Fatores que influenciam a ocorrência de laceração perineal no parto
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.25245Palavras-chave:
Parto normal; Períneo; Laceração; Trauma.Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar os fatores que influenciam na ocorrência da laceração perineal no parto. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizado através de busca nas bases de dados LILACS, BDENF e MEDLINE a partir do cruzamento dos descritores Parto normal AND Períneo, Parto normal AND Laceração, Trauma AND Períneo, compreendendo o período de 2016 a 2021. Os resultados demonstraram que os fatores que influenciaram a ocorrência de laceração perineal foram a idade materna, nuliparidade, idade gestacional ≥ 42 semanas, perímetro cefálico fetal > 35 cm, 2º estágio do trabalho de parto > 02 (duas) horas, parto vaginal operatório, uso de ocitocina e indução do parto. Sendo assim foi possível concluir que as maiores proporções destes fatores estiveram relacionadas às características maternas e intervenções realizadas durante o trabalho de parto, sendo necessária a elaboração de estratégias profiláticas a fim de reduzir os índices de lacerações nos serviços.
Referências
Aasheim, V., Nilsen, A. B. V., Lukasse, M. & Reinar, L. M. (2017). Perineal techniques during the second stage of labour for reducing perineal trauma. Cochrane Database Syst Rev., 06 (06), 1-13.
Aviram, A., Raban, O., Melamed, N., Hadar, E., Wiznitzer, A. & Yogev, Y. (2013) The association between young maternal age and pregnancy outcome. J Matern Fetal Neonatal Med, 26 (15), 1554-1558.
Abedzadeh, K. M., Talebian, A., Sadat , Z. & Mesdaghinia, E. (2019). Perineal trauma: incidence and its risk factors. J Obstet Gynaecol, 39(2), 206-211.
Apolinário, D., Rabelo, M., Wolff, L. D. G., Souza, S. R. R. K. S. & Leal, G. C. G. (2016). Practices in delivery and birth care from mothers’ perspective. Rev. Rene, 17(01), 20-28.
Assis, G. P., Prudente, L. P., Teixeira, A. L. M., Rocha, I. O., Reche, G. B., Pannain, G. D. & Zimmermmann, J. B. (2021). Associação entre a altura uterina e o peso fetal nas gestantes de baixo risco. Rev. Acervo Saúde, 13(6), 1-9.
Baracho, S. M., Figueiredo, E. M., Silva, L. B., Cangussu, I. C. A. G., Pinto, D. N., Souza, E. L. B. L. & Filho, A. L. S. (2009). Influência da posição de parto vaginal nas variáveis obstétricas e neonatais de mulheres primíparas, Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 9 (4), 409-414.
Brasil. Ministério da Saúde (2017). Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. 1° ed. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, p.1-51.
Costa, N. F. (2018). Desfechos maternos perinatais da assistência da enfermagem obstétrica com a conduta hands off: um estudo de corte transversal. Dissertação (Mestrado em enfermagem) – Universidade Federal de Juiz de Fora.
Farias, L. M. V. C (2020). Posições maternas e sua influência no desfecho do parto e nascimento: um estudo caso-controle. Dissertação (Mestrado em enfermagem) – Universidade Federal do Ceará, Ceará.
Ferreira, A. S. & Abrahão, A. L (2020). O enfermeiro e a gerência prática de cuidados na estratégia saúde da família: revisão integrativa. Rev. Saúde Redes, 06(03), 271-281.
Garretto, D., Lin, B. B, Syn, H. L., Judge, N., Beckerman, K., Atallah, F. & et al. (2016) Obesity May Be Protective against Severe Perineal Lacerations. Journal of Obesity, 01-05.
Gemma, M. (2016). Fatores associados a integridade perineal no parto vaginal: estudo transversal. Dissertação (Mestrado em ciências) – Universidade de São Paulo.
Grecca,G., Ribeiro, J. M. C., Vitoi, J. B., Souza, I. D. C., Vasconcellos, M. J. A. & Gama, G. F. (2020). Freqüência de lacerações perineais e episiotomia em um hospital universitário da região serrana do Rio de Janeiro. Research, Society and Development, 9 (8), 1-14.
Jansson, M. H. Franzén,K., Hiyoshi,A.,Tegerstedt, G.,Dahlgren, H & Nilsson, K.(2020). Risk factors for perineal and vaginal tears in primiparous women – the prospective POPRACT-cohort study. BMC Pregnancy and Childbirth 20:749,1-14.
Kwon, H, Park, H. S., Shim, J,Y., Lee, K, W., Choi, S. J. & Choi, G. Y. (2020). . Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled Trial on the Efficacy of Hyaluronidase in Preventing Perineal Trauma in Nulliparous Women. Yonsei Med J, 61(1):79-84.
Leite, J. S. Caracterização das lacerações perineais espontâneas no parto normal. (2012). Dissertação (Mestrado em enfermagem) – Universidade de São Paulo.
Lima, E. N., Bueno, K. J. O. B., Nunes, E. F. C. & Latorre, G. F. S. (2020). Hands-on durante o período expulsivo: herói ou vilão? Rev Pesqui Fisioter. 10 (20), 346-354.
Lopes, G. A., Leister, N. & Riesco, M. L. G. (2019). Desfechos e cuidados perineais em centro de parto normal. Texto Contexto Enferm., 28 (20), 1-12.
Monteiro, M. V., Pereira, G. M. V., Aguiar, R. A. P., Azevedo, R. L., Junior, M. D. C. & Reis, Z. S. N. (2016). Risk factores for severe obstetric perineal lacerations. InUrogynecol J. 27(1), 61-67.
Nakai ,A., Yoshida , A., Yamaguchi, S., Kawabata, I., Hayashi,M., Yokota, A., Isozaki,T. & Takeshita, T. (2006). Incidence and risk factors for severe perineal laceration after vaginal delivery in Japanese patients. Arch Gynecol Obstet. 274, 222-226.
Oliveira, L. B., Mattos, D. V., Matão, M. E. L., & Martins, C. A. (2017). Laceração perineal associada ao uso de ocitocina exógena perineal. Rev. enferm. UFPE on line. 11(6, 2273-2278.
Organização Mundial da Saúde (2018). Recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience. World Health Organization.
Peppe, M. V., Stefanello, J., Infante, B. F., Kobayashi, M. T., Baraldi, C. O. & Brito, L. G. O. (2018). Trauma Perineal em uma maternidade de baixo risco com alta prevalência de parto vertical durante o período expulsivo. Rev Bras Ginecol Obstet, 40:379–383.
Pereira, A. M. M., Dantas, S. L. C., Paiva, A. M. G., Torres, J. D. M., Assunção, N. C., Oliveira, R. G. O., Araújo, L. J. R. & Costa, N. (2020). Fatores relacionados às lesões perineais ocorridas em partos vaginais. Braz. J. of Develop, 06(08),60869-60882.
Reis, Z. . S. N., Pereira, G. M. V., Vianini, A. L. F., Monteiro, M. V. C. & Aguiar, R. A. L. P. (2019). Sabemos como evitar as LOEAs em posições de parto não supinas? Uma análise de coorte retrospectiva. Rev Bras Ginecol Obstet, 41:581–587.
Rocha, B. D., Zamberlan, C., Pivetta, H. M. F., Zimmermann, B. S. & Antunes, B. S. (2020). Posições verticalizadas no parto e a prevenção de lacerações perineais: revisão sistemática e metanálise. Rev Esc Enferm USP., 54(03610), 1-11.
Santos, R. C. S., & Riesco, M. L. G. (2016). Implementação de práticas assistenciais para prevenção e reparo do trauma perineal no parto. Rev Gaúcha Enferm. 37. P. 1-11.
Scarabotto, L. B, & Riesco, M. L. G. (2006). Fatores relacionados ao trauma perineal no parto normal em nulíparas. Rev Esc Enferm USP. 40(3), 389-395.
Simic, M., Cnattingius, S., Petersson, G., Sandstrom, A. & Stephansson, O. (2017). Duration of second stage of labor and instrumental delivery as risk factors for severe perineal lacerations: population based study. BMC Pregnancy and Childbirth ,17(72), 1-8.
Souza, M. R. T., Farias, L. M. V. C., Ribeioro, G. L., Coelho, T. S., Costa, C. C. & Damasceno, A. K. C. (2020). Factors related to perineal outcome after vaginal delivery in primíparas: a cross-sectional study. Rev Esc Enferm USP., 54(03), 1-9.
Souza, M. T. S., Silva, M. D., & Carvalho, R. (2010). Revisão integrativa: o que é e como fazer? Rev. Einstein. 08(01), 102-106.
Tourinho, A. B, & Reis, M. L. B. S. (2012). Peso ao nascer: uma abordagem nutricional. Comun. Ciênc. Saúde. 23(01),19-30.
Zukoff, M. K. A. (2018). A promoção da integridade do períneo no cuidado à mulher no parto. Dissertação (Mestrado em enfermagem) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Núbia Vanessa da Silva Tavares; Natália Palmoni Medeiros Dantas; Anne Caroline Gonçalves Cardoso; Maria Elisângela Torres de Lima Sanches; Sandra Taveiros de Araújo; Reinaldo dos Santos Moura; Thamires Ribeiro Marques de Mendonça; Maila Lorena de Carvalho Souza
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
