Membrana amniótica: Terapia alternativa de transplantação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.26279

Palavras-chave:

Transplante; Membrana; Amniótica.

Resumo

A membrana amniótica é a camada mais interna das três membranas placentárias fetais. A captação da membrana amniótica para o aloenxerto acontece ainda durante o parto, logo após resultados negativos das sorologias de HIV, VDRL, HBsAg e Hepatite C da mãe doadora. A membrana apresenta diversas propriedades, tais como efeito antibacteriano, anti adesivo, antiálgico, anti-inflamatórias, anti apoptóticas. Além disso, é altamente rica em substâncias que promovem a proliferação e desenvolvimento celular. Uma característica única da membrana amniótica é que ela não induz a rejeição imune, pois não expressa os antígenos de histocompatibilidade HLA-A, B ou DR 5. O tecido transplantado pode ser usado na terapia de doenças da superfície ocular, reparo de queimaduras ou para reconstrução de estruturas cutâneas. Além disso, há estudos testando outras possibilidades de uso para este tecido. Após análise das pesquisas foi possível constatar que o transplante de membrana amniótica consiste em uma terapia alternativa promissora, relacionada com os mais diversos sistemas de forma a promover resultados eficientes e satisfatórios em cada um deles.

Referências

Alves, P. C. S., & Sant’Anna, L. B. (2016). Potencial da membrana amniótica humana na odontologia. Revista Univap, 22(40), 87.

Amorim, F. C. M., et al. (2021). Membrana amniótica aplicada na cicatrização de queimaduras: Estudo pré-clínico. Research, Society and Development, 10(4), 38110414286.

Bhattacharya, N., et al. (2018). Application of Freshly Collected Amniotic Membrane and Amniotic Fluid in Arthritis and Wound Healing. Madridge Journal Of Aids, 2(1), 38-41.

Bourgeois, M., et al. (2019). Can the amniotic membrane be used to treat peripheral nerve defects? A review of literature. Hand Surgery And Rehabilitation, 38(4), 223-232.

Carvalho, B. R., et al. (2007). Neovaginoplastia com membrana amniótica na síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 29(12), 619-624.

Castellano, A. G. D., et al. (2004). Transplante de Membrana Amniótica na Ceratopatia Bolhosa. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, 67(6).

Cui, W., et al. (2020). Human Amniotic Epithelial Cells and Human Amniotic Membrane as a Vehicle for Islet Cell Transplantation. Transplantation Proceedings, 52(3), 982-986.

Fairbanks, D., et al. (2003). Membrana amniótica no tratamento dos afinamentos corneais e esclerais. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, 66(1), 71-76.

Ferenczy, P. A. H., et al. (2020). Comparison of the preparation and preservation techniques of amniotic membrane used in the treatment of ocular surface diseases. Revista Brasileira de Oftalmologia, 79(1), 71-80.

Flügel, N. T., et al. (2020). Transplante de membrana amniótica em doenças da superfície ocular. Revista Brasileira de Oftalmologia, 79(6), 374-379.

Fotopoulou, C., et al. (2010). Functional and anatomic results of amnion vaginoplasty in young women with Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser syndrome. Fertility And Sterility, 94(1), 317-323.

Gomes, J. A. P. (1999). Membrana amniótica nas cirurgias reconstrutivas da superfície ocular nas ceratoconjuntivites cicatriciais. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, 62(5), 562-576.

Haraguchi, D. K. M., et al. (2003). Uso de Transplante de Membrana Amniótica no Tratamento da Ceratopatia Bolhosa. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, 66(02).

Lacorzana, J., (2020). Membrana amniótica, aplicaciones clínicas e ingeniería tisular. Revisión de su uso oftalmológico. Archivos de La Sociedad Española de Oftalmología, 95(1), 15-23.

Lakmal, K., et al. (2021). Systematic review on the rational use of amniotic membrane allografts in diabetic foot ulcer treatment. Bmc Surgery, 21(1).

Mamede, K. M., & Sant’Anna, L. B. (2019) Antifibrotic effects of total or partial application of amniotic membrane in hepatic fibrosis. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 91(3).

Meller, D., et al. (2011). Amniotic Membrane Transplantation in the Human Eye. Deutsches Ärzteblatt International, 108(14), 243-248.

Moreira, H., et al. (2000). Transplante de membrana amniótica. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, 63(4), 303-305.

Nejad, A. R., et al. (2021). Update review on five top clinical applications of human amniotic membrane in regenerative medicine. Placenta, 103(1), 104-119.

Sachs, B. P. (1979). Activity and Characterization of a Low Molecular Fraction Present in Human Amniotic Fluid with Broad Spectrum Antibacterial Activity, Journal of Obstetrics and Gynaecology, 81-86.

Sampaio, R. L. (2006). Aspectos clínicos e imunopatológicos da ceratoplastia com membrana amniótica xenógena fresca e conservada em glicerina: estudo experimental em coelhos. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 58(6), 1077-1085.

Schuerch, K., et al. (2019). Efficacy of Amniotic Membrane Transplantation for the Treatment of Corneal Ulcers. Cornea, 39(4), 479-483.

Shimazaki, J., et al. (1998). Transplantation of amniotic membrane and limbal autograft for patients with recurrent pterygium associated with symblepharon. British Journal Of Ophthalmology, 82(3), 235-240.

Utheim, T. P., et al. (2018). Concise Review: altered versus unaltered amniotic membrane as a substrate for limbal epithelial cells. Stem Cells Translational Medicine, 7(5), 415-427.

Walkden, A. et al. (2020) Amniotic Membrane Transplantation in Ophthalmology: an updated perspective. Clinical Ophthalmology, 14(1), 2057-2072.

Wassmer, C. H,. & Berishvili, E. (2020). Immunomodulatory Properties of Amniotic Membrane Derivatives and Their Potential in Regenerative Medicine. Current Diabetes Reports, 20(8).

Yeu, E., et al. (2019). Safety and efficacy of amniotic cytokine extract in the treatment of dry eye disease. Clinical Ophthalmology, 13(1), 887-894.

Downloads

Publicado

07/09/2022

Como Citar

ALENCAR, A. C. S. de; FREITAS NETO, V.; GONZALEZ, G. M. M.; GONZALEZ, L. M. M.; FONSECA, G. S. G. B.; BENTO, A. A. C.; CARDOSO , B. L. O.; TRAVASSOS, I. S. Membrana amniótica: Terapia alternativa de transplantação . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 12, p. e52111226279, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i12.26279. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26279. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde