Avaliação da atividade antimicrobiana do extrato de Malpighia emarginata frente à Escherichia coli e Sthaphylococcus aureus in vitro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26291Palavras-chave:
Vitamina C; Fruta cítrica; Antibacteriano.Resumo
A ação de plantas, seus fenois e bioativos têm sido alvo de intensa investigação científica, constituindo uma importante fonte de novos fármacos para atualidade. O objetivo deste trabalho direcionou-se em avaliar a atividade antimicrobiana interativa, in vitro, dos extratos do cultivo orgânico da acerola, Malphigia emarginata, frente às cepas padrão Staphylococcus aureus CLITS 2275 FIOCRUZ, e Escherichia coli CLIST 3862 FIOCRUZ. Para tanto foram feita análise físico-química. Os resultados revelaram que os extratos testados da acerola em dois estados de maturação, Verde e Madura, apresentaram atividade frente às cepas de S. aureus e E. coli, com halos de inibição médios 9,7 e 9,5 mm para a madura; e 11,15 e 10,67 mm para a verde; comparados com o controle positivo, álcool etílico a 96 %. Atividade antimicrobiana mostrou-se semelhantes, por não apresentarem diferença significativa (p < 0,05). Nas análises físico-química foram utilizados os extratos verde e maduras, junto com seus insumos, entre os extratos o pH ficou entre 4,07 e 5,23; sólidos solúveis 0,80 a 0,92 %, teor de ácido cítrico 1,40 a 1,43 %; em açúcares redutores 2,29 a 8,92 %, em ácido ascórbico (mg/100g) variou entre 2491,30 e 3406,34. De modo que, o uso dos extratos desse estudo merece um olhar muito cuidadoso pela possibilidade de atuação diretiva abrindo margem tanto pela análise das cepas, quanto os dados obtidos no físico-químico assim sendo um possível meio para elaboração de fármacos.
Referências
Barreto, B. B. Fitoterapia Na Atenção Básica A Saúde- A Visão Dos Profissionais Envolvidos. 2011. 98p. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal De Juiz De Fora. Minas Gerais, 2011.
Bliska, F.M.M.; Leite, R.S.S.F. Aspectos Econômicos E De Mercado. In: São José, A.R.; Alves, R.E. Acerola No Brasil: Produção E Mercado. Vitória Da Conquista: Dfz/Uesb, 1995. P. 107-23.
Brasil, Ministério De Agricultura, Pecuária E Abastecimento. Instrução Normativa N° 1, De 7 De Janeiro 2000. Aprova O Regulamento Técnico Geral Para Fixação Dos Padrões De Identidade E Qualidade Para Polpa De Fruta. Diário Oficial [Da] União, Confere Art. 87, Inciso Ii, Aprovado Pelo Decreto N° 8.918, De 14 De Julho De 1994.
Caribe, J; Campos, J. M. Guia Prático Para Época Atual. Plantas Que Ajudam O Homem. São Paulo: Pensamento. 11ª Edição, 1999, P. 63.
Cavalari, T. G. F; Sanches, R. A. Os Efeitos Da Vitamina C. Revista Saúde Em Foco, Ano: 2018.
Eller, R. C. W. S; Feitosa, V. A Arruda, T. A; Antunes, R. M. P; Catao, R. M. R. Avalição Antimicrobiano De Extratos Vegetais E Possível Interação Farmacológica In Vitro. Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl., 2015, 36(1).
Embrapa. Características Das Frutas Para Exportação. In: Netto, A.G.; Ardito, E.F.G.; Garcia, E.E.C.G.; Bleinroth, E.W.; Freire, F.C.O.; Menezes, J.B.; Bordini, M.R.; Sobrinho, R.B.; Alves, R.E. Acerola Para Exportação: Procedimentos De Colheita E Pós-Colheita. Maara/Sdr – Brasília: Embrapa – Spi, 1996, 30p.
Ferreira, S. B; Palmeida, J. D; Souza, J. H; Almeida, J. M; Figueiredo, M. C; Pequeno, A. S; Arruda, T. A; Antunes, R. M. P; Catão, R. M. P. Avaliação Da Atividade Antimicrobiana In Vitro Do Extrato Hidroalcoolico De Stryphnodendron Adstringens (Mart.) Coville Sobre Isolados Ambulatoriais De Staphylococcus Aureus. Rev Bras Anál Clín. 2010;42(1):7-31.
Gomes, P.M. De A., Figueirêdo, R.M.F., Queiroz, A.J. M. Caracterização E Isotermas De Adsorção De Umidade Da Polpa De Acerola Em Pó. Revista Brasileira De Produtos Agroindustriais, Campina Grande, V.4, N.2, P.157-165, 2002.
Instituto Adolfo Lutz. Normas Analíticas: Métodos Físico-Químicos Para Análise De Alimentos. Ial: São Paulo, 4ª Ed., 2008.
Leme Júnior, J. A Vitamina C Em Algumas Plantas Brasileiras E Exóticas. Revista Agricultura., V. 26. P. 319-30, 1951.
Martins, Élica De Aguiar. Rentabilidade Da Produção De Acerola Orgânica Sob Condição Determinística E De Risco. 2013. 87 F. Dissertação (Mestrado) - Curso De Economia Rural, Universidade Federal Do Ceará, Fortaleza, 2013.
Matsuura, F. C. A. U.; Cardoso, R. L.; Folegatti, M. I. S.; Oliveira, J. R. P.; Oliveria, J. A. B.; Santos, D. B. Avaliações Físico-Químicas Em Frutos De Diferentes Genótipos De Acerola (Malpighia Punicifolia L.). Rev. Bras. Frutic., V. 23, N. 3, P. 602606, 2001.
Menezes, J. B. Armazenamento Refrigerado De Pedúnculos Do Caju (Anacardium Occidentale L.) Sob Atmosfera Ambiental E Modificada. Lavras: Dissertação (Mestrado), Esal, 2009. 102p.
Neves, I. P. Cultivo De Acerola. Dossiê Técnico. Rede De Tecnologia Da Bahia – Retec/Ba, 2007.
Nunes, Roberta Da Silva. Avaliação Da Atividade Antioxidante E Antimutagênica Da Acerola (Malphigia Glabra L). 2007. 85 F. Dissertação (Mestrado) - Curso De Genética E Toxicologia Aplicada, Universidade Luterana Do Brasil, Canoas, 2007.
Pereira, A. C. S.; Siqueira, A. M. A.; Farias, J. M.; Maia, G. A.; Figueiredo, R. W.; Sousa, P. H. M. Desenvolvimento de bebida mista à base de água de coco, polpa de abacaxi e acerola. Archivos Latinoamericanos de Nutricion, Venezuela, v. 59, n. 4, p. 441447, 2009.
Rinaldo, D.; Mbeguie-A- Mbeguie, D.; FILS-LYCAON, B. Advances on polyphenols and their metabolism in sub-tropical and tropical fruits. Trends in Food Science & Technology, v. 21, n. 12, p. 559-606, 2010.
Rocha, A. J. A. C. Avaliação Do Potencial Antimicrobiano Da Acerola. Trabalho De Conclusão De Curso, Universidade Federal De Santa Catarina, Florianópolis, Rs, 2019.
RUFINO, M. S. M.; ALVES, R. E.; BRITO, E. S.; Pérez-jiménez, J.; Sauracalixto, F.; Mancini-filho, J. Bioactive compounds and antioxidant capacities of 18 non-traditional tropical fruits from Brazil. Food Chemistry, v. 121, n. 4, p. 996-1002, 2010.
Silva, L. M. R. et al. Quantification of bioactive compounds in pulps and by-products of tropical fruits from Brazil. Food Chemistry, 143, p. 398–404, 2014.
Sousa, Tatyana Patrício De Albuquerque. Caracterização Parcial Da Perioxidase Dos Frutos De Aceroleira (Malphigia Emarginata D.C.), Clones De Okinawa E Emepa Em Três Estágios De Maturação. 2010. 78 F. Dissertação (Mestrado) - Curso De Química E Bioquímica Dos Alimentos, Universidade Federal Do Ceará, João Pessoa, 2010.
Spinola, V.; Berta, B.; Câmara, J. S.; Castilho, P. C. Effect Of Time And Temperature On Vitamin C Stability In Horticultural Extracts. Uhplc-Pda Vs. Iodometric Titration As Analytical Methods. Lwt - Food Science And Technology, London, V. 50, N. 2, P. 489-495, 2013.
Statsoft. Statistica For Windows –Computer Program Manual, Versão 10.0. Tulsa: Statsoft Inc., 2011.
Vendramini, A. L; Trugo, L. C. Chemical Composition Of Acerola Fruit (Malpighia Punicifolia L.) At Three Stages Of Maturity. Food Chemistry, 71(2), P. 195–198, 2000.
Wannamethee, S. G.; Lowe, G. D.; Rumley, A.; Bruckdorfer, K. R.; Whincup, P. H. Associations Of Vitamin C Status, Fruit And Vegetable Intakes, And Markers Of Inflammation And Hemostasis. American Journal Of Clinical Nutrition, V. 83, N. 3, P. 567-574, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Guilherme Douglas Freitas Silva; Pedro Henrique da Silva Lima; Antônio Rogério Silva; Érisson Rubens Araújo Freitas; Felipe Sousa da Silva; Samuel de Lima Gondim; Ana Beatriz de Sousa Silva; Maria Eduarda Sales Rebouças; Dinardo Alves da Silva; Jose Ossian Almeida Souza Filho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
