Caleb (Eds.), Cuidado Farmacêutico para Pacientes com Câncer, Hepatite, HIV/AIDS, Dengue e Outras Doenças (1st ed., pp. 171-190). Atheneu.
UNAIDS. (2020). 90-90-90: bom progresso, mas o mundo está longe de atingir as metas de 2020. https://unaids.org.br/2020/09/90-90-90-bom-progresso-mas-o-mundo-esta-longe-de-atingir-as-metas-de-2020/
World Health Organization. (2021). HIV/AIDS. https://www.who.int/data/gho/data/themes/hiv-aids.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Almir de Aguiar Picanço; Ranieri Carvalho Camuzi; Graziela de Medeiros Silva Loureiro
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.