A coloração do Hyphessobrycon eques (Steindachner, 1882) influenciada pela adição do óleo de Attalea phalerata Mart. ex spreng
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2578Palavras-chave:
Peixes ornamentais; Pigmentação; Tetra-serpae.Resumo
O óleo da polpa de bacuri (Attalea phalerata Mart. ex Spreng) possui propriedades medicinais devido a uma alta concentração de carotenoides e ácido palmitoleico do grupo dos Ômegas-7 que podem beneficiar a saúde e o bem-estar dos peixes. O objetivou-se avaliar os benefícios da inclusão do óleo de bacuri no desenvolvimento e coloração do Mato Grosso (Hyphessobrycon eques Steindachner 1882). Foram utilizados 51 espécimes de mato grosso distribuídos em quatro unidades de 10L em sistema de recirculação individual e água termostatizada a 28° C. Durante o ensaio de 60 dias os peixes foram alimentados com dietas comercial (DC) e dieta comercial acrescida de óleo essencial de bacuri (5g.kg-1) (DB). Ao final do período experimental foram avaliadas a sobrevivência, o crescimento, coloração e termogenicidade. Os dados foram analisados pelo teste de Duncan (P>0,05). O uso de óleo de bacuri proporcionou baixo índice de crescimento, no entanto destaca-se que apresentou maior comprimento em relação ao grupo DC. O consumo não foi afetado pelo acréscimo do óleo do bacuri, não tendo efeito na palatabilidade da dieta. No entanto a sobrevivência do ensaio foi de 73% para DB e 88% para DC. Não foi observado alteração na coloração e na termogenicidade dos peixes com a inclusão óleo de bacuri. O fator de condição dos peixes DB foi superior ao DC, o que demostra a capacidade em promover bem-estar aos peixes. Conclui-se que na dose utilizada o óleo essencial de bacuri não é recomendado para o Mato Grosso como suplemento para aperfeiçoar a coloração.
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