Comportamento tensão-deformação-resistência de uma argila orgânica mole da região norte da cidade do Recife-PE, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26123Palavras-chave:
Argilas moles; Parâmetros de compressibilidade; Qualidade das amostras; Resistência não drenada.Resumo
Depósitos sedimentares de solos moles, ocorrem na costa brasileira. Apresentam elevado conteúdo de matéria orgânica, alta compressibilidade, baixa permeabilidade e resistência ao cisalhamento. São solos problemáticos para o uso e ocupação. A planície de origem fluvio-marinha da cidade do Recife apresenta mais de 50% de sua área composta por solos moles. O artigo avalia o comportamento tensão-compressão-resistência da argila orgânica mole localizada na região Norte do Recife-PE, Brasil. Em campo, foram coletadas amostras indeformadas, realizados ensaios de Piezocone e Vane Test. Em laboratório, foram realizados ensaios de compressão unidimensional com drenagem vertical e horizontal e triaxial. A secagem prévia é analisada na determinação dos limites de liquidez e plasticidade, a qualidade das amostras e a história de tensão são também analisadas. O perfil do solo apresenta uma camada superficial de areia siltosa e silte arenoso seguido de camadas de aluviões muito moles com presença de turfa e argila, de baixa resistência e alta compressibilidade. A argila é levemente pré-adensada até 4,0 m de profundidade e a partir desta profundidade, é normalmente adensada. A relação entre o coeficiente de adensamento horizontal e o vertical é 3,70. Há certo amolgamento nas amostras do solo. A resistência não drenada média nos 4 m iniciais é 35 kPa e, em profundidades maiores, 25 kPa. A argila é mais sensível nos 4,0 m iniciais. A resistência não drenada obtida por ensaios de laboratório (UU) são próximas às obtidas por ensaios de vane de pico.
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