Tratamento da Síndrome de Raynaud após anestesia local odontológica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25194Palavras-chave:
Doença de Raynaud; Anestesia local; Isquemia.Resumo
A Síndrome de Raynaud (SR) é geralmente caracterizada por sintomas isquêmicos ou hiperêmicos e é relativamente frequente em pacientes hipersensíveis ao frio ou com estresse emocional. Este fenômeno geralmente cessa após não mais do que alguns minutos, no entanto, pode persistir por horas. Seu tratamento visa promover a vasodilatação, ou seja, procedimentos de aquecimento. O controle da ansiedade antes do procedimento cirúrgico auxilia na prevenção da ocorrência da SR. Apesar da SR após anestesia local odontológica ser rara, os dentistas devem estar preparados para o tratamento. Existem relatos limitados de pacientes com essa síndrome durante procedimentos odontológicos, então aqui nós descrevemos um caso de um paciente que foi submetido a uma cirurgia para instalação de implante dentário e que desenvolveu SR primária após anestesia local com vasoconstritor adrenérgico, bem como o tratamento dessa complicação no consultório odontológico. O dentista deve ser capaz de reconhecer a SR e seguir as devidas orientações disponíveis, após o controle do caso o paciente também deve ser encaminhado a um clínico geral para novas investigações.
Referências
Angelis, R., Salaffi, F., & Grassi, W. (2006). Raynaud’s phenomenon: prevalence in an Italian population sample. Clinical Rheumatology, 25(4), 506–510.
Dixit, S., Kalkur, C., Sattur, A. P., Bornstein, M. M., & Melton, F. (2016). Scleroderma and dentistry: Two case reports. Journal of Medical Case Reports, 10(1), 297 16. Botzoris, V., & Drosos, A. A. (2011). Management of Raynaud’s phenomenon and digital ulcers in systemic sclerosis. Joint, Bone, Spine: Revue Du Rhumatisme, 78(4), 341–346.
Heidrich, H. (2010). Functional vascular diseases: Raynaud’s syndrome, acrocyanosis and erythromelalgia. VASA. Zeitschrift Für Gefasskrankheiten, 39(1), 33–41
Herrick, A. L. (2012). The pathogenesis, diagnosis and treatment of Raynaud phenomenon. Nature Reviews Rheumatology, 8(8), 469–479.
Jackson, C. M. (2006). The patient with cold hands: understanding Raynaud’s disease. JAAPA : Official Journal of the American Academy of Physician Assistants, 19(11), 34–38 8.
Kayser, C., Corrêa, M. J. U., & Andrade, L. E. C. (2009). Fenômeno de Raynaud. Revista brasileira de reumatologia, 49(1), 48–63.
Kim, S., Fan, F., Chen, R. Y., Simchon, S., Schuessler, G. B., & Chien, S. (1980). Symposium: 3. Effects of changes in systemic hemodynamic parameters on pulpal hemodynamics. Journal of Endodontics, 6(1), 394–399
Landry, G. J. (2013). Current medical and surgical management of Raynaud’s syndrome. Journal of Vascular Surgery, 57(6), 1710–1716.
Lima-Júnior, J.-L., Dias-Ribeiro, E., de Araújo, T.-N., Ferreira-Rocha, J., Honfi-Júnior, E.-S., Sarmento, C.-F. de M., … de Sousa, M. do S.-C. (2009). Evaluation of the buccal vestibule-palatal diffusion of 4% articaine hydrochloride in impacted maxillary third molar extractions. Medicina Oral, Patologia Oral y Cirugia Bucal, 14(3), E129-32.
Lima, J. L., Jr, Dias-Ribeiro, E., Ferreira-Rocha, J., Soares, R., Costa, F. W. G., Fan, S., & Sant’ana, E. (2013). Comparison of buccal infiltration of 4% articaine with 1 : 100,000 and 1 : 200,000 epinephrine for extraction of maxillary third molars with pericoronitis: a pilot study. Anesthesia Progress, 60(2), 42–45.
Malamed, S. F. Manual de Anestesia Local (2021). GEN Guanabara Koogan, (7th ed).
Marzola, C. Anestesiologia (1999). Pancast, (3rd ed).
Millet, J. A. P., Lief, H., & Mittelmann, B. (1953). Raynaud’s disease; psychogenic factors and psychotherapy. Psychosomatic Medicine, 15(1), 60–65.
Pope, J. E. (2007). The diagnosis and treatment of Raynaud’s phenomenon: a practical approach. Drugs, 67(4), 517–525.
Rankin, C. H. (2007). A case report of a patient with Raynaud’s phenomenon undergoing multiple endodontic procedures. Journal of Endodontics, 33(2), 187–190.
Stanford, T. W., Jr, Peterson, J., & Machen, R. L. (1999). CREST syndrome and periodontal surgery: a case report. Journal of Periodontology, 70(5), 536–541.
Suter, L. G., Murabito, J. M., Felson, D. T., & Fraenkel, L. (2005). The incidence and natural history of Raynaud’s phenomenon in the community. Arthritis and Rheumatism, 52(4), 1259–1263.
Thompson, A. E., & Pope, J. E. (2005). Calcium channel blockers for primary Raynaud’s phenomenon: a meta-analysis. Rheumatology (Oxford, England), 44(2), 145–150. Coveliers, H. M. E., Hoexum, F., Nederhoed, J. H., Wisselink, W., & Rauwerda, J. A. (2011). Thoracic sympathectomy for digital ischemia: a summary of evidence. Journal of Vascular Surgery, 54(1), 273–277.
Voulgari, P. V., Alamanos, Y., Papazisi, D., Christou, K., Papanikolaou, C., & Drosos, A. A. (2000). Prevalence of Raynaud’s phenomenon in a healthy Greek population. Annals of the Rheumatic Diseases, 59(3), 206–210.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Christopher Cadete de Figueiredo; José Lacet de Lima-Júnior ; João Luiz Gomes Carneiro Monteiro; Ricardo José de Holanda Vasconcellos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.