Perfil epidemiológico da violência contra a pessoa idosa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25780Palavras-chave:
Idoso; Violência; Enfermagem; Epidemiologia; Envelhecimento.Resumo
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da violência contra a pessoa idosa de um estado da região nordeste do Brasil. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo, realizado com informações disponíveis em um banco de dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação, no período de 2008 a 2018. A análise dos dados ocorreu através da estatística simples (frequência e percentual). Resultados: Foram analisadas 1.535 fichas de notificação de violência, sendo que houve um número grande de campos ignorados e em branco. Em relação às características das pessoas idosas, 63,4% eram homens, 34,8% de raça parda, 23,8% tinham um nível de escolaridade entre analfabeto e ensino fundamental, 71,9% vítimas sofreram violência física, sendo 41,3% através da força corporal/espancamento, 56,8% dos casos ocorreram na zona urbana, 37,9% na própria residência da vítima, 74,4% classificada como interpessoal e 37,2% foram notificadas por unidades de emergência. Conclusão: A violência ocorrida contra as pessoas idosas ocorreu em sua maioria nos homens, alfabetizados através de foça corporal/espancamento. Este estudo evidencia que a incompletude de informações no preenchimento da ficha de notificação revela a necessidade de um olhar ampliado da equipe de saúde para o registro completo dos dados.
Referências
Aguiar, M. P. C., Leite, H. A., Dias, I. M., Mattos, M. C. T. & Lima, W. R. (2015). Violência contra idosos: descrição de casos no Município de Aracaju, Sergipe, Brasil. Revista de Enfermagem Escola Anna Nery, 9(2), 343-349.
Andrade, C. M., Teixeira, G. T., França, T. B., Rambo, M., Trevvisan, M. G., Casaril, E. & Costa, L. D. (2020) Violência interpessoal e autoprovocada: caracterização dos casos notificados em uma regional de saúde do paraná. Rev Cogitare Enfermagem, v25i0.63758.
Bolsoni, C. C, Coelho, E. B. S, Giehl, M. W. C & d´Orsi, E. (2016). Prevalência de violência contra idosos e fatores associados, estudo de base populacional em Florianópolis, SC. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. 19 (4), 671-682.
Brasil. (2010). Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violência Orientações para gestores e profissionais de saúde. Brasília: MS.
Dantas, N. M. F, Silva, F. C., Oliveira, R. R. & Batista, J. L. F. P. (2018). Internações de idosas vítimas de agressão sexual no Brasil. Revista Interdisciplinar em Violência e Saúde, 1.
Hohendorff, J. V., Paz, A. P., Freitas, C. P. P., Lawrenz, P., & Habigzang, L. F. (2018). Caracterização da violência contra idosos a partir de casos notificados por profissionais da saúde: Revista da SPAGESP. 19 (2), 64-80.
Souza, C. S. (2017). Violência contra os idosos: perfil epidemiológico das notificações no estado da Paraíba (Trabalho de Conclusão de Curso). Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, Paraíba.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2010). População residente, por raça ou cor, segundo a situação do domicílio, o sexo e a idade. IBGE
Irigaray, T. Q., Esteves, C. F., Pacheco, J. T. B., Grassi-Oliveira, R. & Argimon, J. I. L. (2016). Maus-tratos contra idosos em Porto Alegre, Rio Grande do Sul: um estudo documental. Revista Psicologia da Saúde. 33 (3), 543-55.
Krug, E. G., Dahlberg, L. L., Mercy, J. A., Zwi, A. B. & Lozano, R. (Eds.). (2002). Relatório mundial sobre violência e saúde. OMS.
Lino, V. T. S., Rodrigues, N. C. P., Lima, I. S., Athie, S., & Souza, E. R., (2019). Prevalência e fatores associados ao abuso de cuidadores contra idosos dependentes: a face oculta da violência familiar. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 24(1), 87-96.
Lopes, L. G. F., Leal, M. C. C., Souza, E. F., Silva, S. Z. R., Guimarães, N. N. A., & Silva, L. S. R. (2018). Violência contra a pessoa idosa. Revista Enfermagem. UFPE on line. 12(9),2257-2268.
Lüder A. Cresce 59% o número de denúncias de violência contra o idoso no Brasil durante a pandemia da Covid-19. Globo News. 2020 Oct 29.
Machado, D. R., Kimura, M., Duarte, Y. A. O., & Lebrão, M. L., (2020). Violência contra idosos e qualidade de vida relacionada à saúde: estudo populacional no município de São Paulo, Brasil. Revista Ciência & Saúde Coletiva. 25(3),1119-1128.
Maia, P. H. S., Ferreira, E. F., Melo, E. M. & Vargas, A. M. D. (2019). A ocorrência da violência em idosos e seus fatores associados. Revista Brasileira de Enfermagem. 72(2),71-7.
Meleiro, M. L. A. P., Nascimento, I. R., Santos, F. S., Silva, N. P. M & Nascimento V. (2021). A violência contra a pessoa idosa em Manaus e no Amazonas/Brasil. Research, Society and Development, 10(5), e11210514558.
Ministério da Saúde. (2016) Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde.Viva: instrutivo de notificação de violência doméstica, sexual e outras violências. (2a ed.), DF. 94 p.
Miziara C. S. M. G., Braga, M. V., Carvalho, F. I., Teixeira, T. V., Miziara, I. D. & Muñoz, D. R. (2015). Vítima silenciosa: violência doméstica contra o idoso no Brasil. Revista Saúde Ética & Justiça. 20(1),1-8.
Oliveira, K. S. M., Carvalho, F. P. B., Oliveira, L. C., Simpson, C. A., Silva, F. T. L. & Mart, A. G. C. (2018). Violência contra idosos: concepções dos profissionais de enfermagem acerca da detecção e prevenção. Revista Gaúcha de Enfermagem.39.
Paraíba, P. M. F & Silva M. C. M. (2015). Perfil da violência contra a pessoa idosa na cidade do Recife-PE. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. 18(2), 295-306.
Pereira, A. S., Shitisuka, D. M., Parreira, F. J. & Shitisuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.
Rogrigues, R. A. P., Monteiro, E. A., Santos, A. M. R., Pontes, L. M. F., Fhon, J. R. S, Bolina, A. F., Seredynskyj, F. L., Almeida, V. C., Giacomini, S. B. L., Defina, G. P. C. & Silva, L. M. (2017). Violência contra idosos em três municípios brasileiros. Rev Bras Enferm. 70(4).
Silva, C. F. S & Dias C. M. S. B (2016). Violência Contra Idosos na Família: Motivações, Sentimentos e Necessidades do Agressor. Revista Psicologia: Ciência e Profissão. 36 (3), 637-652.
Silva, G. C. N., Almeida, V. L., Brito, T. R. P., Godinho, M. L. C., Nogueira, D. A. & Chini, L. T. (2018) Violência contra idosos: uma análise documental. Revista Aquichan.18(4), 449-460.
Soares, M. C & Barbosa, A. M. (2020). Perfil de idosos vítimas de violência atendidos em um hospital de urgências. Revista Científica da Escola Estadual de Saúde Pública de Goiás “Cândido Santiago”. 6(1):18-34.
Souza, E. A. B., Silva, B. C., Cabral, L. P., Filho, N. J. S., Zimmermann, I. M. M. & Zimmermann, R. D. Violência contra idosos relatada em notícias durante a pandemia do novo coronavírus. Research, Society and Development, 10(14). e57101420046.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Daniele Duarte do Nascimento; Elizabeth Moura Soares de Souza; Rebeca Thomé Costa Santa Cruz; Thaís Honório Lins Bernardo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.