Internações hospitalares por traumatismo cranioencefálico: uma análise do perfil epidemiológico no estado do Maranhão entre 2016 e 2020

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25362

Palavras-chave:

Lesão Cerebral Traumática; Epidemiologia; Internação Hospitalar.

Resumo

Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é caracterizado como importante causa de mortalidade e morbidade, deficiência mental e física, além de doença com grande impacto na qualidade de vida dos indivíduos que sofrem por esse trauma. Objetivos: Avaliar o perfil epidemiológico das internações hospitalares por traumatismo cranioencefálico no Estado do Maranhão entre os anos de 2016 e 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico exploratório de base populacional que utilizou dados secundários sobre informações da população que é internada com TCE registradas no Sistema de Internações Hospitalares online do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), disponibilizadas no site do DataSUS. Resultados: A faixa etária de 20 a 39 anos de idade representou o maior número de casos de internações por TCE (42,39%); quanto a prevalência por 100 mil habitantes, as maiores taxas foram na faixa etária daqueles com 80 anos ou mais, que apresentou um aumento de 32,19% de 2016 a 2020; no perfil de lesão traumática, a maior prevalência corresponde aos TCE’s não especificados (outros traumatismos intracranianos), sendo responsável por 56,49% dos casos de internações; no que se refere à distribuição geográfica das internações hospitalares as maiores concentrações foram nas microrregiões de São Luís, seguida de Imperatriz. Conclusão: Os homens em idade laboral são os mais afetados no Maranhão, em concordância com outras pesquisas no país. Estudos sistematizados são necessários, a fim de se estabelecer políticas públicas de educação em saúde mais eficazes para reduzir as taxas de prevalência de TCE.

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Publicado

17/01/2022

Como Citar

ASEVÊDO, M. M. de; COSTA, S. de S. . Internações hospitalares por traumatismo cranioencefálico: uma análise do perfil epidemiológico no estado do Maranhão entre 2016 e 2020. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 2, p. e3511225362, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i2.25362. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/25362. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde