Uso de benzodiazepínicos em idosos no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25820Palavras-chave:
Benzodiazepínicos; Idoso; Insônia.Resumo
Durante o processo de envelhecimento decorre de alterações fisiológicas no sistema nervoso e endócrino que propiciam o aparecimento da insônia, estima-se que os transtornos do sono afetam em torno de 50% dos idosos. O tratamento de primeira linha para a insônia são os benzodiazepínicos, está classe deve ser evitada pelos idosos, pois aumentam os riscos de queda. Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática de natureza quantitativa, que utilizou as plataformas PubMed, Scientific Eletronic Library On-line (SciELO) e Google Scholar como base de dados para pesquisa dos artigos científicos, publicados entre 2016 – 2021, nas línguas portuguesa e inglesa. Dos 200 resultados obtidos, 189 foram excluídos, restando apenas 11 artigos. Entre os artigos analisados, pôde-se observar que mesmo contraindicados para esta faixa etária, ainda é alta a taxa de uso de benzodiazepínicos por idosos no Brasil, sendo sua principal indicação atualmente o controle da insônia. Além disso, foi identificado haver fortes indícios de relação entre o uso prolongado dos BZD e o desenvolvimento de demências a longo prazo. Como há conhecimento dos efeitos colaterais por parte da população médica, esta deve instruir os pacientes sobre os riscos e evitar a iatrogenia.
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