Avaliação dos impactos do processo de desertificação no Seridó Ocidental a partir de indicadores biofísicos e sociais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26082Palavras-chave:
Desmatamento; Extração vegetal; Seridó Ocidental Paraibano.Resumo
O processo de degradação das terras do semiárido está associado às vulnerabilidades ambientais e econômicas relacionadas a fatores de origem natural e principalmente antrópico. Historicamente a microrregião do Seridó Ocidental Paraibano teve a Caatinga como meio de subsistência e fonte de renda. A retirada abusiva da cobertura vegetal está ligada à presença de atividades econômicas exploratórias, como a agricultura, pecuária, cotonicultura e desde então a mineração. Estudos iniciados desde a década de 80 por Vasconcelos Sobrinho já apontava a microrregião como uma área de elevado risco de desertificação, posteriormente chamado de Núcleo de Desertificação devido às características naturais e as consequências de atividades antrópicas que devastam grandes espaços para pastagem retirando lenha e carvão para consumo próprio, assim como para olarias, panificadoras e outras finalidades econômicas energéticas. Esse trabalho faz o levantamento das características naturais (precipitação, clima, solo e relevo bem como da retirada da lenha e madeira para abastecimento local e de outras localidades) que favorecem a degradação ambiental e os processos que levam à desertificação.
Referências
Accioly, L. J. O. (2000) Degradação do Solo e Desertificação no Nordeste do Brasil. Boletim informativo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa-MG, 25(1), 23-25.
Alvares, C.A., Stape, J. L., Sentelhas, P. C., Gonçalves, J. L. de M., & Sparovek, G. (2014) Köppen's climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, 22(1), 711–28.
Barros, A. H. C., Araújo Filho, J. C. de, Silva., A. B. da, Santiago. & G. A. C. F. (2012) Climatologia do Estado de Alagoas. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento. Embrapa Solos n. 211. Recife. 32.
Brasil. (2012) Ministério da Integração Nacional. Secretaria de Desenvolvimento Regional. Plano de Ação Integrada e Sustentável da Mesorregião do Seridó. Brasília, 176.
Chander, G. & Markham, B. (2003) Revised Landsat-5 TM Radiometric Calibration Procedures and Postcalibration Dynamic Ranges. IEEE Transactions on Geoscience and Remote Sensing. 41(11), 2674-7.
EMATER – PB. (2021) Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba. http://www3.emater.pb.gov.br/sigater/gera_pluviometria_aesa.php .
Filho, Ernani Martins dos Santos., Silva, Paulo Sérgio Gomes. & Moizinho, Waltebergue Honório (2009). Caracterização das microrregiões do Seridó Ocidental e Oriental da Paraíba. X EREG.
Francisco, P. R. M., Medeiros, R. M. & Santos, D. (2018) Balanço hídrico climatológico para a capacidade de campo de 100 mm: Estado da Paraíba. Campina Grande: EDUFCG, 257.
Freitas, Paulo Vitor Nascimento. (2013) O circuito inferior e o meio construído nas pequenas cidades do Seridó Ocidental paraibano. Monografia (TCC em Geografia) - Universidade Federal da Paraíba, 42.
Guerra, Antônio Teixeira Guerra & Cunha, Sandra Baptista da. (1996) Geomorfologia e Meio Ambiente. Bertrand Brasil.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (1990). Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas (PDF). Biblioteca IBGE, 48–51.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016). Divisão Territorial Brasileira.
Jacomine, P. K. T. Solos sob Caatinga: características e uso agrícola. (1996) In: Alvarez., V. H., Fontes., L. E. & Fontes, M. P. F. O solo nos grandes domínios morfoclimáticos do Brasil e o desenvolvimento sustentado. SBCS, 95-133
Jacomine, P. K. T. & Ribeiro, M. R., Montenegro, J. O. (1972) Levantamento exploratório reconhecimento de solos do Estado da Paraíba. (EPE-EPFS. Boletim Técnico, 15. SUDENE-DRN. Série Pedologia. Rio de Janeiro, 683.
Medeiros, J. A. B. (1980) Seridó. Brasília.
Ministério do Meio Ambiente. (2004) Biodiversidade da caatinga: áreas e ações prioritárias para a conservação. Brasília, Ministério do Meio Ambiente e Universidade Federal de Pernambuco.
Ministério do Meio Ambiente. (2017) Relatório sobre a Caatinga por Sensoriamento Remoto entre 2009 e 2011. Brasília-DF. https://www.gov.br/mma/pt-br/noticias/noticia-acom-2017-01-2096.
NAÇÕES UNIDAS. (1997) Convenção das nações unidas de combate à desertificação nos países afetados por seca grave e/ou desertificação, particularmente na África. MMA.
Pereira. I. M. et al., (2002) Composição florística e análise fitossociológica do componente arbustivo-arbóreo de um remanescente florestal no Agreste Paraibano. Acta Botânica Brasílica, 357-69.
Vasconcelos Sobrinho, J. (1971) Núcleos de desertificação no polígono das secas - nota prévia. In: ICB – UFPE, 69-73.
Paraíba (2017). Secretaria de Infraestrutura, dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente. Atlas Geográfico da Paraíba 2017. https://paraiba.pb.gov.br/diretas/secretaria-de-infraestrutura-dos-recursos-hidricos-e-do-meio-ambiente/arquivos/atlas-pb-2017.pdf/view
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Poliana Maria da Silva Valdevino Esteves; Fabiano Santiago Cruz
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.