Geoprocessamento da tuberculose no município de Santos – SP entre 2006 e 2016
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.25287Palavras-chave:
Tuberculose; Geoprocessamento; Epidemiologia.Resumo
Realizar um Geoprocessamento da Tuberculose no município de Santos no período compreendido entre 2006 e 2016 a fim de se identificar as regiões com maior número de casos do município. O presente estudo caracteriza-se como ecológico e de tendencia temporal, uma vez que avalia de forma retrospectiva todos os casos de Tuberculose no município de Santos entre 2006 e 2016. Os dados obtidos foram cedidos pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do estado de São Paulo, sendo fornecido pelo CVE-SP. A base de dados foi composta de 4533 casos para o município de Santos. A maior concentração de casos observada ocorreu na zona Noroeste de Santos, composta pelos bairros Rádio Clube, Chico de Paula e Bom retiro, a região portuária composta pelo bairro do Paquetá e Vila Nova. Uma terceira área de concentração de casos está localizada na região composta pelo morro Monte Serrat, Vila Progresso e Saboó. bairros do Paquetá, Vila Matias e Vila Nova (81 casos) e a região composta pelos bairros Alemoa, Radio Clube, Bom Retiro e São Jorge (103 casos). Essas duas principais regiões totalizaram juntas 184 casos, representando aproximadamente 62% de todos os casos observados no município. Foram identificadas três regiões principais que contribuíram para a maioria dos casos no município, sendo elas, a zona noroeste, a região portuária do Paquetá e a região de morros da nova Cintra e Monte Serrat. Políticas públicas voltadas para essas três regiões poderiam evitar a persistência da disseminação de casos entre elas.
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