Avaliação dos acidentes com motocicletas no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25614

Palavras-chave:

Motocicletas; Acidentes de trânsito; Hospitais; Economia.

Resumo

Esse estudo objetiva-se avaliar os aspectos econômicos dos acidentes motociclísticos e o perfil epidemiológico dos acidentados antes e após a implementação da “Lei Seca”. Para isso, foi realizada uma coleta de dados secundários sobre os acidentes com motocicletas no Brasil ocorridos entre 2003 e 2017 na plataforma DATASUS. Coletou-se informações do grupo Morbidade Hospitalar por Causas Eternas e das frotas anuais de motocicletas pelo Denatran. Os dados selecionados foram o local de internação, os valores absolutos anuais das autorizações de internações hospitalares pagas, valores médios por internações, valores totais gastos e médias de dias de internamento. As informações foram relacionadas com o sexo, faixa etária, as regiões do país e o ano de ocorrência. Os resultados mostraram que a ocorrência de acidentes foi maior nos homens, entre 20 e 29 anos, com mais de 300.000 internações no período entre 2003 e 2017. Os maiores valores estão concentrados na região Sudeste. A “Lei Seca” reduziu os números de autorizações de internações hospitalares no ano de sua implantação, porém, nos anos posteriores, os números aumentaram proporcionalmente com a frota de motocicletas. Entretanto, observou-se uma diminuição nos valores gastos, indicando possivelmente, a diminuição da gravidade dos acidentes. Assim, pode-se concluir que medidas de da fiscalização e punição dos infratores, bem como a educação e conscientização dos atuais e futuros condutores são importantes para reduzir efetivamente a quantidade de acidentes.

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Publicado

23/01/2022

Como Citar

RAMOS, T. S.; PESSÔA, K. H. J. da V.; NASCIMENTO, A. P. M. de O. .; SILVA, C. C. G.; LAUREANO FILHO, J. R. .; ANTUNES, A. A.; PETRAKI, G. G. P. . Avaliação dos acidentes com motocicletas no Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 2, p. e20611225614, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i2.25614. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/25614. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde