Biometria e embebição de sementes de Passiflora spp. submetidas a tratamentos para superação de dormência tegumentar
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.26107Palavras-chave:
Dormência; Germinação; Curva de embebição.Resumo
Objetivou-se estudar as curvas de embebição das sementes a fim de determinar se o tegumento funciona como barreira para a absorção de água prejudicando o processo de germinação. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, conduzidos com quatro repetições de 25 sementes retiradas de frutos maduros de cinco espécies de Passifloras, sendo P. edulis f. flavicarpa, P. edulis Sims, P. alata Curtis, P. alata spp, P. mucronata Lam. Foram utilizados dois tratamentos: T0 semente integra T1 semente com tegumento incisado na lateral. As sementes foram pesadas antes da imersão em água, e após em intervalos de uma hora até as primeiras 09 horas, após a cada 24 horas, finalizando com 240 horas de análise. Os resultados foram expressos em porcentagens. Nas sementes incisadas, foi observado que o ganho de água ocorreu com maior velocidade nas primeiras horas, sendo que essas sementes tiveram um aumento médio de 18,8 a 37,5% quando comparadas ao início da do processo de embebição e nas sementes integras média de 12,2 a 26,7%. Sementes de Passifloras, seguem o padrão trifásico de absorção de água, sendo a fase I compreendida entre zero e 20 horas, a fase II entre 20 e 180 horas e a fase III foi observada apenas em P. edulis Sims com 220 horas. Conclui-se que a velocidade de germinação das sementes é influenciada positivamente pela incisão, evidenciando sua dormência fisiológica.
Referências
Araujo, M. M. V., Fernandes, D. Á., & CamilI, E. C. (2016). Emergência e Vigor de Sementes de Maracujá Amarelo em Função de Diferentes Disponibilidades Hídricas. Revista Uniciências, 20 (2), 82-87.
Bewley, J. D., Bradford, K., Hilhorst, H., & Nonogaki, H. (2013). Seeds: Physiology of Development, Germination and Dormancy. (3rd ed). Springer.
Brasil. Regras para análise de sementes. (2009). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília, Distrito Federal.
Cadorin, D. A., Villa, F., Dalastra, G. M., Heberle, K., & Rotili, M. C. C. (2017). Tratamentos Pré-germinativos em Sementes de Granadilha (Passiflora ligularis). Revista de Ciências Agroveterinárias, 16, (3) 256-261.
Carvalho, N. M., & Nakagawa, J. (2012). Sementes: Ciência, Tecnologia e Produção. (5a ed.), FUNEP, 590 p.
Coelho, E. M., Azêvedo, L. C., & Umsza-guez, M. A. (2016). Fruto do maracujá: Importância Econômica e Industrial, Produção, Subprodutos e Prospecção Tecnológica. Cadernos de Prospecção, 9, (3), 347-361.
Faleiro, F. G., Junqueira, N. T. V., Junghans, T. G., Jesus, O. N., Miranda, D., & OtonI, W. C. (2019). Advances in Passion fruit (Passiflora spp.) Propagation. Revista Brasileira de Fruticultura, 41, (2), e-155.
Guollo, K., Menegatti, R. D., Debastiani, A. B., Possenti, J., & Navroski, M.C. (2016). Biometria de Frutos e Sementes e Determinação da Curva de Embebição em Sementes de Mimosa scabrella Benth. Revista Cultivando o Saber, 9(1), 1- 10.
Ibge. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2021). http://www.cnpmf.embrapa.br/Base_de_Dados/index_pdf/dados/brasil/maracuja/b1_maracuja .pdf.
Ista. International Rules for Seed Testing. (2017). Bassersdorf: International Seed Testing Association, 296 p.
Jakelaitis, A., Martins, D. A., Silva, L. A., & Sales, J. F. (2016). Biometria, Embebição e Tratamentos Pré-germinativos em Sementes de Capim Falso-massambará. Cultura Agronômica, 25, (2), 187-198.
José, S. C. B. R., Salomão, A. N., Melo, C. C., Cordeiro, I. M., & Gimenes, M. A. (2019). Tratamentos Pré-germinativos na Germinação de Sementes de Maracujás Silvestres. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento.
Leão-araújo, E. F., Santos, W. V., Ferreira, L. B. S., Ferreira, E. A. S., Gomes-júnior, F. G., Peixoto, N., & Souza, E. R. B. (2019). Embebição e Emissão da Raiz Primária de Sementes de Campomanesia adamantium em Função da Temperatura. Revista de Ciências Agrárias, 42, (2), 402-409.
Marcos-filho, J. Fisiologia de Sementes de Plantas Cultivadas. (2015). Abrates, 659 p.
Mozumder, S. N., Haque, M. I., Kamal, M. M., Akter, S., & Banik, B. R. (2017). Effect of Storage, Growth Regulator Treatment and Seed Priming on Germination of Eryngium foetidum L. International Journal of Advanced Multidisciplinary Research, 4(7), 16-21.
Oliveira, P. A., Teixeira, A. G., Canal, G. B., Lima, P. A. M., Jacomino, G. R. L., Alexandre, R. S., & Lopes, J. C. (2020). Initial Growth of Clonal Seedlings of Passiflora mucronata Genotypes in Response to Paclobutrazol Concentrations. Research, Society and Development, 9, (12), e10891210862.
Silva, A. L., Hilst, P. C., Dias, D. C. F. S., & Rogalski, M. (2019). Superação da Dormência de Sementes de Passiflora elegans Mast. Revista Verde, 14(3), 406-411.
Silva, A. R., Leão-araújo, E. F., Rezende, B. R., Santos, W. V., Santana, H. A., Silva, S. C. M., Fernandes, N. A., Costa, D. S., Mesquita, J. C. P. (2018). Modeling the Three Phases of the Soaking Kinetics of Seeds. Agronomy Journal, 111(1), 164-170.
Taiz, L., Zeiger, E., Moller, I., & Murphy, A. (2017). Plant Physiology and Development (6a ed.), Artmed. 888 p.
Torres, M. F. O., Dantas, S. J., Souza, J. L., Nunes, V. V., Calazans, C. C., Ferreira, O. J. M., Mann, R. S., Ferreira, R. A. (2021). Curva de Embebição e Viabilidade de Sementes de Sapindus aponária L. Iheringia, Série Botânica. 76, e2021016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Gilma Rosa do Nascimento; José Carlos Lopes; Rodrigo Sobreira Alexandre
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.