Conhecimento da equipe de Enfermagem acerca do processo transfusional na Unidade de Terapia Intensiva
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25945Palavras-chave:
Assistência de Enfermagem; Conhecimento; Enfermagem; Transfusão sanguínea.Resumo
Objetivo: descrever o conhecimento da equipe de enfermagem acerca do processo transfusional na Unidade de Terapia Intensiva. Metodologia: estudo descritivo transversal, com abordagem quantitativa. Participaram enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem que trabalhavam na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital geral que é referência para o atendimento de urgência e emergência. Resultados: 44 (80,0%) dos profissionais referiram não ter recebido treinamento prévio em hemoterapia, 39 (70,9%) afirmaram que não participam periodicamente de treinamentos que abordam aspectos como ato transfusional e reações adversas e, 12 (21,9%) mencionaram conhecer as portarias que tratam sobre os Regulamentos Técnicos de Procedimentos Hemoterápicos. Anemia (56,9%) e hemorragia (15,4%) foram as respostas mais citadas como indicação para transfusão do concentrado de hemácias. Coagulopatias (35,3%) e plaquetopenia (57,5%) foram as indicações mais referidas para a infusão de plasma fresco e concentrado de plaquetas. Calafrio (69,1%), prurido (60,0%), sudorese (52,7%), taquicardia (50,9%) e desconforto respiratório (49,1%) foram os sinais e sintomas sugestivos de reações transfusionais mais citados. Apenas 2 (3,6%) participantes mencionaram corretamente o tempo de início de possíveis complicações. Conclusão: evidenciou-se a deficiência no conhecimento dos profissionais da equipe de enfermagem sobre hemotransfusão, bem como o impacto negativo gerado pela falta de treinamentos e orientação sobre a temática no conhecimento dos profissionais. Salienta-se a importância da necessidade de intervenções como educação continuada e permanente, bem como o treinamento periódico dos profissionais da equipe de enfermagem sobre atuação nesta prática.
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