Dinâmica de desfolhação de gramíneas associadas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i4.2595Palavras-chave:
Frequência de desfolhação; Pré-pastejo; Pseudcolmo; Severidade de desfolhação.Resumo
O comportamento das variáveis relacionadas à dinâmica de desfolhação em dois consórcios de gramíneas de clima tropical manejados sob duas intensidades de pastejo. Foram utilizadas pastagens formadas com dois consórcios (BRS Zuri, Xaraés e Basilisk; BRS Quênia, Marandu e BRS Paiaguás), manejados em duas intensidades de pastejo: 40 e 60% da altura do pré-pastejo. No consórcio entre BRS Zuri, Xaraés e Basilisk, a primeira variável canônica explicou 72,1 e 79,2% da variação total do padrão de desfolhação para os níveis de intensidade de pastejo de 40 e 60%. No consórcio entre BRS Quênia, Marandu e BRS Paiaguás, a primeira variável canônica explicou 84,3 e 89,0% da variação total do padrão de desfolhação para os níveis de intensidade de pastejo de 40 e 60%. A escolha de espécies forrageiras de clima tropical para formar o consórcio pode ser decisiva para perpetuar a diversidade de plantas. A partir da densidade populacional dos perfilhos, é possível observar que gramíneas pertencentes aos grupos funcionais A e B (Zuri, Xaraés, BRS Quênia e Marandu) apresentam maior probabilidade de coexistência na mesma área. A escolha de espécies forrageiras para o estabelecimento de pastagens consorciadas é importante para garantir a coexistência entre elas e a persistência do consórcio. A análise de variáveis canônicas ajuda a explicar a dinâmica da desfolhamento do consórcio através das estimativas de severidade e frequência da desfolhamento do perfilho estendido e do pseudocolmo.
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