Gerenciamento da terapia medicamentosa em transplantados renais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.26224Palavras-chave:
Transplante renal; Serviços farmacêuticos; Gerenciamento da terapia medicamentosa; Satisfação do paciente; Problemas relacionados ao uso de medicamentos.Resumo
Pacientes transplantados renais utilizam diversos medicamentos, o que aumenta o risco de desenvolver problemas relacionados a medicamentos. Trata-se de um estudo pré-pós-intervenção, realizado em um ambulatório de transplantes em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, como pacientes no pós-transplante e em uso de tacrolimo. As consultas farmacêuticas foram realizadas em consultórios individuais, sendo que estado inicial e final foram medidos entre a primeira e a última consulta. A satisfação com o serviço farmacêutico também foi avaliada. Foram identificados 39 problemas relacionados a medicamentos, 64,3% dos pacientes apresentando pelo menos um, dos quais 79,5% foram resolvidos (p <0,001). Os mais frequentes foram “uso de medicamentos desnecessários” (26,5%), sendo o omeprazol o medicamento mais prescrito para essa situação. Os pacientes polimedicados apresentaram mais problemas relacionados ao medicamento (p = 0,001). Foram realizadas 49 intervenções, 51,02% foram aceitas. As intervenções mais aceitas foram recomendações de orientações quanto ao tempo de administração e redução de reação adversa medicamentosa (100%) e suspensão do tratamento (92,3%). Ao final, a proporção de pacientes com quadro clínico estável a condição aumentou de 35,7% para 83,3% (p <0,001). Os pacientes avaliaram o atendimento farmacêutico como muito bom, relatando o desejo de sua continuidade. O gerenciamento da terapia medicamentosa impactou positivamente na situação clínica do paciente, demonstrou ser eficaz na resolução de problemas relacionados a medicamentos e foi muito bem avaliado pelos paciente. Recomenda-se que a polimedicação seja critério prioritário para a implantação do gerenciamento da terapia medicamentosa.
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