Prática de higiene das mãos e crescimento bacteriano entre profissionais de saúde
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25571Palavras-chave:
Higiene das mãos; Profissionais de saúde; Infecção hospitalar; Crescimento bacteriano.Resumo
O objetivo do estudo é identificar a prática de higiene das mãos e o crescimento bacteriano de staphylococcus aureus meticilina resistente (MRSA) entre profissionais de saúde. Trata-se de um estudo observacional, transversal, com profissionais de saúde de um hospital público, entre 2019 e 2020, por meio de observação não participante da técnica de higiene das mãos e coleta para análise microbiológica. Utilizou-se Teste de Fisher, Qui-quadrado e Teste t de Student. Participaram 73 (100,0%) profissionais, sendo a maioria da equipe de enfermagem. O escore médio geral obtido para a higiene das mãos foi 6,9 (DP=1,6; min=2, max=10; IC95%: 6,5-7,2), denotando adesão de 57,5% da técnica. Os escores apresentaram diferença estatística significativa para profissão e carga horária (p<0,05). Houve crescimento bacteriano de MRSA em 19 (26,0%) amostras, com associação com o tempo de atuação e a profissão (p<0,05). Nenhum profissional cumpriu todas as etapas da técnica e o crescimento bacteriano foi maior entre profissionais com maior tempo de atuação e da equipe de enfermagem.
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