Análise da eficácia da combinação do bevacizumabe e irinotecano para o tratamento de tumores gliais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.25135Palavras-chave:
Bevacizumabe; Irinotecano; Tumores gliais; Eficácia.Resumo
Os tumores gliais, ou gliomas, são o tipo mais comum de tumor cerebral e de alta incidência, sendo a maioria difusos
e propensos à infiltração extensa no parênquima cerebral, causando recorrência do tumor. Os gliomas de alto grau, como os glioblastomas, são altamente angiogênicos e possuem altos níveis de fatores proangiogênicos, como o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), essencial para a neovascularização tumoral. O alvo para inibir o VEGF é o bevacizumabe, um anticorpo monoclonal humanizado, com associação do irinotecano, um inibidor da topoisomerase I. Dessa forma, o objetivo da seguinte revisão é analisar a eficácia da combinação do bevacizumabe e irinotecano para o tratamento de tumores gliais. Trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática que utilizou as plataformas PubMed, SciELO e Google Scholar como base de dados para pesquisa de artigos científicos, com recorte temporal entre 2016 e 2021, na língua inglesa. De acordo com o mecanismo de busca, 3 resultados foram encontrados após os critérios de exclusão nas bases de dados PubMed e Google Scholar. Constatou-se, portanto, que a quimioterapia combinada de bevacizumabe e irinotecano é eficaz no tratamento de tumores gliais, ademais, a combinação de ambas as drogas possui maior taxa de sobrevida global do que apenas a terapia isolada do antiangiogênico bevacizumabe.
Referências
Ameratunga, M., Pavlakis, N., Wheeler, H., Grant, R., Simes, J., & Khasraw, M. (2018). Anti‐angiogenic therapy for high‐grade glioma. Cochrane Database of Systematic Reviews, (11).
Bergman, D., Modh, A., Schultz, L., Snyder, J., Mikkelsen, T., Shah, M., ... & Walbert, T. (2020). Randomized prospective trial of fractionated stereotactic radiosurgery with chemotherapy versus chemotherapy alone for bevacizumab-resistant high-grade glioma. Journal of neuro-oncology, 148, 353-361.
Davis M. E. (2018). Epidemiology and Overview of Gliomas. Seminars in oncology nursing, 34(5), 420–429. https://doi.org/10.1016/j.soncn.2018.10.001
de Man, F. M., Goey, A., van Schaik, R., Mathijssen, R., & Bins, S. (2018). Individualization of Irinotecan Treatment: A Review of Pharmacokinetics, Pharmacodynamics, and Pharmacogenetics. Clinical pharmacokinetics, 57(10), 1229–1254. https://doi.org/10.1007/s40262-018-0644-7
Dong, J., Meng, X., Li, S., Chen, Q., Shi, L., Jiang, C., & Cai, J. (2019). Risk of adverse vascular events in patients with malignant glioma treated with bevacizumab plus irinotecan: A systematic review and meta-analysis. World neurosurgery, 130, e236-e243.
Figueiras, F. N., Duarte, M. L., & Santos, L. R. dos. (2020). Cerebellar pilocytic astrocytoma: literature review and case report of a young patient with anatomopathological correlation. Research, Society and Development, 9(7), e405974115. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4115
Li, Y., Ali, S., Clarke, J., & Cha, S. (2017). Bevacizumab in Recurrent Glioma: Patterns of Treatment Failure and Implications. Brain tumor research and treatment, 5(1), 1–9. https://doi.org/10.14791/btrt.2017.5.1.1
Lim, M., Xia, Y., Bettegowda, C., & Weller, M. (2018). Current state of immunotherapy for glioblastoma. Nature reviews. Clinical oncology, 15(7), 422–442. https://doi.org/10.1038/s41571-018-0003-5
McBain, C., Lawrie, T. A., Rogozińska, E., Kernohan, A., Robinson, T., & Jefferies, S. (2021). Treatment options for progression or recurrence of glioblastoma: a network meta-analysis. The Cochrane database of systematic reviews, 5(1), CD013579. https://doi.org/10.1002/14651858.CD013579.pub2
Nayak, L., & Reardon, D. A. (2017). High-grade Gliomas. Continuum (Minneapolis, Minn.), 23(6, Neuro-oncology), 1548–1563. https://doi.org/10.1212/CON.0000000000000554
Norden, A. D., & Wen, P. Y. (2006). Glioma therapy in adults. The neurologist, 12(6), 279–292. https://doi.org/10.1097/01.nrl.0000250928.26044.47
Omuro, A., & DeAngelis, L. M. (2013). Glioblastoma and other malignant gliomas: a clinical review. JAMA, 310(17), 1842–1850. https://doi.org/10.1001/jama.2013.280319
Ostrom, Q. T., Bauchet, L., Davis, F. G., Deltour, I., Fisher, J. L., Langer, C. E., Pekmezci, M., Schwartzbaum, J. A., Turner, M. C., Walsh, K. M., Wrensch, M. R., & Barnholtz-Sloan, J. S. (2014). The epidemiology of glioma in adults: a "state of the science" review. Neuro-oncology, 16(7), 896–913. https://doi.org/10.1093/neuonc/nou087
Ostrom, Q. T., Gittleman, H., Stetson, L., Virk, S. M., & Barnholtz-Sloan, J. S. (2015). Epidemiology of gliomas. Cancer treatment and research, 163, 1–14. https://doi.org/10.1007/978-3-319-12048-5_1
Perry, A., & Wesseling, P. (2016). Histologic classification of gliomas. Handbook of clinical neurology, 134, 71–95. https://doi.org/10.1016/B978-0-12-802997-8.00005-0
Sandes , V. dos A. ., Dantas, R. L. ., Porto, R. L. S. ., Reis , F. F. P. ., Sousa , D. S. de ., Lima, S. O. ., Marcena, S. L. S. ., & Reis, F. P. (2020). The occurrence of tumors of the central nervous system in the state of Sergipe from 2008 to 2017. Research, Society and Development, 9(11), e3439119673. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9673
Seystahl, K., Wick, W., & Weller, M. (2016). Therapeutic options in recurrent glioblastoma--An update. Critical reviews in oncology/hematology, 99, 389–408. https://doi.org/10.1016/j.critrevonc.2016.01.018
Stylli, S. S., Luwor, R. B., Ware, T. M., Tan, F., & Kaye, A. H. (2015). Mouse models of glioma. Journal of clinical neuroscience : official journal of the Neurosurgical Society of Australasia, 22(4), 619–626. https://doi.org/10.1016/j.jocn.2014.10.013
Wang, T., & Mehta, M. P. (2019). Low-Grade Glioma Radiotherapy Treatment and Trials. Neurosurgery clinics of North America, 30(1), 111–118. https://doi.org/10.1016/j.nec.2018.08.008
Wesseling, P., & Capper, D. (2018). WHO 2016 Classification of gliomas. Neuropathology and applied neurobiology, 44(2), 139–150. https://doi.org/10.1111/nan.12432
Xiong, L., Wang, F., & Qi Xie, X. (2019). Advanced treatment in high-grade gliomas. Journal of B.U.ON. : official journal of the Balkan Union of Oncology, 24(2), 424–430.
Xu, S., Tang, L., Li, X., Fan, F., & Liu, Z. (2020). Immunotherapy for glioma: Current management and future application. Cancer letters, 476, 1–12. https://doi.org/10.1016/j.canlet.2020.02.002
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Gustavo Soares Gomes Barros Fonseca; Maria Julia Fonseca Lima Leite; Ana Clara Nóbrega Costa; Pietra Possapp Andrade; Vivianne Maria Laranjeiras Monte Freire; Luana Caroline Oliveira Marinho; Pedro de Lacerda Lima; Luyla Oliveira Paes Landim Pacheco; Lais Lima Bonfim; Paula Golino de Azevedo; Filipe Augusto Lopes Cajubá de Britto; Lara Letícia Teixeira Reis; Izadora Carneiro Vieira; Gabriel de Sousa Macedo; Gabriel Moreira Lima Bomfim Macedo; Agostinho Rodrigues Mesquita Neto; Alessandra do Rosário Brito; Elana Cristina da Silva Penha; João Victor Araújo Guimarães; Raphael Erick Lima Pereira; Letícia Muniz de Abreu Murad; Rillary Maxine Sales Oliveira; Julianne Souza Prazeres; Déborah Braga Costa; Rebecca Lima Silva; Amanda Cordeiro Santos; Ana Clara Rocha Garcia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.