Qualidade de sementes de abóbora sob períodos de armazenamento e tratamento químico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.26024

Palavras-chave:

Cucurbita pepo L.; Emergência; Germinação; Vigor.

Resumo

As informações acerca de metodologias para avaliação de vigor de sementes de olerícolas são menos estudadas, inclusive de espécies de menor interesse comercial, como é o caso das mais diversas espécies de abóboras. Estudos que envolvam o armazenamento dessas sementes e efeitos do tratamento químico sob o seu vigor são necessários para maior conhecimento da manutenção da qualidade de sementes de abóbora. O objetivo desse trabalho foi avaliar a qualidade de sementes de “Abóbora de Porco” sob diferentes períodos de armazenamento e tratamento químico. O experimento foi realizado no laboratório de análise de sementes do Instituto Federal Goiano - Campus Ceres. Os tratamentos foram: com e sem tratamento químico e cinco períodos de armazenamento (0, 30, 60, 90 e 120 dias). Foram realizadas as seguintes análises: pureza física, massa de mil sementes, grau de umidade, condutividade elétrica, germinação, massa seca de plântulas, emergência em campo e índice de velocidade de emergência. Os dados foram submetidos ao teste de Tukey (5%) pelo Sisvar e a análise de regressão. Observou-se que as sementes armazenadas perderam umidade e tiveram aumento da condutividade elétrica em função do armazenamento. Não houve diferença significativa na germinação de sementes com a aplicação ou não de tratamento químico nos períodos estudados. A emergência de plântulas com tratamento de sementes foi maior até os 90 dias.

Biografia do Autor

Guilherme Rosario Rodrigues, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano

Estudante do Curso de Agronomia do IF Goiano - Campus Ceres, Ceres/GO.

Luís Sérgio Rodrigues Vale, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano

Engenheiro Agrônomo, Dr. em Agronomia pela Unesp - Campus Botucatu, SP. Atualmente é professor titular do IF Goiano - Campus Ceres, Ceres, GO.

Referências

Abreu, L. A. S., Carvalho, M. L. M., Pinto, C. A. G. & Kataoka, V. Y. (2011) Teste de condutividade elétrica na avaliação de sementes de girassol armazenadas sob diferentes temperaturas. Revista Brasileira de Sementes, 33 (4), 635-642.

Almeida, A. S., Suñe, A. S., Nunes, C. Á., Melo, A. J., Moura, D. S., Mambrin, R., Otalakoski, J. &Munari, J. (2020). Desempenho dos substratos utilizados para o teste de germinação com sementes de abobora BRS Brasileirinha tratadas. Brazilian Journal of Development, 6 (12), 98197-98205.

Amaro, H. T. R., David, A. M. S. S., Assis, M. O., Rodrigues, B. R. A., Cagussu, L. V. S. & Oliveira, M. B. (2015). Testes de vigor para avaliação da qualidade fisiológica de sementes de feijoeiro. Ciências Agrárias, 38 (3), 383-389.

Andrade, E. T., Corrêa, P. C., Martins, J. H. & Alvarenga, E. M. (1999). Avaliação de dano mecânico em sementes de feijão por meio de condutividade elétrica. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental-Agriambi, 3 (1), 54-60.

Araújo, R. F., Zonta, J. B., Araujo, E. F., Heberle, E. & Zonta F. M. G. (2011). Teste de condutividade elétrica para sementes de feijão-mungo-verde. Revista Brasileira de Sementes, 33 (1), 123-130.

Bertolin, D. C, Sá, M. E. & Moreira, E. R. (2011). Parâmetros do teste de envelhecimento acelerado para determinação do vigor de sementes de feijão. Revista Brasileira de Sementes, 33 (1), 104-112.

Boligon, A. A., Lúcio, A. D. C. & Garcia, D. C. (2010). Emergência de plântulas de abóbora a partir da avaliação da qualidade das sementes. Ciência Rural, 40 (11), 2274-2281.

Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (2009). Regras para análise de sementes/Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. – Brasília: Mapa/ ACS. 399 p.

Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (2019). Instrução normativa nº 42, de 17 de setembro de 2019. Diário Oficial da União, nº 182, quinta-feira, 19 de set. de 2019.

Campos, L. F. C., Abreu, C. M., Guimarães, R. N. & Seleguini, A. (2015). Escarificação e ácido giberélico na emergência e crescimento de plântulas de biribá. Ciência Rural, 45 (10), 1748-1754.

Cardoso, A. I. I. (2005). Polinização manual em abobrinha: efeitos nas produções de frutos e de sementes. Horticultura Brasileira, 23 (3), 731-734.

Carvalho, N. M. & Nakagawa, J. (2012). Sementes: ciência, tecnologia e produção. 5 ed. Jaboticabal: Funep. 590 p.

Coelho, V. A. T., Souza, C. G., Nascimento, E. S., Lacerda, L. G. & Cardoso, P. A. (2020). Deficiências de macronutrientes em abobrinha italiana (Cucurbita pepo L.): caracterização de sintomas e crescimento. Research, Society and Development, 9 (3), 1–19.

Costa Júnior, J. R., Oliveira, D. E. C., Carvalho, J. M. G., Bueno, Sarah G. S., Ferreira, V. B. & Alves, E. M. (2021). Forma e tamanho de sementes de duas variedades de abóboras durante a secagem. Nativa, 9 (1), 01-08.

Costa, A. R., Faroni, L. R. D., Alencar, E. R., Carvalho, M. C. S. & Ferreira, L. G. (2010). Qualidade de grãos de milho armazenados em silos bolsa. Revista Ciência Agronômica, 41 (1), 200-207.

CPRA - Centro Paranaense de Referência em Agroecologia. (2021). “Abóbora”. Disponível em: http://www.cpra.pr.gov.br/arquivos/File/Abobora.pdf. 2014. Acesso em: 20 de maio de 2021.

Faroni, L. R. A., Barbosa, G. N. O., Sartori, M. A., Cardoso, F. S. & Alencar, E. R. (2005). Avaliação qualitativa e quantitativa do milho em diferentes condições de armazenamento. Engenharia na Agricultura, 13 (3), 193-201.

Figueiredo Neto, A., Lima, M.S., Silva, M.F., Dantas, B.F. &Teixeira, R.A. (2012). Armazenamento e qualidade fisiológica de sementes de abóbora. Revista Brasileira de Agropecuária Sustentável, 2 (2), 44-50.

Freitas, M. C. M. (2011). A cultura da soja no Brasil: o crescimento da produção brasileira e o surgimento de uma nova fronteira agrícola. Enciclopédia Biosfera, 7 (12), 1-12.

Freitas, P. G. N., Claudio, M. T. R., Tavares, A. E. B., Magro, F. O., Cardoso, A. I. I. & Bardiviesso, E. M. (2014). Poda apical para produção de frutos e sementes de abóbora. Revista Agro@mbiente On-line, 8 (2), 230-237.

Goldfarb, M. & Queiroga, V. P. (2013). Considerações sobre o armazenamento de sementes. Tecnologia e Ciência Agropecuária, 7 (3), 71-74.

Gomes Junior, F. G. & Sá, M. E. (2010). Proteína e qualidade de sementes de feijão (Phaseolus vulgaris L.) em função da adubação nitrogenada em plantio direto. Revista Brasileira de Sementes, 32 (1), 34-44.

Maciel, G. M., Carvalho, F. J., Fernandes, M. A. R., Beloti, I. F. & Oliveira, C.S. (2015). Efeitos genéticos, ambientais e período de armazenamento na qualidade de sementes de cebola. Bioscience Journal, 31 (6), 1634-1642.

Maguire, J. D. (1962). Speed of germination-aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, 2,176-177.

Marcos Filho, J. (2015). Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Londrina: ABRATES. 660p.

Medeiros, L. T., Sales, J. F., Souza, R. G., Alves, B. A. & Freitas, N. F. (2013). Qualidade fisiológica de sementes de amendoim forrageiro submetidas a diferentes tempos e ambientes de armazenamento. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, 14 (3), 472-477.

Melo, D., Brandão, W. T. M., Nóbrega, L. H. P. & Werncke, I. (2016). Qualidade de sementes de soja convencional e Roundup Ready (RR), produzida para consumo próprio e comercial. Revista de Ciências Agrárias, 39(2), 300-309.

Nascimento, W. M., Freitas, R. A. & Croda, M. D. (2008). Conservação de sementes de hortaliças na agricultura familiar. Brasília: Comunicado Técnico 54, 1-5.

Nunes, J. C. S. (2016). Tratamento de sementes de soja como um processo industrial no Brasil. Revista SEED News, 20 (1), 26-32.

Paraginski, R. T., Rockenbach, B. A., Santos, R. F. dos, Elias, M. C. & Oliveira, M. (2015). Qualidade de grãos de milho armazenados em diferentes temperaturas. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 19 (4), 358-363.

Queiroga, V. P., Castro, L. B. Q., Gomes, J. P., Jerônimo, J. F. & Pedroza, J. P. (2009). Qualidade de sementes de algodão armazenadas em função de diferentes cultivares e teores de água. Revista Caatinga, 22 (4), 136-144.

Sales, M. A. L., Moreira, F. J. C., Ribeiro, A. A., Monteiro, R. N. F. & Sales, F. A. L. (2015). Potencial das sementes de abóbora submetidas a diferentes períodos de embebição. Revista Brasileira de Engenharia de Biossistemas, 9 (4), 289-297.

Silva, J. S., Afonso, A. D. L. & Lacerda Filho, A. F. (1995) Secagem e armazenagem de produtos agrícolas. In: Silva, J. S. Pré-processamento de produtos agrícolas. Juiz de Fora: Instituto Maria, 395-462.

Silva, S. N. & Lopes, J. C. (2012). Qualidade física e fisiológica de sementes de abóbora variedade Jacarezinho. Enciclopédia Biosfera, 8 (15), 1490-1499.

Soares, M. G. O., Soares, J. A., Cezar, M. A., Cardoso, T. A. L. & Lima, J. A. A. (2016). Ocorrência de patógenos em cultivos de melancia e abóbora no sertão da Paraíba. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 11, 07-13.

Tonin, R.B., Lucca Filho, O. A., Labbe, M. L. B. & Rossetto, M. (2014). Potencial fisiológico de sementes de milho híbrido tratadas com inseticidas e armazenadas em duas condições de ambiente. Scientia Agropecuaria, 5 (1), 07-16.

Torres, S. B., Silva, F. G., Gomes, M. D. A., Benedito, C. P., Pereira, F. E. C. B. & Silva, E. C. (2014). Diferenciação de lotes de sementes de quiabo pelo teste de envelhecimento acelerado. Ciência Rural, 44 (12), 2103-2110.

Wagner Júnior, A., Silva, J. O. C, Pimentel, L. D., Santos, C. E. M. & Bruckner, C. H. (2011). Germinação e desenvolvimento inicial de duas espécies de jabuticabeira em função do tamanho de sementes. Acta Scientiarum Agronomy, 33 (1), 105-109.

Zucareli, C., Brzezinski, C. R., Abati, J., Werner, F., Ramos, E. U. & Nakagawa, J. (2015). Qualidade fisiológica de sementes de feijão carioca armazenadas em diferentes ambientes. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 19 (8), 803-809.

Downloads

Publicado

03/02/2022

Como Citar

RODRIGUES, G. R.; VALE, L. S. R. Qualidade de sementes de abóbora sob períodos de armazenamento e tratamento químico. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 2, p. e48311226024, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i2.26024. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26024. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas