Uso da oxigenoterapia hiperbárica no tratamento da osteorradionecrose dos maxilares em pacientes com câncer de cabeça e pescoço
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25750Palavras-chave:
Oxigenoterapia hiperbárica; Osteorradionecrose; Radioterapia.Resumo
Este estudo teve como objetivo entender como a oxigenoterapia hiperbárica pode atuar no tratamento da osteorradionecrose dos maxilares em pacientes com câncer de cabeça e pescoço. Foram encontradas um total de 266 publicações. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 19 artigos foram selecionados. A osteorradionecrose é uma condição com grande potencial de destruição óssea e, portanto, muitos métodos de tratamento têm sido veementemente estudados. Embora o mecanismo de ação da oxigenoterapia hiperbárica não seja totalmente compreendido, sabe-se que a físico-química que impulsiona a ação é o resultado de dois fatores: oxigênio 100% inspirado e exposição a alta pressão atmosférica. Além disso, o oxigênio quando presente em maiores quantidades no corpo pode atuar para curar regiões necróticas, regiões oxigenadoras onde ocorreram hipóxia e hipoperfusão. Entretanto, esta terapia não é totalmente inócua e tem problemas significativos para o paciente, entre eles, a limitação de seu acesso, e com isto, o custo da oxigenoterapia é muito alto. O impacto negativo que a osteorradionecrose tem sobre os pacientes oncológicos pode ser visto, e como a terapia hiperbárica pode atuar no tratamento da necrose causada pela oncoterapia em pacientes com câncer de cabeça e pescoço, devido a seus numerosos efeitos sobre o metabolismo oxidativo. Em contraste, é necessário avaliar corretamente a indicação do tratamento, pois a terapia tem efeitos adversos relevantes que merecem atenção.
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