A reciclagem dos resíduos plásticos de Manaus (AM): O caso das entidades de catadores
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25902Palavras-chave:
Economia Ambiental; Triagem; Coleta seletiva.Resumo
Apesar da Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil ser bem instituída, o país reaproveita muito pouco os seus resíduos sólidos urbanos, como papel, plástico, entre outros; ou seja, a maior parte é despejada em aterros e locais inadequados. No caso da região Norte com área de 45,2 do território brasileiro e com a maior diversidade do mundo, o mercado de recicláveis ainda é baixo, principalmente na cidade de Manaus. Portanto, neste trabalho as entidades de catadores de Manaus que trabalham com materiais plásticos recicláveis foram estudadas a fim de mostrar um diagnóstico da reciclagem de resíduos plásticos. Dessa forma, um questionário contendo perguntas sobre o processo de funcionamento das entidades de catadores foi aplicado. O espaço amostral deste estudo constou de sete entidades de catadores para um erro experimental de 2,5%. Os resultados deste estudo mostram que os resíduos plásticos não são a principal fonte de renda entre os materiais recicláveis das entidades de catadores de Manaus. Além disso, as entidades de catadores e o poder público não trocam informações sobre os resíduos sólidos urbano da cidade de Manaus, o que dificulta o processo de reciclagem, principalmente de resíduos plásticos. Considerando o volume total de resíduos sólidos plásticos de 91.080 kg, vendido ao ano temos uma receita total de R$ 213.072,00/ano. Apenas para o resíduo plástico. A falta de sincronização de informação e gestão entre o poder público e as entidades de catadores explicam em parte a quantidade de apenas cerca de 0,27% de resíduos sólidos urbanos sendo reciclados na cidade de Manaus. Por outro lado, a reciclagem dos resíduos plásticos é uma alternativa para a redução das emissões de efeito estufa e pode ser fonte de créditos de carbono, trazendo benefícios para a Amazônia
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