Prevalência de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho de extrativismo mineral
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25786Palavras-chave:
Ergonomia; Anormalidades Musculoesqueléticas; Saúde do Trabalhador Rural; Mineradores.Resumo
Objetivo: estimar a prevalência de sintomas de distúrbios musculoesqueléticos em trabalhadores do extrativismo mineral. Método: Estudo de natureza quantitativa, descritiva e transversal que foi realizado no povoado de Pirinã, Município de Pinheiro, no estado do Maranhão. O universo da pesquisa compreendeu os trabalhadores do extrativismo de pedra. A amostra foi de conveniência por inclusão de indivíduos que apresentavam sintomatologia dolorosa em alguma região anatômica do corpo. A coleta dos dados foi feita mediante o uso de dois instrumentos, o Questionário Individual (QI) e o Questionário Nórdico de Sintomas Musculoesquelético (QNSM). Resultados: A maioria apresentou dor na coluna lombar, coluna dorsal, mãos/punhos, e ombros, necessitando de afastamento do trabalho. Em relação ao cansaço físico durante a jornada de trabalho, 80% referiram cansaço ao final da jornada de trabalho observou-se também que 23 trabalhadores possuíam mais de 10 anos de trabalho e laboravam de 3-4 horas por dia durante a semana. Considerações finais: Os resultados chamam a atenção quanto a recorrência da dor entre os trabalhadores rurais, dores estas que podem interferir em sua qualidade vida, causar sequelas irreversíveis e/ou crônicas e diminuir sua produtividade. A análise ergonômica neste contexto pode atuar prevenindo a incidência de acidentes e evitando incapacitações.
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