Perda de Habitats Naturais: Campos de Altitude, Pantanal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26242

Palavras-chave:

Composição multitemporal; Sensoriamento remoto; Vegetação alpina; Espaço-temporal; Índice de vegetação.

Resumo

O objetivo foi quantificar a variação espaço-temporal da vegetação Campos de Altitude em duas diferentes áreas de análise entre os anos de 1985 e 2020. Primeiro foi realizada a classificação dos tipos de vegetação presentes nas duas áreas, por meio de uma composição falsa-cor RGB (Red, Green, Blue) substituindo os canais respectivamente pelos MIR-NIR-R (Middle Infrared, Near Infrared, Red). Após definir as classes de vegetação e criar polígonos sobre elas, foram sobrepostas ao produto NDVI (1985 e 2020), visando obter os valores máximos e mínimos do índice e identificar em quais faixas de valores estariam cada classe. Na sequência realizou-se uma composição falsa-cor multitemporal com a modificação do canal Red pelo produto NDVI 1985, canal Green pelo produto NDVI 2020 e o canal Blue sem nenhuma alteração. Os resultados demonstram que a área total dos Campos de Altitude diminuiu entre 1985 e 2020 nas duas áreas de estudo, sendo que na área 1 sofreu uma redução de 31,93% e na área 2 uma redução de 35,12%, enquanto que a vegetação de estrato mais denso (arbórea) ocorreu absolutamente o oposto, aumentou em sua distribuição espacial para ambas as áreas de estudo, sendo mais significativo o ganho na área 2 (230%). Houve um aumento perceptível de vegetação arbórea nas duas áreas de estudo durante os anos analisados. A tendência de aumento da fração da cobertura da vegetação arbórea está em consonância com a diminuição da vegetação Campos de Altitude e, esse fenômeno, pode ter relação com fatores ambientais, tais como variações na temperatura, quantidade de chuvas, radiação solar e composição do solo.

Biografia do Autor

Dhonatan Diego Pessi, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutorando em Tecnologias Ambientais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Marco Antonio Diodato, Universidade Federal Rural do Semi Árido

Doutor em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná. Atualmente é professor associado da Universidade Federal Rural do Semi-Árido-UFERSA

Angélica Guerra, Instituto Homem Pantaneiro

Bióloga (Licenciatura e Bacharel), Mestre em Biologia Vegetal e Doutora e Pós-Doutora em Ecologia e Conservação. Trabalha com cenários de uso do solo e serviços ecossistêmicos para o Pantanal. Tem interesse em pesquisas que embasam políticas públicas, principalmente relacionadas a simulação de cenários, mudanças de uso solo, mudanças climáticas, serviços ecossistêmicos e legislação ambiental, aplicadas ao Pantanal e Cerrado. Atualmente é Gestora do Projeto Cabeceiras do Pantanal do Instituto Homem Pantaneiro.

Normandes Matos da Silva, Universidade Federal de Rondonópolis

Doutor em Ecologia de Ecossistemas Terrestres e Aquáticos pela Universidade de São Paulo. Atualmente Professor Associado na Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), no curso de graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental.

Alfredo Marcelo Grigio, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Doutor em Geodinâmica pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente é professor Adjunto II da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

Camila Leonardo Mioto, Universidade Federal de Rondonópolis

Doutora em Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos pelo Programa Tecnologias Ambientais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. É Professora do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental e do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Tecnologia Ambiental (PGGTA) da Universidade Federal de Rondonópolis.

Vinícius de Oliveira Ribeiro, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

É Professor Adjunto da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS. Atua no curso de Engenharia Ambiental e Sanitária e no Programa de Pós Graduação em Recursos Naturais (PGRN), em Dourados/MS. Engenheiro Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS (2006), possui Mestrado (2011) e Doutorado (2013) em Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos - PGTA/UFMS. É coordenador do Laboratório de Modelagem em Saneamento e Geotecnologias - LASANGE/UEMS. Foi Fiscal Ambiental do IMASUL/SEMAC-MS (2006 - 2007), Engenheiro Projetista e Gestor de Projetos de Esgoto da Empresa de Saneamento de MS - SANESUL (2007 - 2013) e Professor do Instituto de Ciência e Tecnologia do Mato Grosso- IFMT (2013 - 2015). Como Conselheiro Efetivo do CREA/MS (2015-2021), foi Vice-Presidente, e coordenou a Comissão de Meio Ambiente, a Comissão de Ensino e Atribuição Profissional (CEAP) e a Comissão de Ética Profissional. Tem atuado como perito Ad hoc do MPMS, consultor ad hoc para CNPq, CAPES, FAP´s e várias revistas científicas. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária-Ambiental e Geotecnologias, com foco de atuação nos campos de Drenagem e Tratamento de Águas Residuárias (Domésticas e Industriais), Saneamento Básico, SIG´s livre e Sensoriamento Remoto Ambiental Aplicado.

Geraldo Alves Damasceno Junior, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1987), mestrado (1997) e doutorado (2005) em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas e pós doutorado na Universidade de Hamburgo (2014). Atualmente é professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em fitogeografia, florística e fitossociologia, ecologia de comunidades vegetais, atuando principalmente nos seguintes temas: áreas inundáveis, Pantanal, dispersão, florestas estacionais, florestas ripárias, campos inundáveis e suas relações com a inundação, solos e o fogo.

Antonio Conceição Paranhos Filho, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Livre-Docente pelo Instituto de Geociências da USP. É Professor Titular da UFMS.

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Publicado

09/02/2022

Como Citar

PESSI, D. D.; DIODATO, M. A.; GUERRA, A.; SILVA, N. M. da .; GRIGIO, A. M.; MIOTO, C. L. .; RIBEIRO, V. de O. .; DAMASCENO JUNIOR, G. A. .; PARANHOS FILHO, A. C. Perda de Habitats Naturais: Campos de Altitude, Pantanal. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 3, p. e2911326242, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i3.26242. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26242. Acesso em: 1 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Exatas e da Terra