Avaliação múltipla em bacias hidrográficas de grande escala

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25698

Palavras-chave:

Geomorfologia; Declividade; Geoprocessamento; Projetos ambientais.

Resumo

O conhecimento da morfometria, do relevo e rede de drenagem bacias hidrográficas é importante para a gestão ambiental. Portanto, este estudo visa caracterizar a morfometria e identificar as características do relevo em nove bacias hidrográficas afluentes do rio Iguaçu. A caracterização de vertentes, rede de drenagem e declividade foi realizada utilizando um Modelo Digital de Terreno (MDT) e os dados obtidos foram comparados visualmente aos resultados das cartas topográficas da Agência Nacional de Águas (ANA) (2015). As bacias analisadas apresentaram de maneira geral formas alongadas, sendo pouco suscetíveis à enchentes, com relevo ondulado, possuem drenagem intermediária a pobre e sinuosidade de intermediária a alta. Os resultados obtidos se assemelham aos obtidos pela ANA (2015), baseados em escalas menores. As hierarquias para cada bacia foram satisfatórias, assim como a metodologia utilizada, pois não requer a utilização de máquinas sofisticadas para a sua execução, e resulta em dados confiáveis com pouca perda de precisão. Os resultados são inéditos para essas bacias e as variáveis geomorfológicas estimadas podem apoiar a tomada de decisão tanto em relação aos riscos das atividades antrópicas quanto para a definição de áreas de conservação, especialmente de áreas de interesse para a conservação da água e dos ecossistemas aquáticos.

Referências

Agência Nacional de Águas. (2015). Base Hidrográfica Ottocodificada da Bacia do Rio Iguaçu. Metadados ANA (2015). Recuperado de http://metadados.ana.gov.br/geonetwork/srv/pt/main.home?uuid=efd 77aa1 3c73 4 ca1 9cb c 7a2193ea743b.

Ahn, S. R., Kim, S. J. (2017). Assessment of watershed health, vulnerability, and resilience for determining protection and restoration Priorities. Environmental Modelling & Software. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.envsoft.2017.03.014.

Bendjoudi, H., Hubert, P. (2002). Le coefficient de compacité de Gravelius: analyse critique d'un indice de forme des bassins versants. Hydrological Sciences Journal des Sciences Hydrologiques.

Cardoso C. A, Dias, H. C. T, Soares C. P. B. & Martins, S. V. (2006). Caracterização Morfométrica da Bacia Hidrográfica do Rio Debossan, Nova Friburgo, RJ.

Carvalho, A. P. P., Lorandi R., Collares, E. G. Lollo, J. A. D. Moschini, L. E. (2021). Potential water demand from the agricultural sector in hydrographic sub-basins in the southeast of the state of São Paulo-Brazil. Agriculture, Ecosystems and Environment.

Celestino E. F., Celestino L. F., Silva J. F. M., Kashiwaqui, E. A. L., Makrakis, M. C. & Makrakis, S. (2019). Environmental Assessment in Neotropical Watersheds: A Multi-Factorial Approach

Christofoletti, A. (1980). Geomorfologia. São Paulo: Edgard Blucher.

Dar, I. A., Sankar, K., Dar, M. A. (2010). Remote sensing technology and geographic information system modeling: An integrated approach towards the mapping of groundwater potential zones in Hardrock terrain, Mamundiyar basin. Journal of Hydrology.

Eastman, J. R. (2012). IDRISI Selva Tutorial. Manual Version 17.0, Clark University. Recuperado de http://uhulag.mendelu.cz/files /pagesdata/eng/gis/idrisi_selva_tutorial.pdf.

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (1979). Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Reunião Técnica de Levantamento de Solos. Rio de Janeiro. Recuperado de https://library.wur.nl/WebQuery/edepot/480004.

Freitas, H. R. A., Freitas, C. C., Rosim, S., Oliveira, J. R. F. (2016). Drainage networks and watersheds delineation derived from TIN based digital elevation models. Computers & Geosciences.

Gravelius, H. (1914). Grundrifi der gesamten Gewâsserkunde, Band 1: h'lufikunde (Compendium of Hydrology, vol. 1: Rivers, in German). Goschen, Berlin, Germany.

Grison, F. & Kobiyama, M. (2011). Geometria Hidráulica em Bacias Hidrográficas Paranaenses. Revista Brasileira de Recursos Hídricos Volume 16 n.2.

Guerra, A. J. T. & Cunha, S. B. (1999). Geomorfologia e meio ambiente. Bertrand Brasil, Rio de Janeiro.

Horton, R. E. (1945). Erosional development of streams and their drainage basins, hydrophysical approach to quantitative morphology. Bulletin of the Geological Society of America.

Köppen, W. G. & Geiger, R. M. (1936). Handbuch der Klimatologie in fünf Bänden. Verlag von Gebrüder Borntl'aeger, Berlin,

Lana, C. E., Alves, J. M. P., Castro, P. T. A. (2001). Análise morfométrica da bacia do Rio do Tanque, MG - Brasil. Rem: Rev. Esc. Minas, Ouro Preto.

Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. ... 1º da Lei n. 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei n. 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9433.htm

Lima, W. P. (2008). Princípios de hidrologia florestal para o manejo de bacias hidrográficas. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, São Paulo.

Lorandi R. & Cançado C. J. (2002), Conceitos de bacias hidrográficas: teorias e aplicações (pp. 34-65) Ilhéus, Ba.

Miller, V. C. (1953). A quantitative geomorphic study of drainage basins characteristic in the Clinch Mountain área, Technical Report, Dept. Geology, Columbia University.

Mioto, C. L., Ribeiro, V. O., Souza, D. M. Q., Pereira, T. V., Anache, J. A. A. & Filho, A. C. P. (2014). Morfometria de bacias hidrográficas através de SIGs livres e gratuitos. Anuário do Instituto de Geociências – UFRJ.

Neto, A. S. R. (2010). Análise da conjuntura agropecuária safra 2010/11. Agrometeorologia. Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. Departamento de Economia Rural.

Nickolas, L. B. Segura C., & Brooksc J. R. (2017). The influence of lithology on surface water sources,

Oliveira, P. T. S., Sobrinho, T. A., Steffen, J. L., Rodrigues, D. B. B. (2010). Caracterização morfométrica de bacias hidrográficas através de dados SRTM. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental.

Pingale, S. M., Chandra, H., Sharma, H. C., Mishra, S. S. (2012). Morphometric analysis of Maun watershed in Tehri-Garhwal district of Uttarakhand using GIS. International Journal of Geomatics and Geosciences.

Pissarra, T. C. T., Politano, W. & Ferraudo, A. S. (2004). Avaliação de características morfométricas na relação solo superfície da bacia hidrográfica do Córrego Rico, Jaboticabal (SP). R. Bras. Ci. Solo.

QGIS Development Team. (2015). QGIS Geographic Information System. Open-Source Geospatial Foundation Project. Recuperado de http://www.qgis.org/.

Rahaman, S. A., Ajeez, S. A., Aruchamy, S., Jegankumar, R. (2015). Prioritization of sub watershed based on morphometric characteristics using Fuzzy Analytical Hierarchy Process and Geographical Information System – A study of Kallar watershed, Tamil Nadu. Aquatic Procedia 4.

Rahmati, O., Kornejady, A., Samadi, M., Nobre, A. D., Melesse, A. M. (2018). Development of an automated GIS tool for reproducing the HAND terrain model. Environmental Modelling & Software.

Reis, J. T & Pereira Filho,W. (2006). Influência do uso e ocupação da terra no ecossistema aquático da sub-bacia hidrográfica do Arroio Cadena, em Santa Maria, RS.

Roni, P., Hanson, K., Beechie, T., Pess, G., Pollock, M. (2005). Habitat rehabilitation for inland fisheries global review of effectiveness and guidance for rehabilitation of freshwater ecosystems. FAO Corporate document repository.

Santos, A. M.; Targa, M. S.; Batista, G. T.; Dias, N. W. (2012). Análise morfométrica das sub-bacias hidrográficas Perdizes e Fojo no município de Campos do Jordão, SP, Brasil. Ambi-Agua, Taubaté.

Schumm, S. A. (1956). Evolution of drainage systems and slopes in badlands at Perth Amboy, New Jersey. Geological Society of America Bulletin.

Schumm, S. A. (1963). Sinuosity of alluvial rivers on the great plains. Geological Society of America Bulletin.

Simas, A. S., Tataje, D. A. R., Filho, E. Z. (2014). Pools and rapids as spawning and nursery areas for fish in a river stretch without floodplains. Neotropical Ichthyology.

Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS) (2000). Recuperado de: https://sirgas.ipgh.org/

Stipp, N. A. F., Campos, R. A. & Caviglione, J. H. (2010). Análise morfométrica da bacia hidrográfica do rio Taquara – Uma contribuição para o estudo das ciências ambientais. Portal da Cartografia, Londrina. Recuperado de http://www.uel.br /revistas/ uel/index.php/ portalcartografia.

Strahler, A. N. (1952). Dynamic basis of geomorphology. Bulletin of the Geological Society of America.

Tarboton, D. (2015). TauDEM Version 5. Hydrology Research Group, Utah State University.

Tonello, K. C., Dias, H. C. T., Souza, A. L., Ribeiro, C. A. A. S., Leite, F. P. (2006). Morfometria da bacia hidrográfica da Cachoeira Das Pombas, Guanhães – MG. R. Árvore, Viçosa MG.

Tucci, C. E. M., Silveira, A. L. L., Benetti, A., Lanna, A. E. L., Bidone, F., Semmelman, F., Louzada, J. A., Bertoni, J., Filho, K. Z., Beltrame, L. F. S., Bordas, M. P., Pessoa, M. L., Caicedo, N. L., Chevallier, P., Porto, R. L., Clarke, R. T. (2001). Hidrologia: Ciência e aplicação. Porto Alegre: Ed. da UFRGS/ABRH.

United States Geological Survey (2011). Aster global DEM. ASTER GDEM is a product of METI and NASA. Recuperado de http://earthexplorer.usgs.gov/.

Villela, S.M. & Mattos, A. (1975). Hidrologia aplicada. São Paulo: McGRAWHill do Brasil.

Wallace, A. R. (1876). The geographical distribution of animals. Vol.1. Boston University, 1876.

Tundisi, J. G. (2003). Água no século XXI: enfrentando a escassez. São Carlos: RiMa/IIE.

Downloads

Publicado

30/01/2022

Como Citar

SILVA, J. F. M. da; CELESTINO, E. F. .; SOUZA, G. H. B. de; OBESO, M. P.; MAKRAKIS, M. C. .; MAKRAKIS, S. Avaliação múltipla em bacias hidrográficas de grande escala. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 2, p. e42811225698, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i2.25698. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/25698. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Engenharias